sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Avaliação - Citroën C4 Pallas GLX 2.0 Flex com câmbio manual 2009



Por Marcus Lauria (texto e fotos)


Fui buscar o C4 Pallas GLX 2.0 flex, com câmbio manual no dia 21 deste mês, em uma concessionária da Citroën, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Chegando ao local me deparei com o imponente sedan de 4,77 metros de comprimento, que se destacava entre os outros modelos da marca, que estavam no estacionamento da loja. A versão manual foi lançada em 18 de maio deste ano e segundo a montadora chegou ao mercado para os motoristas que gostam do prazer de sentir o carro mais “na mão”, com acelerações e retomadas mais rápidas e que dispensam tradicional câmbio automático.






Aqui vou relatar o que achei do C4 Pallas no que diz respeito ao seu design externo, acabamento interno e performance de um modo geral. O Pallas foi lançado em junho de 2007, e mesmo com dois anos de mercado, chama a atenção por onde passa. Pude perceber isso logo ao primeiro contato com o sedan francês. E não foi diferente do que imaginei, ao sair da concessionária os olhares das pessoas que passavam pelas calçadas, os motoristas que paravam ao meu lado, em um sinal e mesmo os passageiros de ônibus que não tiravam os olhos do C4 Pallas. Por fora o sedan compartilha a mesma dianteira do C4 VTR, até a linha da porta do motorista, lançado no Brasil, em outubro de 2006 e apresentado pela primeira vez em 2004, no Salão de Paris. Voltando ao Pallas, o carro possui uma mistura de linhas retas e curvas, que são acentuadas principalmente no teto e nos pára-lamas. A grade dianteira exibe a nova logomarca da empresa, o famoso duplo “Chevron”, que faz conjunto com os enormes faróis em forma de bumerangue. Visto de lado, a linha do teto forma um arco que deixa o sedan em harmonia com as extremidades da carroceria. Na parte traseira o C4 Pallas exibe as lanternas em forma de bumerangue, que invadem os pára-lamas e faz conjunto com o pára-choque envolvente. A tampa do porta-malas tem uma barra cromada em sua base e destaca os símbolo da marca ao centro, dando um certo requinte ao Pallas. As rodas de liga leve de 16 polegadas, com oito pontas fazem um excelente conjunto com o visual do carro e são de série nessa versão, já a roda do estepe é de ferro.




Na parte interna o conforto e a versatilidade foram o que mais me chamou a atenção no C4 Pallas. Apesar de já ter testado anteriormente o C4 VTR, que tem o mesmo painel digital e a mesma posição de dirigir, pude perceber que devido à suspensão mais firme e macia o conforto foi aprimorado no sedan. Os buracos de nossas ruas irregulares são quase imperceptíveis no habitáculo, o que fica claro a intensão da Citroën de priorizar o conforto do condutor e dos passageiros, que usufruem espaço de sobra na parte traseira. O banco de tecido do C4 Pallas é agradável ao toque, assim como os plásticos do painel e laterais das portas, que conseqüentemente trás um bom isolamento acústico no interior do veículo. O volante possui comandos centrais fixos e agrupa as funções do limitador e regulador de velocidade, sistema de som MP3, computador de bordo, regulagem da intensidade de luminosidade, além da buzina. Apesar de todas essas, em determinados momentos o motorista pode se confundir, mas com o tempo de uso fica fácil se adaptar as novidades. Ao girar o volante o motorista vai sentir uma certa dificuldade em acionar a buzina, devido a sua localização na parte inferior do cubo central. No caso seria interessante a Citroën adotar ao acionamento nos comandos laterais dos indicadores de direção.





Durante o uso do carro no dia a dia o que mais me incomodou foi o seu tamanho. Passei por algumas dificuldades para estacionar em lugares pequenos e estreitos, como na garagem do meu prédio, que é bem estreita e necessita de ótimos reflexos e um bom retrovisor, mas devido ao meu costume de estacionar no local, não tive problemas. Nessa hora senti falta de um sensor de estacionamento, que poderia ser de série em todas as versões do C4 Pallas. No início foi um pouco complicado de encontrar a posição correta de dirigir, devido à dificuldade de não encontrar a alavanca que regula o volante. Outros proprietários do mesmo modelo me indicaram o local certo, do lado esquerdo, logo abaixo do painel. Após achar a alavanca pude dirigir sem nenhum problema. Os comandos do rádio e do ar-condicionado não são difíceis de manusear e estão bem visíveis no console cental. O C4 Pallas é cheio de “porta-objetos” em seu interior, em todo canto que se olhe é possível identificar uma caixinha, um portas-copo entre outros esconderijos espalhados pelo carro. O excelente porta-malas merece destaque, são 580 litros, suficientes para carregar as malas de cinco pessoas em viagens longas sem nenhum problema. A direção eltro-hidráulica ajuda muito nas manobras.





