sexta-feira, 16 de julho de 2010

Avaliação – Peugeot 307 HB 1.6 Flex Presence Pack 2010


Por Marcus Lauria (texto e fotos)

O Peugeot 307 está prestes a ser substituído aqui no Brasil por seu sucessor na europa, o 308, que evolui em estilo e requintes. Para alavancar nas vendas, a marca francesa decidiu dar mais atenção ao seu modelo hatch médio de entrada adicionando novos itens de série, no pacote mais completo, chamado de Presence Pack. Lançado inicialmente em dezembro de 2007, por 2 200 reais , esse pacote incluía rodas de liga leve de 15 polegadas, frisos laterais na cor do veículo e também CD com MP3, com comandos no volante. Além dos ítens obrigatórios nessa categoria de veículos, como o ar-condicionado, direção hidráulica com regulagem de altura e profundidade e vidros e travas elétricos. Como itens de segurança, foram adicionados freios com ABS, EVA (assistência de frenagem de emergência), além de airbag duplo.


O modelo avaliado pelo CarPoint News foi um Peugeot 307 Presence Pack 1.6 Flex, que parte de R$ 55.850 com itens de série incluídos como: teto-solar elétrico, rodas de liga leve aro 16, faróis de neblina, frisos laterais na cor do veículo e grade frontal com friso cromado. Além desses itens externos, os passageiros não foram esquecidos, estão lá, o rádio/CD/MP3 com comando satélite na coluna de direção, vidros elétricos com a funão de um toque entre outros. Além dos itens de segurança tradicionais da marca como: airbag duplo, freios com ABS, regulagem de altura dos faróis, avisos de portas abertas e de não afivelamento do cinto do motorista e lanterna de neblina. Também estão presentes os mesmos itens "obrigatórios" do segmento: ar, direção eletro-hidráulica, trio, vidros com sistema um toque e com fechamento automático no telecomando da chave, ajustes de altura e de profundidade do volante e do banco do motorista, computador de bordo, entre outros. Opcionalmente é oferecida a cor metálica por R$ 1.000, além de acessórios diverso que podem ser encontrados nas concessionárias. Em sua tabela de equipamentos da Peugeot, no configurador do website da marca, aparecem como opcionais adicionais o alarme, sensor de estacionamento (traseiro), acendedor de cigarros, bluetooth " viva-voz para celular" e disqueteira para 5 CDs no painel, que faz com que seu preço passe dos R$ 55 mil iniciais.


Por fora o Peugeot 307 hatch exibe as mesmas alterações feitas no final de 2006, ou seja, faróis maiores e com dupla parábola, novo pára-choque dianteiro com a grade em forma de “bocão” e novas lanternas traseiras salientes em forma de folha, que deixam o 307 com um desenho ainda bem atual, comparado aos seus principais concorrentes no mercado, como Fiat Stilo, Volkswagen Golf, Ford Focus e Citroën C4. O interior é bem moderno e construído com materiais de qualidade, o 307 tem um excelente espaço interno que garante conforto de sobra para todos os ocupantes. A capacidade do porta malas é de 420 litros, suficiente para carregar a bagagem de quatro passageiros sem aperto. Sob o capô está o velho conhecido motor 1.6 16V flex com 110/113 cv a 5.600 rpm e torque máximo de 14,2/15,4 kgfm a 4 mil giros que trás boa desenvoltura nos trajetos urbanos, além de não fazer feio na hora de pegar uma estrada.




