Geralmente,
um vazamento é notado por meio de manchas ou poças no local onde o
veículo esteve estacionado. No entanto, nem todo líquido sob o carro
indica um problema. Em dias quentes, o uso do ar-condicionado pode gerar
acúmulo de água sob o veículo, devido à condensação natural do sistema.
Esse tipo de vazamento é normal e não oferece riscos ao funcionamento
do automóvel. No entanto, quando o líquido apresenta cor, cheiro ou
viscosidade é possível que seja resultado de algum líquido do sistema
automotivo, como óleo lubrificante, aditivo do radiador ou fluido de
freio. Nesse caso, uma investigação mais apurada se torna necessária.
Identificar o tipo de vazamento é essencial para identificar sua causa e
proceder o reparo correto. E
como diferenciar o tipo de vazamento? Marlon Silva, coordenador técnico
da TAKAO, explica que uma das formas mais eficazes é verificar a cor do
componente derramado no chão. “Cada fluído tem uma coloração
específica. E de acordo com a causa do vazamento, ele pode adquirir uma
aparência típica, que ajuda a descobrir as prováveis causas do
vazamento”. Entre os principais, ele destaca:
Óleo do motor (marrom claro a escuro):
encontradas sob o compartimento dianteiro do motor. Quando novo, possui
coloração mais clara, enquanto um lubrificante mais antigo apresentará
uma tonalidade mais escura, podendo chegar ao preto. Pode indicar
problemas em juntas, retentores, filtros e cárter do motor. Fluído de transmissão (vermelho a marrom): ocorre próximo ao meio do veículo. Possui textura oleosa que, com o tempo, pode ser confundido com o óleo do motor. Fluído da direção hidráulica (vermelho ou rosado): Vazamentos aparecem na parte frontal do carro, perto da caixa de direção. Líquido de arrefecimento (verde, amarelo, laranja, rosa, azul ou roxo):
a coloração varia de acordo com a composição química. costumam ocorrer
sob o radiador, nas conexões das mangueiras ou na parte inferior do
motor. A coloração laranja pode indicar oxidação e ferrugem no sistema. Fluido de freio (transparente, amarelado ou marrom escuro): presente
próximo às rodas ou sob o cilindro mestre, na parte traseira do
compartimento do motor. É crítico, pois compromete diretamente a
segurança. Fluido do limpador de para-brisa (azul, rosa ou roxo): ao vazar, atinge a região próxima ao para-lama dianteiro ou sob o reservatório. Combustíveis (gasolina ou etanol):
normalmente transparentes ou levemente amarelados, têm odor forte e são
inflamáveis. Vazamentos são encontrados próximo ao tanque, mangueiras
ou linha de alimentação. Em casos de separação de fase (etanol com
água), o líquido pode se tornar turvo ou avermelhado. Para facilitar a identificação do vazamento, Marlon recomenda alguns procedimentos: - Limpar a área ao redor do derramamento para eliminar sujeiras ou resíduos que possam mascarar o fluído original;
- Observar o local exato da goteira: dianteira, central ou traseira do veículo;
- Checar os níveis dos reservatórios e buscar por manchas nas peças do motor.
Isso
feito, outro procedimento simples e muito útil, é posicionar um papelão
ou pano, brancos e limpos, sob o carro, após estacionar. Dessa forma, é
possível distinguir com precisão a cor e a textura do líquido, o que
pode facilitar a busca das causas do vazamento. E elas podem ser
diversas, como desgaste natural de juntas, retentores e mangueiras,
corrosão de partes metálicas, trincas ou fissuras provocadas por
impactos, superaquecimento ou mesmo o aperto inadequado de tampas ou
conexões. Por isso, o especialista da TAKAO reforça a importância dos
serviços de um profissional habilitado nesses casos: “Um
vazamento pode ser sinal de um problema maior que, se não for tratado
adequadamente evoluirá para um quadro mais grave e causar danos sérios
ao veículo, além de pôr em risco a segurança de seus ocupantes. Para
garantir um correto diagnóstico e uma solução efetiva, o ideal é
procurar uma oficina de confiança. Nela, se poderá identificar com
precisão a origem do problema e sua solução, seguindo os procedimentos e
recomendações dos fabricantes, além do uso de componentes de boa
procedência”, finaliza. |
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