sábado, 22 de dezembro de 2012

Mercado Automotivo 2013: Façam suas apostas



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Por PLANIN – A agência que inova sua maneira de comunicar

O ano de 2012 chega à reta final e, com ela, a necessidade de empenhar tempo e esforço na análise das decisões e escolhas de um novo ano inteiro. É hora de avaliar o que deu certo e onde as apostas poderiam ter sido diferentes. Olhando pra trás, fica fácil perceber que 2012 não foi um ano livre de dificuldades – entre as oscilações de humor dos mercados internacionais e a pressa do governo em implantar medidas de curto prazo, OEMs tiveram que encarar o fim do ciclo de crescimento, que teve início de 2008, a mudança no perfil do consumidor – mais exigente, com maior poder de compra e, por conseqüência, de barganha – e a escorchante pressão pela manutenção das margens de lucro, mesmo diante de uma concorrência, maior e mais acirrada. Os meses de novembro e dezembro têm suas horas dedicadas à meditação e o confronto com as metas propostas nos mesmos meses, há um ano. É hora de se perguntar "será que eu fiz a aposta certa?".

É fato que tantos percalços não trouxeram conforto para os executivos da área – afinal, como prever um 2012 tão agitado? Impossível. E é aqui que começo a minha perspectiva sobre o que nos trará o ano de 2013: mais do mesmo. Com mais um agravante: 2013 será mais difícil.

Trazendo o exemplo de 2012, mesmo que, impulsionados pela redução de impostos, muitos consumidores adiantaram o projeto da troca de automóvel ou de aquisição do segundo veículo – antecipando uma decisão que talvez fosse acontecer apenas no ano que vem –, as vendas não tiveram o desempenho esperado. Ou seja, mesmo com uma alavanca artificial das vendas, até agora, perto do fim do ano, os números não confirmaram as projeções. E se as vendas que aconteceriam em 2013 em parte já foram antecipadas, não vejo um horizonte muito promissor para o setor como um todo.

Os investimentos anunciados pelas matrizes impõem um ritmo de crescimento que, ao que tudo indica, será maior do que a nossa capacidade de absorvê-lo. Adicione a esta equação a entrada de novas empresas em nosso mercado e as complicações trazidas pelas novas medidas do Inovar Auto. A conta simplesmente não fecha. A menos que duas macrotendências se confirmem – sendo a primeira um robusto crescimento econômico e a outra a intervenção imediatista do governo – é hora de planejar um 2013 de números mais magros que 2012. A meu ver, somente estas duas opções tornarão 2013 um ano melhor que 2012.

A primeira, um crescimento econômico sólido, de cerca de 4% para o ano, seria capaz de gerar a demanda capaz de suportar a oferta de mercado prevista pelas montadoras – que preparam com grande otimismo lançamentos em várias categorias: desde sedan luxo, passando pelos esportivos, até os "populares verdes", com consumo responsável, haverá opções para todos. A segunda opção para reverter este horizonte de nuvens escuras, seria, novamente, a pesada mão do governo interferindo no jogo, não com a redução do IPI, mas através do lançamento de uma nova medida provisória que autorizasse a renovação da frota de veículos públicos. Ainda no segmento de intervenções governamentais, está a cota do Inovar Auto de 4.500 veículos importados com redução de imposto – já agora é possível ver a oferta de automóveis premium a custos reduzidos, portanto, para o segmento de importados premium, o ano de 2013 já tem melhores chances de sucesso.

E, apesar de este parecer um enunciado negativo, 2013 será o ano do amadurecimento do mercado brasileiro. Será o ano em que o crescimento (já comprovado pelo estudo The Rebound of the US Supplier Industry, de autoria da Roland Berger) voltará a dar sinais, ainda que tímidos, de recuperação em outros mercados tradicionais. Será o ano de estar atento ao todo, não mais aos blocos econômicos ou mercados separadamente. Nele, haverá uma separação natural entre os players com capacidade de se manter lucrativos devido a sua eficiência e aqueles que constatarão ter feito as apostas menos acertadas.

Mas este artigo não pode deixar de fora o ponto mais positivo de 2013 – o consumidor será o maior beneficiado. Afinal, não é preciso ter frequentado aulas de Economia para saber que 'quando a oferta é maior que a demanda, o mercado dita o preço' – e a história comprova que o mercado não comete erros, antes, dita preços baixos. Então, que venha 2013 e que às vésperas de 2014 você e eu, caro leitor, tenhamos feito as melhores apostas.

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