sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Avaliação – Chevrolet Montana Sport 1.4 2011


Por Marcus Lauria (texto e fotos)


Entre em uma linha de montagem de uma montadora de automóveis, misture um lançamento automotivo, um design extravagante e uma cor exuberante, o resultado está nesta avaliação realizada de uma semana e exatos 350 km rodados, realizada pelo CarPoint News. Trata-se da nova Montana, a picape compacta da Chevrolet que foi lançada no dia 25 de setembro, em Porto de Galinhas, Pernambuco. O modelo recebeu a dianteira do hatch Agile com pequenas mudanças no para-choque e uma caçamba renovada, além de muitas novidades que serão descritas neste texto. Aproveite e tire suas próprias conclusões.



Vamos começar pela parte externa, como dito no parágrafo acima, a nova Montana não passa de um Agile transformado em picape, mantendo o nome por motivos de marketing. A “picapinha” é considerada o segundo integrante da família Viva, que teve início com o lançamento do hatch Agile, em outubro de 2009. A nova Montana exibe linhas “musculosas” e tem um desenho que pode dividir opiniões, uns vão amar e outros vão odiar, isso é fato. Mais uma coisa eu posso afirmar, o modelo avaliado pelo CarPoint News chamou muita atenção por onde passou, pois além do seu desenho incomum, a picape exaltava a sua cor de lançamento, o verde Jásper, não passando despercebida por motoristas, pedestres e passageiros de ônibus, que sempre davam uma virada de olho para observar o carro. Vamos a analise da carroceria, quando observada de frente, destacam-se a grade bipartida com emblema Chevrolet dourado localizado ao centro e os faróis com máscara negra de formato irregular que avançam pela lateral e contam com acendimento automático. Comparada ao Agile, a mudança fica por conta do para-choque, que ficou mais robusto e encorpado, com duas entradas de ar nas extremidades, que envolvem o farol de neblina. No teto há um sobressalto bem ao centro, que começa logo atrás da antena e termina no brake-light que divide a atenção com um santo-antônio de plástico sustentado por uma régua cromada que liga as duas extremidades. Vista de lado, a nova Montana remete as picapes grandes da marca, vendidas no mercado norte-americano, como é notado no ressalto bem aparente na área da caçamba. O modelo manteve o degrau na lateral para acesso à caçamba que passa a ter 1,64 m de comprimento. Na traseira o destaque fica para as lanternas em tom fumê, no formato de vírgula. A tampa da caçamba é reta e exibe a “gravatinha” dourada ao centro, o puxador da tampa é de plástico preto e foi criado um espaço para a colocação da placa a tampa da caçamba. Os espelhos retrovisores, as maçanetas e os frisos decorativos laterais são pintados na cor do carro. Por fora ainda é possível observar os adesivos pretos na coluna B e o emblema “Sport”, denuncia a versão com apelo mais esportivo.



Por dentro nenhuma novidade, a nova Montana usa a mesma configuração do Agile, que já é familiar e conhecido pelo cosnumidor. O painel possui a iluminação indireta em tom “Ice Blue” e está repleto de detalhes cromados no console central, e sobretudo no acionamento do ar-condicionado, que utiliza a falsa impressão de ser digital, onde na verdade é analógico. Sua caçamba foi ampliada em comprimento, podendo acomodar um volume de até 1.100 litros, e com peso de até 785 Kg, 8 Kg a mais que a S10 cabine simples. O estepe fica suspenso sob a caçamba e atrás dos bancos ainda existe um espaço para pequenos volumes, que segundo a Chevrolet, cabem 168 litros. Dentro da picape é fácil achar a posição de dirigir, existem regulagem de volante (apenas na vertical) e do banco do motorista (em distância e altura), que além de ser bem confortável, é feito com um tecido bem macio e agradável ao toque. Porém os plásticos em excesso na cabine denunciam a má qualidade do projeto, cheio de rebarbas, plásticos duros e que conseqüentemente transformam o interior em uma sinfonia desafinada para os ouvidos e são desagradáveis ao toque dos dedos.



Sob o capô está o velho conhecido motor 1.4 Econo.Flex, já utilizado no Agile, Meriva e Corsa, que foi retrabalhado e rende agora 102 cavalos de potência a 6.000 rpm e 13,5 kgfm de torque, quando utilizando etanol e com gasolina entrega 97 cv e 13,2 kgfm de torque a 3.200 rpm. O propulsor caiu bem na nova Montana, que se mostrou bem ágil no trânsito, mas pecou em subidas íngrimes e retomadas, exigindo reduções constantes. O câmbio de cinco marchas é macio e agradável, sem precisar de esforço extra nas trocas de marcha. Para um passeio mais agradável está disponível o recurso do piloto automático, que pode ser acionado através de um botão localizado na aste lateral esquerda, ao lado do volante, onde fica localizado o comando das setas, com um simples toque a uma velocidade regular, o carro se mantém na velocidade desejada, podendo ser desligado ao acionar o pedal de freio. Segundo a montadora a Montana acelera de 0 a 100 km/h em 12,1 segundos e consegue atingir uma velocidade máxima de 170 Km/h, utilizando etanol. Com gasolina o números mudam e a picape faz de 0 a 100Km/h é de 12,3 segundos, e a velocidade máxima é de 168 Km/h. A suspensão trabalha bem o tempo todo, deixando o motorista bem à vontade para fazer curvas mais ousadas, com a caçamba vazia, graças a ajuda d as rodas de liga leve de 16 polegadas que estavam no modelo cedido pela montadora. O consumo foi um ponto positivo da nova Montana, abastecida com gaolina, ela fez a média de 8,9 km/l marcados no computador de bordo.




