sexta-feira, 11 de março de 2011

Avaliação – Renault Fluence Privilége 2.0 16V 2011


Por Marcus Lauria (texto e fotos)

Na disputa ininterrupta das montadoras por um lugar ao sol no segmento dos sedans médios, não vão faltar novidades no mercado nacional este ano. Entre elas está o Renault Fluence, modelo avaliado pelo CarPoint News por uma semana, o sedan foi lançado em dezembro do ano passado. O modelo francês chega para conseguir um espaço entre os campeões do segmento, como Toyota Corolla e Honda Civic. O Fluence chega para tentar se destacar no segmento, mesmo com o fracasso de vendas do seu antecessor, o Mégane, que foi um excelente carro, mas não chegou aqui em sua segunda geração, que é vendida no mercado europeu atualmente. A Renault preferiu investir em um modelo que tem um melhor custo/benefício e está otimista com as vendas e estima comercializar cerca de 20 mil unidades em 2011 e chegar na frente do Chevrolet Vectra, o terceiro colocado no ranking da Fenabrave. O Fluence é fabricado na Argentina e começou a ser vendido em fevereiro no Brasil.



O modelo que custa à partir de R$ 59.990, na versão Dynamique, já sai da linha de montagem com seis airbags, acendimento automático dos faróis, freios ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD) e assistência a frenagem de emergência (AFU), faróis de neblina, sensor de chuva, ar condicionado digital de duas zonas, chave-cartão e rádio CD MP3, o preço sobre para R$ 64.900 com câmbio automático CVT. A versão avaliada pelo CarPoint News, Privilège, era a mais completa, com bancos revestidos em couro (na cor cinza claro), GPS (Carminat Tom Tom) integrado ao painel, controle eletrônico de estabilidade (ESP) e controle de tração (ASR), sensor de estacionamento traseiro, rodas de 17 polegadas, dois tons no acabamento interno, retrovisores rebatíveis automaticamente, piloto automático e sistema de som 3D, além do câmbio CVT de série, com esses adereços extras o sedan custa R$ 75.990. Com faróis de xênon com regulagem de altura e lavador e teto solar elétrico, o preço sobe em R$ 4 mil, ficando em R$ 79.990.


Com linhas suaves e marcantes, o Fluence chama a atenção por onde passa, mesmo pesando o fator novidade. O sedan tem faróis que avançam sobre o para-lama lateral, o losango da marca se destaca na dianteira, assim como a grade do radiador envolvida por uma borda cromada e os vincos nas extremidades do capô, formando uma imagem ousada. Visto de lateral suas linhas fluidas dão a sensação de movimento, com destaque para os dois vincos, um na parte inferior, em forma de borrachão (na cor do carro) e outro na altura da cintura, que vai subindo até a linha do porta-malas e as maçanetas, que são pintadas na cor prata, nesta versão avaliada. Visto de traseira o destaque fica por conta das lanternas de formato geométrico, que invadem as laterais e a tampa do porta-malas, formando um conjunto harmonioso. No centro da tampa está o losango da marca e o nome “Fluence” logo abaixo, que se junta ainda com uma régua cromada logo acima da placa. O para-choque tem linhas limpas com dois refletores na cor vermelha em sua extremidade. Os indicadores de direção estão embutidos nos retrovisores.



Por dentro, o carro mostra seu valor, o ambiente é aconchegante e agradável para quem anda na frente ou atrás. Não falta conforto para os ocupantes, como ar-condicionado digital duas zonas, vidros, travas, abertura do porta-malas e retrovisores elétricos. Para o motorista as facilidades estão todas à mão, como a direção hidráulica, que é bem leve, o volante revestido em couro tem ótima empunhadura e ainda oferece regulagem de altura e profundidade, que também acumula as funções do piloto automático e do rádio, tudo para dispersar o mínimo possível a atenção do motorista. Os bancos de couro são bem macios e fáceis de regular, fazendo com que a posição de dirigir seja fácil de achar, com todas as regulagens possíveis. Para quem não grava nomes de ruas e lugares, pode aproveitar o sistema de navegação GPS desenvolvido em parceria com a TomTom, sua tela de cinco polegadas colorida, chama a atenção e trás informações sobre a rota, horário, temperatura externa e do sistema de som, que pode ser utilizado por um pequeno controle remoto. Ainda na parte interna as duas tonalidades na cabine deixam o interior mais requintado, os materiais são de boa qualidade e agradáveis ao toque dos dedos, principalmente na parte superior do painel, que é bem macio. Detalhes pintados na cor cinza, imitando cromado também estão espalhados por toda área do habitáculo, como nas extremidades do volante, no rádio, no painel do ar-condicionado, nas saídas de ar do painel, no pomo da alavanca do câmbio automático e nas portas, um acabamento que merece destaque.