Para empurrar o C4 Pallas GLX, com câmbio manual, a Citroën disponibiliza o conhecido motor de 2.0 litros (EW10A), o mesmo do Peugeot 307 Flex lançado em junho deste ano, que tem a potência de 143 cv quando abastecido com gasolina e 151 cv utilizando o derivado da cana-de-açucar, sempre a 6.000 rpm. Já o torque de 20,41 kgfm com gasolina e 21,63 kgfm com álcool a 4.000 rpm, são suficientes para ter boas acelerações no trânsito ou na estrada. A potência do motor é forte o bastante para fazer o Pallas “cantar pneu” nas saídas dos sinais, sem titubear, da mesma forma que o motor se mostra potente e ágil em qualquer situação. O consumo deixa a desejar, nos 280 quilômetros que percorri com o C4 Pallas, a média ficou em 6,7 km/l rodando no álcool, sempre na cidade e com o ar-condicionado ligado o tempo todo, segundo informações do computador de bordo. A suspensão foi bem calibrada e deixa o sedan bem à vontade nas curvas mais fechadas, não comprometendo a segurança, deixando o carro “na mão”. O C4 Pallas GLX, de entrada, sai de fábrica com os seguintes itens de série: rodas de liga leve aro 16, freios a disco nas quatro rodas com sistemas ABS (antitravamento), EBD (distribuidor eletrônico de frenagem), AFU (auxílio à frenagem de urgência), CD player com função MP3, computador de bordo, limitador e controlador de velocidade, perfumador de ambiente, banco do motorista com regulagem de altura e lombar, vidros elétricos, ar-condicionado, ventilação traseira com regulagem, fixação para cadeirinhas de criança Isofix, entre outros. Já a versão top de linha inclui todos os itens da versão de entrada e acrescenta detector de obstáculo (na frente e atrás), bancos, volante e alavanca do câmbio de couro, faróis com acendimento automático, ar-condicionado digital, faróis de neblina, ponteira de escapamento e soleira cromadas. A versão GLX (testada) custa à partir de R$ 58.810 e a Exclusive sai a R$ 67.250. Seus principais concorrentes são o New Civic, Toyota Corolla, Chevrolet Vectra e Nissan Sentra.





FICHA TÉCNICA:

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, flex, 1.997 cm³ de cilindrada
Potência: 143 cv com gasolina a 151 cv com álcool a 6.000 rpm
Torque: 20,41 kgfm com gasolina a 21,63 kgfm com álcool a 4.000 rpm
Direção: eletro-hidráulica
Câmbio: manual, de cinco velocidades
Suspensão: dianteira independente tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira com rodas independentes e barra estabilizadora
Freios: a disco nas quatro rodas, com ABS (antitravamento), REF (repartidor eletrônico de frenagem) e AFU (auxílio à frenagem de emergência)
Dimensões: 4,77 m de comprimento; 1,77 m de largura; 1,51 m de altura; 2,71 m de entreeixos
Peso: 1.366 kg
Tanque: 60 litros
Porta-malas: 580 litros

16 comentários:

  1. "Após achar a alavanca pude dirigir sem nenhum." Faltou escrever "problema" ali no final... abração!
    Amazon.

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  2. ame-o ou deixe-o. Design na minha opinião é feio. Parece que o carro roubou faróis e lanternas de uma pickup. Meio desproporcionais.

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  3. É verdade Amazônia, muito obrigado pelo aviso.

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  4. Sempre admirei o C4 Pallas, desde seu lançamento. Muita gente o acha uma "banheira", pelo seu tamanho, mas acho que ele tem um visual imponente. Me surpreendi com o teste, quanto ao motor do carro... Realmente dá conta (quem gosta de correr não vai comprar um Pallas!). O consumo não me assusta, vejo casos de carro 1.0 com +/- 70cv e uns 900kg de peso fazendo 8km/L na cidade. Isso sim é um absurdo. No mais, parabéns pela avaliação.