IMPRESSÕES AO DIRIGIR

O Peugeot 307 ainda chama bastante atenção por fora, suas linhas são bem atuais, comparada aos seus concorrentes diretos. Logo ao entrar no hatch médio produzido na Argentina, nota-se a qualidade dos materiais do painel e portas, que são agradáveis ao toque. Achar uma boa posição de dirigir não é complicado dentro do 307 hatch, a posição mais alta do banco facilita e o espaço interno amplo ajuda bastante. Após acertar a posição correta do banco feita por alavanca e posições fixas é hora de ligar o motor 1.6 flex, que no modelo avaliado estava abastecido com etanol, rende 113 cv de potência, a 5.600 rpm e 15,5 mkgf de torque a 4.000 rpm. Em um primeiro momento, o motor não se mostra suficiente para empurrar seu peso de 1.302 kg, mas basta passar a primeira marcha e pisar no acelerador para sentir todo o torque do 307 no pé direito. Nas acelerações o carro é bem esperto, mostrando fôlego no trânsito, o motor só pede “arrego” em situações adversas como em subidas íngremes, como em uma serra, ou nas retomadas. Andando com o carro por mais tempo é possível sentir a batida seca da suspensão no asfalto lunar do Rio de Janeiro, que com o uso constante incomoda um pouco. Outro incômodo foram os sacolejos constantes, que são mais fortes devido ao banco um pouco duro, que deve trazer algum incômodo ao motorista e passageiros durante uma viagem mais longa. Nas curvas o Peugeot 307 se mostra mais convincente, se mantendo na mão o tempo todo, sem alterações ou desvios. As rodas de 16 polegadas, calçadas com pneus 205/55 R16 deixam o 307 grudado no chão, deixando a sensação de estar sobre trilhos em alguns momentos. Na hora de viajar ou fazer compras, o porta-malas de 420 litros não deixa a desejar e tem capacidade suficiente para carregar bastante bagagem. O modelo testado apresentou barulhos que vinham dos forros das portas traseiras, sentidos o tempo todo, o que não poderia acontecer em um carro que custa mais de R$ 55 mil reais e estava com menos de 10 mil quilômetros rodados. Durante toda a avaliação do CarPoint News o 307 hatch 1.6 flex Presence Pack teve um comportamento honesto, mesmo com o consumo um tanto irregular, que foi notado no ponteiro analógico de combustível, que vira e mexe se mostrava inconstante, dando um susto no motorista, que no caso, era eu mesmo.





FICHA TÉCNICA:

Motor: Gasolina ou etanol, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.

Potência máxima: 110 cv com gasolina e 113 cv com etanol a 5.600 rpm.

Torque máximo: 14,2 kgfm com gasolina e 15,4 kgfm com etanol a 4 mil rpm.

Diâmetro e curso: 78,5 mm X 82,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.

Suspensão: Dianteira independente pseudo-McPherson invertido, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados. Traseira independente, com barra de dois braços deformável, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados. Não oferece controle de estabilidade.

Pneus: 205/55 R16 na frente e atrás em rodas de liga leve.

Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência.

Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,21 metros de comprimento, 1,76 metro de largura, 1,52 m de altura e 2,61 m de distância de entre-eixos. Oferece airbag duplo frontal.

Peso: 1.302 kg em ordem de marcha.

Porta-malas: 420 litros.

Tanque: 60 litros.

Preço: R$ 55.850


6 comentários:

  1. Preço excelente. Mas nada mais justo, já que o Focus é técnicamente superior e em sintonia com a Europa e custa o mesmo, porém sem todos (teto) esses opcionais, mas sabemos que vai ficar no mercado por mais um tempo.

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  2. è um carro bem "honesto" pelo preço e conteúdo, um dos melhores custo-benefícios atuais no mercado, mas seria bom mesmo o 2.0 16V com câmbio manual pra quem quer uma pegada mais "esportiva", será que com a vinda dos 308 tbm virão novos motores?

    cgw

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  3. tenho um 307 2.0 feline manual, 2008 (ñ flex).

    pra mim, os únicos defeitos do 307 são: não abertura do tanque de combustível internamente; chave canivete muito frágil; a luz de freio tem um certo "lag", não sei pq isso (acho q é pq o carro é multiplexado); desvalorização. comprei meu carro em maio de 2008 por 60.000 e agora, pouco mais de 2 anos depois, não vale nem 40.000.

    valeu,

    tagorecb - okt

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  4. Um dos modelos que me agrada na Renault, mas a alta desvalorizaÇão dele desanima. Ainda ficaria com o novo Focus, por ser um modelo novo aqui no Brasil e com preço bem próximos.

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  5. Tenho um Peuget 307, 2008, Hatc. O carro tem alguns problemas crônicos (câmbio mecânico mui áspero, limpadores do para-brisa mui grandes, frente baixa, desvalorização, etc), porém, em comparação com o Focus (no qual fiz testes em mais de uma vez), leva vantagem em espaço, visibilidade, torque do motor, ar condicionado, etc, a despeito de certas opiniões, inclusive de revistas especializadas. Além do mais, destaco o seguinte: o sistema de freios é um dos melhores do mercado, ganhando, incusive, de Corollas "top de linha"... O motor 1.6, na estrada " anda" muito mais do que alguns 2.0, sendo impressionante como mantém a velocidade, mesmo em pistas muito íngremes...!
    Em suma, em alguns aspectos, não obstante opiniões em contrário, é incomparável...!

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