quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Mesmo com crescimento nas vendas, condomínios ainda não tem estrutura para os carros elétricos

 

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 Os carros elétricos estão, a cada dia, ganhando o consumidor brasileiro e a previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Elétricos (Anfavea) mostra que, até 2035, 62% da frota de veículos no país poderá ser de automóveis elétricos. Com isso, ao invés dos postos de combustíveis, o foco de abastecimento passa a ser por meio de um carregador instalado em casa, ou nos condomínios residenciais. Entretanto, o mercado já aponta que os prédios ainda não estão preparados para receber os pontos de carregamento.

De acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), só na cidade de São Paulo, o número de prédios já ultrapassou o de casas, e a verticalização deve continuar crescendo nos próximos anos. Segundo Ricardo David, sócio fundador da Elev, empresa que oferece soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, o que poucos sabem é que é possível realizar as alterações necessárias no condomínio sem que haja muito gasto.

"Esse debate gera inúmeras dúvidas nos moradores, como quem pagará essa conta, se isso impacta no valor do condomínio e sobre as obras que precisam ser realizadas. Todos esses temas são problemas reais, mas é possível traçar um plano diretor com uma solução de fácil implantação de apenas algumas vagas com esse ponto de carregamento. E, conforme a administração do prédio vai sentindo necessidade, outros aparelhos podem ser instalados", explica.

Para Ricardo, o planejamento é a parte mais importante, visto que alguns condomínios precisam pensar em como melhorar a eficiência energética para atender a essa demanda. Mas, o executivo ressalta que o carregador passa de um extra, a item essencial de valorização do imóvel.

"Somente no ano passado nós registramos um aumento em 60% na venda de automóveis elétricos e híbridos no Brasil, como mostra a pesquisa da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Essa tendência de aumento não é algo passageiro, ela permanecerá nos próximos anos e os condomínios que se preparam agora para essa tendência não serão pegos de surpresa por um aumento do número de moradores que precisam de um carregador na garagem. O carro elétrico não é uma moda passageira, e vem para ficar. O mundo inteiro tem se preparado para isso, e precisamos estar atento a essa nova realidade", declara.

Na Europa, China e, mais recentemente, nos Estados Unidos, estão sendo implantadas medidas públicas que buscam trazer mais incentivos ao segmento. Em São Paulo, o governo do Estado já decretou a diminuição da alíquota do ICMS para o desenvolvimento do segmento a partir de 2022. "Nesse contexto, acredito que o debate sobre os condomínios é um dos mais importantes. Principalmente porque o consumidor final vai querer poder dormir e saber que o seu carro estará carregado no dia seguinte", completa Ricardo.

Fonte:  Press FC

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