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  5. Tenho dois Citroëns em casa. Além de um C3 temos um C4 pallas aqui. Tirando todos os problemas causados pela péssima(não me veio um adjetivo pior a cabeça) administração da Citroën, gosto muito dos carros da marca. O que me da desanimo de trocar o carro por outro, da mesma marca, é que eles conseguem fazer burrada atrás de burrada. Tanto que assim que compramos o C4, o carro conseguiu ser rebocado no 1o dia. E isso é só a ponte do iceberg, se o blogueiro desejar posso escrever tudo que sofri com a marca. Enfim, o dia que a Citroën conseguir se achar, suas vendas aumentarão exponencialmente. Eu não ligo de pagar um pouco a mais pelos carros da marca, vejo o interior do meu C3 em relação a um gol por exemplo, são pequenos detalhes que fazem a diferença(entre alguns: não ter pinos nas portas, detalhes cromados, banco mais confortáveis etc.). O que realmente me incomoda é o que já disse acima!

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  6. Carrão. Gosto muito da Citroen. Gostei da avaliação. Pra semana vamos tentar conseguir um C4 4 portas para avaliar e colocar la no caderno, mas já não estou muito animado. Vamos aguardar.

    Mais uma vez, meus parabnens!

    Abraços!

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  7. Fui um infeliz proprietário de um Xsara Picasso durante um ano e meio, período em que estive 12 vezes em diversas autorizadas, para corrigir 18 (dezoito !!!) defeitos diferentes. O décimo oitavo foi o cabo da alvanca do cambio.
    CITRO HEIM !!! jamais voltarei a ter um.
    Alvaro

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  8. A verdade é que este carro é pra quem pode.
    Duvido se colocar um Fox,Siena,Ecosport ou sei lá e um carrão desse preto se todos irão admira-lo.

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  9. Ainda prefiro uma Lamborguini

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  10. sou proprietário do c4 é um carrão todos deveriam fazer um teste e ter pois o carro é ótimo mais as pessoas querem ter o carro sem fazer as manutenções na consecionária e outros querem colocar kit gas, amigo compra um fusca e vai ter economia ok .

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  11. Pessoal, bom dia!

    Tenho um citroen xantia 97/98 estou querendo um c4 pallas exclusive manual, tbm mas é dificil de achar ele manual, só acha auto.
    Realmente o cambio automatico ALA4 da muitos problemas? Vejo muitas reclamações dele.
    Poderia me informar manutenção anual dele em média?
    Seguro do carro em média sabe qnts que está tbm ?

    Obrigado!

    Quem tem ou teve citroen digo e repito, não quer nunca parar em um popular.
    Mesmo o meu xantia sendo 97/98, ele engole carros de 2015 popular.
    Carros super confortaveis, andam bem.

    **Claro você não pode ser cupim!** se não, nem tente pegar um.

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  12. Gregório Trindade7 de maio de 2016 às 16:52

    Fui proprietário de um c4 Pallas exclusivo 2008 vendi e comprei um c4 picasso 2011, agora estou tentando encontrar outro c4 pallas exclusivo 2013 pois arrependi de ter vendido o anterior, mas temos que ser realista o carro é muito bom mas tem defeitos e qualidades, e deixando as qualidades que são qualidades que todos sabem vamos aos defeitos O AMORTECEDOR DA FRENTE: bate um pouco, da fim de cursor, O CAMBIO : 4 marcha, poderia ter 6, mas as 4 marchas dão conta de chegar aos 180 tranquilo, depois fica difícil, outra o cambio sem devida manutenção costuma quebrar la pelos 120 a 160 mil km.Agora se fizer a revisão certinha não quebra não, quer andar de carro de patrão tem que ganhar e gastar igual patrão meu irmão. mesmo sabendo de tudo isso e tendo saído de linha quero outro.

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  13. acho que carro bom é o dono ,que faz ......vcs tao pensando que é um cavalo ,so anda com campimkkk

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  14. O meu eh um Automático exclusive c4pallas e qndo eu engato a ré ele da um tranco. Alguem sabe me dizer o q pode ser?

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  15. Acabei de comprar um C4 Pallas 2010, o e quero dizer que estou muito satisfeito, todos os carros tem um gasto com a manutenção, já tive várias marcas de Volkswagen, Fiat, Ford e Renault, mas estou satisfeito com Pallas.

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