Avaliação - Chevrolet Classic LS 1.0 VHCE 2011

Por Marcus Lauria (texto e fotos)

A Chevrolet apresentou no dia 5 de abril, em Buenos Aires, Argentina, o sedan Classic remodelado. A versão nacional usa a mesma reestilização feita na China, vendido como Chevrolet Sail naquele país, que lá, já está em sua segunda geração, com um visual bem mais moderno. As mudanças se concentram na dianteira e na traseira, onde foram mais significativos, os restos da carroceria se manteve intocado, mantendo a mesma silhueta do antigo Classic. Visto de frente, chamam a atenção os novos faróis, que lembram o do Celta, assim como o novo capô, a regra cromada com a “gravatinha” dourada ao centro e o novo pára-choque. Lateralmente a novidade é a introdução de repetidores das setas sobre as rodas dianteiras, ao melhor estilo europeu, os retrovisores, maçanetas e molduras das portas agora são da mesma cor do veículo. A parte traseira também foi remodelada, com destaque para as novas lanternas, que invadem a tampa do porta-malas, com novo formato e o pára-choque, mais envolvente. As lanternas lembram a do antigo Corolla, do ano 2000. O modelo que antes era conhecido por Corsa sedan, passou a se chamar Classic em 2004.

O Chevrolet Classic 2011 já circula pelas ruas brasileiras e pode ser encontrado pelo preço inicial de R$ 28.294, que recebeu um novo pacote de opcionais. Agora o pequeno sedan da Chevrolet é oferecido apenas na versão LS (nova nomenclatura que estreou no Agile e será adotada na nova linha de produtos da marca) e em cinco configurações diferentes disponíveis apenas com o motor flex 1.0 VHCE de 78 cv com álcool ou 77 cv com gasolina. Por dentro, quase sem novidades, apenas um novo painel de instrumentos, que ganhou novos grafismos e o revestimento dos assentos tem novos desenhos e texturas. O novo Classic trás de série o básico, ou seja, desembaçador elétrico do vidro traseiro e preparação para som, custa R$ 28.940. Se acrescentado ar quente, protetor de cárter, ar-condicionado, direção hidráulica, travas, vidros e alarme o preço sobe para R$ 34.534. Estão disponíveis quatro pacotes. O kit Estilo tem faróis com máscara negra, protetor de soleira, rodas de alumínio aros 13 e 14 polegadas e lâmpada azul (Blue Vision) para o farol e faróis auxiliares. O kit Conforto traz alça de segurança do teto, acendedor de cigarros, cinzeiro, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, alarme com controle remoto, quebra-sol direito com espelho, calha de chuva, geladeira e cabide. Já o pacote Proteção inclui adesivos refletivos, tapetes de carpete e borracha e protetor de Carter. No kit Entretenimento é oferecido sistema de som, alto-falantes dianteiro e traseiro de 45W e 60W e sistema de navegação GPS. A lista de opcionais inclui ainda o sistema de som PRDS que traz informações sobre revisões e manutenções do carro e resumo de notícias no display. O novo Classic chega para tentar manter a liderança em seu segmento, que em seus 14 anos de vida, liderou por 10 anos, que já teve mais de 1.000.000 unidades emplacadas. Em 2009 foram emplacadas 108.434 unidades contra 103.828 de 2008.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Fui buscar o Chevrolet Classic 2011 sem esperar muitas novidades no quesito dirigibilidade, afinal, o carro é o mesmo, desde seu lançamento, a 14 anos atrás. A principal novidade fica mesmo por conta do motor 1.0 Flexpower VHCE, que foi introduzido no modelo em janeiro de 2009, junto com seu primo, o Celta. O motor que rende 78 cv com álcool (com 9,7 kgfm de torque) ou 77 cv com gasolina (oferece 9,5 kgfm de torque) fica devendo em alguns momentos, quando precisamos mais dele, em ultrapassagens e em subidas mais íngremes, nesses momentos temo que reduzir o tempo todo, para conseguir um bom desempenho do pequeno motor, que devido as trocas constantes de marcha, acaba gastando mais um pouco. Segundo a Chevrolet, o Classic quando abastecido com gasolina, sua autonomia pode chegar a 900 quilômetros. Não pude avaliar o seu consumo, pois devido a uma viagem o modelo foi entregue ainda com meio tanque de combustível, que no caso, foi possível rodar cerca de 130 quilômetros. Outros dados de fábrica foram divulgados, onde o carrinho faz na cidade, 9,5 km/l com álcool e 13,3 km/l com gasolina, enquanto que na estrada o resultado é de até 12,8 km/l se movido a álcool e 17,8 km/l quando abastecido com gasolina. Por dentro, nenhuma novidade, o mesmo painel de 14 anos atrás está lá, com pequenas mudanças no painel de instrumentos e o volante, que apesar do seu desenho mais atual, ficou mais inclinado, deixando a sensação de estar dirigindo um carro mais alto. Mas esse projetos antigos tem suas vantagens, oferecem um acerto melhor para o carro, que no caso do Classic são sentidos na suspensão acertada, que se vira bem nas curvas, provocando poucas rolagens, deixando a sensação de segurança para o motorista. No trajeto urbano feito durante o curto test-drive em lugares aonde pude dar uma acelerada mais forte, percebi que o Classic quando pega o embalo vai bem e sua velocidade máxima foi de 150 km/h, em meu teste. O carro testado estava com rodas de liga leve de aro 14, que proporcionou uma melhor estabilidade nas curvas, talvez com as rodas de aço, com calotas e pneus mais finos o modelo não se mostre tão estável assim. A proteção acústica poderia ser melhorada, pois o barulho do motor invade o interior o tempo todo, assim como o barulho dos plásticos do acabamento das portas e painel se encostando o tempo todo.

FICHA TÉCNICA:

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* Dados de fábrica