Sob o capô ronca o motor 2.0 de 16V Flex, que trabalha em parceria com o excelente câmbio CVT, o conjunto é o mesmo encontrado no Nissan Sentra. O propulsor entrega 90% dos 20,3 kgfm de torque a 2.000 rpm, que empurra tranqüilamente os 1.369 kg do Fluence, ao pisar no acelerador o motor se mostra bem disposto, o câmbio não dá trancos e as acelerações são lineares o tempo todo. Nas curvas as rodas de alumínio de 17 polegadas (de série nesta versão) calçadas com pneus 205/55 R17 seguram bem o sedan, que se comporta como se estivesse em trilhos, mesmo em situações bem críticas, como em algumas curvas feitas em velocidade mais rápida. Durante o teste o carro chegou a sair um pouco de traseira, mas nada que assustasse. O único inconveniente das rodas grandes é na hora de atravessar uma lombada ou passar pelas ruas esburacadas do Rio de Janeiro, durante toda a avaliação foram sentidas as batidas da suspensão dentro da cabine. Mas conforto é prioridade deste sedan da Renault, por dentro não se ouve nenhum barulho, deixando as viagens bem agradáveis. A suspensão é macia e equilibrada e transmitem segurança ao volante o tempo todo.


A Renault pretendo com o Fluence algo impensável há poucos anos atrás, desde o lançamento da segunda geração do Mégane, em 2006, que é ocupar a terceira posição no ranking das montadoras, onde atualmente ocupa a quinta colocação. E segundo os executivos da marca, conseguir tal feito em até cinco anos. Entre os principais concorrentes está o New Civic, que é mais confortável, mas tem uma suspensão mais dura e menos itens de conforto, do outro lado o Toyota Corolla, que é mais confortável e tem um motor mais disposto e o Chevrolet Vectra, que apesar de estar defasado em relação aos outros, tem muitos clientes fiéis a marca da gravata dourada.


*FICHA TÉCNICA

Motor
Motorização 2.0 16V Hi-Flex -- --
Número de Cilindros 4 -- --
Número de válvulas 16 -- --
Potência máxima (ISO/ABNT) 143 cv (álcool) @ 6.000 rpm / 140 cv (gasolina) @ 6.000 rpm -- --
Tipo de combustível Gasolina e/ou Álcool -- --
Tipo de motor 2.0 16V H-Flex DOHC CVVT -- --
Torque Máximo 20,3 mkgf (álcool) @ 3.750 rpm / 19,9 mkgf (gasolina) @ 3.750 rpm -- --
Peso (kg)
Peso em ordem de marcha (kg) 1.372 kg -- --
Rodas e Pneus
Tipo da roda Liga leve -- --
Tipo do pneu 205/55 R17 -- --
Suspensão
Suspensão dianteira Tipo McPherson, com braço inferior triangular, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos -- --
Suspensão traseira Eixo soldado em “H” de deformação programada, molas helicoidais, barra estalizadora integrada e amortecedores -- --
Transmissão
Câmbio Automática CVT X-Tronic, com opção de trocas sequenciais de 6 marchas
Capacidades
Capacidade do Tanque de Combustível 60 litros -- --
Volume do porta-malas (L) 530 -- --
Carga
Carga útil 413 kg -- --
Desempenho
Aceleração 0 - 100Km/h (s) 9,9 s (álcool) / 10,1 s (gasolina) -- --
Velocidade Máxima (Km/h) 195 km/h -- --
Dimensões
Altura 1.470 mm -- --
Bitola dianteira (mm) 1.541 mm -- --
Bitola traseira (mm) 1.563 mm -- --
Comprimento 4.620 mm -- --
Entre eixos 2.700 mm -- --
Largura sem retrovisores 1.810 mm -- --
Direção
Direção Elétrica com Assistência Variável e diâmetro de giro de 11,1 m -- --
Frenagem
Freios Sistema ABS com auxílio de frenagem de urgência – AFU – e distribuição eletrônica de frenagem – EBD, discos -- --

*Dados de fábrica

Veja a ficha completa em pdf: http://www.renault.com.br/downloads/meu/catalogos/Ficha_Tecnica_Fluence2.pdf

8 comentários:

  1. Maneiro. Na primeira vez que vi, causou espanto. Mas depois que acostumei, estou achando até bonito.
    Excelente custo benefíco no modelo "básico".

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  2. BELA MATÉRIA LAURIA... BELAS FOTOS TAMBÉM, ESTÁ CADA VEZ MAIS, UM ÓTIMO FOTÓGRAFO !!! PARABÉNS !!!

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  3. O teste está ótimo, muito bom, sem nenhuma parte que eu não entendí, me sentí até dentro do carro kkkkk. Mas o CarPoint News poderia fazer vídeos nos testes.

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  4. Estou estudando a possibilidade de fazer vídeos, mas só quando o site começar.

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  5. Matéria muito boa, completa, muitas informações e fotos, parabéns pelo esforço.

    Quanto ao carro... é bonito, sofisticado, cheio de equipamentos... mas nunca compraria um. O que me afasta de Renault e carros franceses em geral são coisas desse tipo:

    http://www.meucarrofalha.com.br/arquivos_internos/index.php?abrir=caso

    http://www.youtube.com/watch?v=Nq1xA81mE6w

    http://www.youtube.com/watch?v=z0QyTlqBCKk

    Se essa é a qualidade e o padrão de atendimento da Renault, desejo boa sorte a quem for comprar um, porque vai precisar e muito...

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  6. Gostei do design e do interior, só não sei se esse preço vai ser uma boa para quem tá chegando num mercado já tomado pela toyota com o Corolla e pelo Civic!

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