sábado, 23 de março de 2013
Catalisador automotivo: eficiente na redução de poluentes
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Por Assessoria de Imprensa da Umicore
Um automóvel equipado com catalisador falso ou com a durabilidade comprometida emite 100% de gases poluentes no ar, ocasionando, desta forma, problemas de saúde para a população. Bronquite crônica, rinite alérgica, irritação nos olhos, espirros e sintomas semelhantes ao de um resfriado são alguns dos sintomas causados por esses poluentes, atacando diretamente o sistema respiratório da pessoa.
Com o objetivo de verificar o estado da frota e garantir a redução dos gases nocivos, foi criada a Inspeção Veicular, que hoje está restrita à cidade de SP, mas que deverá ser estendida às principais cidades do país a partir do ano que vem.
A Umicore, principal fabricante mundial de catalisadores automotivos do País, detém amplo know-how para produção destes equipamentos. Sendo um produto de alta tecnologia e de pouco conhecimento dos consumidores, a Umicore fornece as principais informações sobre o equipamento, desde o seu surgimento, evolução, cuidados, durabilidade, até a contribuição para a qualidade do ar e saúde da população.
Tecnologia
O catalisador está posicionado no sistema de exaustão do automóvel. Sua função é de extrema importância para o bom funcionamento do veículo e também para o meio ambiente, realizando a conversão de mais de 70% dos gases poluentes emitidos pelo motor em gases inofensivos para o ar e para a saúde da população.
O catalisador é montado dentro de uma cápsula de aço inox, conjunto que passa a ser conhecido como conversor catalítico. A localização no sistema de escape é a mais próxima possível da saída dos gases do motor. Em veículos produzidos antes de 2004, era mais comum a utilização do conversor catalítico no assoalho do veículo.
Evolução
A Umicore iniciou suas primeiras pesquisas sobre catalisadores nos anos 60. Na década seguinte, o governo norte-americano decretou uma lei que estipulava um limite das emissões de gases poluentes gerados pelos motores dos veículos. Para atender essas exigências, a empresa projetou o catalisador de oxidação para converter apenas monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC) em gases não prejudiciais à atmosfera e à população.
No final da década de 70, surgiu uma nova restrição quanto à liberação de óxidos de nitrogênio (NOx) do sistema de escapamentos dos veículos. Isso levou a Umicore a desenvolver o catalisador de três vias (TWC), que recebe esse nome por tratar os três gases: CO, HC e NOx. Já nos anos 80, esse equipamento passou por uma evolução para atender às novas condições de motorização dos veículos, tornando-se mais resistente às altas temperaturas.
Catalisadores no Brasil
No início da década de 90, entrou em vigência a legislação de emissão de gases poluentes tornou-se mais rigorosa. A maioria dos carros começou a sair de fábrica equipada com o catalisador. Dentro deste contexto, a Umicore lançou dois tipos de catalisadores TWC específicos para o mercado brasileiro: para gasohol (gasolina com 22% de etanol) e para etanol. Esses equipamentos tinham características exclusivas para cada combustível. O TWC para o gasohol se destacou pela resistência contra o alto teor de enxofre no combustível da época, enquanto o TWC para etanol desenvolveu uma alta atividade para os aldeídos, componente de gás de escape formado, principalmente, durante a fase fria – logo após o início de funcionamento do motor.
Na segunda metade da década de 90, a Umicore trouxe para o Brasil uma tecnologia ainda mais moderna, desenvolvida para os mercados europeu e norte-americano: o TWC de dupla camada, onde os metais nobres foram segregados em duas camadas distintas. Dessa maneira, foi possível obter melhor estabilidade térmica, melhor nível de conversão dos gases poluentes em inofensivos, além da utilização de menores quantidades de metais nobres. Estes catalisadores já estavam aptos a serem instalados próximo ao coletor de exaustão dos veículos, onde a temperatura do gás é mais alta.
Com o advento dos veículos Flex Fuel, foi desenvolvida uma nova geração de catalisadores, capaz de atender as condições distintas de funcionamento do motor com os dois combustíveis. Usando as experiências do início dos anos 90, a Umicore conseguiu desenvolver tecnologias que apresentam alta atividade para os hidrocarbonetos e aldeídos, além de alta resistência contra o enxofre. A combinação das duas características é fundamental, pois atualmente os automóveis podem ser operados tanto com 100% de etanol quanto com 100% de gasohol.
Melhorias
Para atender às demandas atuais e futuras da indústria automobilística do Brasil e dos países da América do Sul, a Umicore anunciou em 2012 a ampliação de seu Centro Tecnológico de Emissões Veiculares, na cidade de Americana, interior de São Paulo. O objetivo da empresa é desenvolver, no Brasil, novas tecnologias que contribuam para redução da poluição atmosférica.
Durabilidade
O catalisador é projetado para ter a mesma durabilidade que o automóvel, desde que seja realizada a correta manutenção do veículo conforme descrito no plano de manutenção do fabricante. Durante a utilização do veículo, a peça pode ser danificada por impactos. Em geral, os catalisadores próximos ao motor estão mais protegidos. No entanto, no caso de peças posicionadas no assoalho, pode haver impacto em lombadas fora do padrão do DENATRAN, ou mesmo utilização em estradas de terra e mal conservadas. Isso pode comprometer permanentemente seu funcionamento. Neste caso, é necessária a substituição do equipamento. Barulhos no escapamento, como se houvesse nele uma peça solta, podem indicar que a cerâmica interna se desprendeu da carcaça metálica e o catalisador foi prejudicado. Além disso, a má conservação do carro e o abastecimento com combustível adulterado comprometem a eficiência e a durabilidade do catalisador.
Substâncias presentes no óleo lubrificante do motor, como Fósforo (P), Zinco (Zn), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), também podem afetar o catalisador. Essas substâncias, provenientes da queima do óleo lubrificante, ficam acumuladas na camada catalítica, encobrindo os metais nobres e comprometendo a eficiência do equipamento. Essa contaminação é irreversível, obrigando a troca do catalisador. Para que isso não aconteça, é fundamental utilizar o óleo lubrificante recomendado pelo fabricante do veículo e ficar atento a qualquer anormalidade no consumo de óleo.
Confira na tabela abaixo, os gases emitidos pelos carros sem catalisador, as consequências para a saúde e o resultado da catálise feita por um equipamento original.
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