A segunda geração da picape Montana fabricada na unidade de São Caetano do Sul (SP) é oferecida em duas versões: LS, com valor inicial de R$ 31.900 podendo chegar a R$ 39.933, e a Sport, que parte de R$ 44.040. Para chegar perto da concorrência a picape vem recheada de itens de série na versão topo de linha a Sport, avaliada pelo CarPoint News. Estão lá o piloto automático, computador de bordo, ar-condicionado com display digital e sensor crepuscular, luz auxiliar de freio e rodas de liga leve de 15 polegadas, que na versão avaliada estavam com as de 16 polegadas (opcionais), oferecidas na concessionária e ainda freios ABS e airbag duplo como opcionais. Além da cor de lançamento verde Jásper, são oferecidas cores mais tradicionais como a preta, prata, branca, chumbo, marrom e dois tons de vermelho.



*FICHA TÉCNICA:


CARROCERIA: Picape compacta com duas portas e dois lugares. 4,42 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,45 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos

MOTOR: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, SOHC, duas válvulas por cilindro, injeção eletrônica MPFI, a gasolina e etanol. Gasolina - 97 CV (71,3 KW/ 96 HP) @ 6.000 rpm / Álcool - 102 CV (75,0 KW/ 101 HP) @ 6.000 rpm. Gasolina - 13,2 mKgf (129 Nm) @ 3.200 rpm / Álcool - 13,5 mKgf (132 Nm) @ 3.200 rpm

SUSPENSÃO: Independente, tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás, barra estabilizadora, na frente, e semi-independente, com viga de torção soldada com dois braços fundidos de controle, molas tipo barril com diâmetro variável e progressiva, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás, atrás.

FREIOS: Hidráulico com duplo circuito distribuido em diagonal. Dianteiros Freio a disco com caliper flutuante; Traseiros Freio a tambor.

TRANSMISSÃO: Manual de 5 velocidades - F15-5 WR

DIREÇÃO: Mecânica, redução 23.8:1 ou Hidráulica convencional, redução 16.0:1

RODAS/PNEUS: Liga leve 6J x 15/Radiais 185/60 R15 (opcionalmente com aro 16)

DIMENSÕES:
Comprimento Total (mm) 4.514
Largura - carroceria (mm) 1.700
Largura Total - espelho a espelho (mm) 1.918
Altura (mm) 1.578
Distância entre eixos (mm) 2.669

TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 56 litros.

CAPACIADES:
Peso em ordem de marcha 1.092 Kg (sem ar condicionado e direção hidráulica) e 1.116 Kg (com ar condionado e direção hidrúlica)
Capacidade de Carga (Caçamba) 758 Kg (sem ar condicionado e direção hidráulica)

CONSUMO: Cidade: 6,2 km/l (á) e 8,9 km/l (g); estrada: 10,5 km/l (á) e 15,6 km/l(g)


* Dados de fábrica

8 comentários:

  1. Como eu te falei lá no OTD, achei-a justa e confortável, parece ser boa de curvas e ter uma boa resistência torcional. Mas o desenho realmente não é dos melhores e a cor também não ajuda.
    E...é aquilo, não é...carro 0km...teria que ver como ela se comportaria após pelo menos uns 60.000 km...
    No mais, o motor 1.4 não é um foguete, mas "rende um caldo" rsrsrs
    O câmbio é bem macio mesmo e a embreagem é tão leve que faz a do Corsa 1.8 aqui de casa parecer de caminhão! :O
    Se eu compraria? Acredito que não...se a qualidade aumentasse, com novo acabamento sem uso excessivo de plástico e maior nº de superfícies emborrachadas, além de uma mudança no estilo da frente, talvez...
    ou se o preço baixasse...

    De qq forma, foi a 1ª vez que andei numa picape pequena e embora o trecho tenha sido bem pequeno, a Montana me surpreendeu pelo conj. mecânico. É preciso apenas que a GM mude essa cara de coruja.



    (Rodrigo)

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  2. falando em aparencia, ela está horrivel. só fiquei em duvida quanto a estabilidade, pois em outra revista disseram q o carro balança com o vento nas retas e nao passa confiança em curvas e nas frenagens de emeregencia.

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  3. Belo teste, também escrevi algo sobre o carro há um tempo no blog!

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  4. o povo nao gostou muito da traseira, pois ficou alta, mais tem que ser assim mesmo, kcete, se for colocar 750 kg em cima vai abaixar né, e para nao ter risco de encostar a bunda no chao, e alta, entendem? ela está linda

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