Quais são as diferentes juntas de um motor? As
juntas desempenham um papel essencial ao garantir a vedação entre
componentes do motor que estão em constante interação. Devido às
variações intensas de temperatura e pressão durante o funcionamento, o
motor passa por ciclos de expansão e contração térmica. Isso faz com que
suas peças se movimentem, se ajustem e se afastem umas das outras.
Nesse cenário dinâmico, as juntas asseguram que não haja vazamentos,
mesmo diante das deformações naturais dos materiais envolvidos. Como o
motor sofre forças e tensões de todas as direções, as juntas são
aquecidas, resfriadas e friccionadas. Uma junta fria reage de forma
diferente de uma aquecida, assim como seu comportamento muda conforme a
pressão exercida sobre ela. “Essa
condição exige que as juntas apresentem alta resistência, já que operam
sob condições extremas de temperatura, pressão e contato com fluídos.
Por isso, são fabricadas com materiais de elevada robustez, como
diferentes ligas de aço, grafite e fibras sintéticas de alta
durabilidade.”, comenta Marlon Dias. Instaladas em diferentes pontos do
motor, cada uma exerce uma função específica, contribuindo para o
desempenho e o funcionamento ideal do conjunto. São elas: Junta do cabeçote Instalada
entre o bloco e o cabeçote do motor, tem por finalidade garantir a
vedação entre ambas as partes e evitar o vazamento de líquidos e gases,
que podem comprometer a compressão, a eficiência térmica, o desempenho e
a vida-útil do motor. Podendo apresentar diferentes composições, as
versões mais modernas são confeccionadas com a tecnologia MLS
(Multi-Layer Stell), que consiste na composição por múltiplas camadas de
aço inoxidável ou laminado, combinada com o uso de elastômeros, que
asseguram uma vedação mais eficiente mesmo sob grandes variações de
temperatura e pressão. Uma boa junta do cabeçote deve suportar
temperaturas de até 300°C e pressões correspondentes a 200 bar, além de
tolerar o contato com óleo, combustível e aditivos, sem sofrer
alterações.
Junta da tampa de válvula Localizada
entre a tampa de válvula e o cabeçote. Tem por função garantir a
vedação dessa conexão e evitar a perda do óleo lubrificante que circula
pelo conjunto de comandos, tuchos e válvulas. Junta do cárter de óleo Fica
abaixo do bloco do motor, inserido entre ele e o cárter de óleo. O óleo
fica no cárter quando o motor está desligado e retorna a ele durante o
funcionamento. Daí, a importância da junta, que assegura a manutenção do
óleo e da lubrificação dos componentes, quando em funcionamento. Junta do coletor de admissão Vedam
o coletor de admissão ao cabeçote do motor e podem ser construídas em
peça única, com relevos e cordões de vedação ao redor de cada abertura.
Devem resistir à ação de óleos, combustível e líquido de arrefecimento.
Em caso de falha na vedação pode haver vazamento do líquido do radiador,
que pode levar ao superaquecimento e à pane do motor. “Outro tipo de
falha ocorre na porta do coletor de admissão, que é um vazamento de
vácuo que pode causar funcionamento irregular, aumento do consumo de
combustível e o acendimento da luz de verificação do motor”, acrescenta
Marlon Dias. Os
sucessivos ciclos de expansão e contração, provocados pelas condições
severas de temperatura e pressão desgastam as juntas, que perdem sua
condição original e eficiência operacional ao longo do tempo. Portanto,
assim como com os demais componentes, se faz necessário a manutenção
preventiva e a substituição desses componentes, sempre que necessário.
“Prevenir vazamentos é cuidar da saúde e da durabilidade do motor. Para
isso, uma boa vedação significa preservar o desempenho, evitar falhas
graves e prolongar a vida útil de todo o sistema”, conclui Marlon Dias.
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