sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Avaliação - Citroën Aircross Exclusive 1.6 16V 2011


Por Marcus Lauria (texto e foto)

O CarPoint News ficou uma semana avaliando o Citroën Aircross e teve a chance de perceber melhor as qualidades e os defeitos do mais nov lançamento da marca no Brasil. O Aircross é nada mais que uma versão “aventureira” do C3 Picasso vendido no mercado europeu, só que adaptado para o gosto dos brasileiros e desenvolvido no Mercosul. Ao contrário do breve test-drive que fiz em seu lançamento, no Rio de Janeiro, pude sentir melhor o carro em movimento e com o uso diário. O Aircross chega para brigar em um segmento muito concorrido aqui no Brasil, que teve início com o Fiat Palio Weekend Adventure, lançada em 1999. Com lançamento para o público marcado para setembro, o Aircross parte de R$ 53.900 para a versão de entrada GL, passando por R$ 56.400 para a intermediária GLX e chega a R$ 61.900 para a topo de linha Exclusive e possui três anos de garantia. O crossover premium da Citroën, como é chamado vai concorrer diretamente com o Volkswagen Crossfox (R$ 45.550), Fiat Idéia Adventure (R$ 56.900) e Ford Ecosport (R$ 52.240).


Por fora o Aircross chama a atenção com linhas agressivas e marcantes. Durante a avaliação pude perceber a curiosidades dos pedestres e motoristas. O Aircross tem 4,28 metros de comprimento por 1,72 metro de largura e 1,69 metro de altura, o entre-eixos mede 2,54 metros, medidas essas que deixam o interior do carro bem confortável, tanto para o motorista, quanto para o carona, mas quem vai atrás sente um leve aperto nas pernas, devido a pouca distância entre os bancos dianteiros e traseiros O modelo avaliado era a versão mais completa, a Exclusive e possuía bancos, volante e laterais das portas em couro, deixando o ambiente interno bem aconchegante. os materiais do painel e portas são de boa qualidade a primeira vista, transmitindo um certo requinte ao Aircross, mas não tão agradáveis ao toque, o plástico duro das laterais das portas e no tablier deixam a desejar pelo valor do carro. O modelo avaliado estava equipado com ar-condicionado digital, computador de bordo, vidros dianteiros e retrovisores, abertura das portas e porta-malas elétricos e para-choque na cor do veículo, além de rodas de liga leve, vidros traseiros elétricos, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista e sistema de som MP3, bancos e volante em couro, airbag duplo, sistema de freios ABS com EBD e piloto automático. Opcionalmente são oferecidos sensor de estacionamento traseiro, acendimento automático de faróis, sensor de chuva, airbag lateral e um sistema de navegação desenvolvido pela marca especialmente para o Aircross. O porta-malas carrega até 403 litros, muito pouco para uma veículo familiar, que pode chegar a 1.500 litros com a segunda fileira de bancos rebatida, o que facilita na hora de carregar mais bagagens e menos passageiros. Serão oferecidas sete opções de cores de carroceria: Blanc Banquise, Gris Aluminium, Rouge, Perla Nera, Manitoba, Dolomites e Hickory.



O modelo avaliado trás sob o capô o já conhecido motor 1.6 flex de 113 cv com etanol e 110 cv com gasolina, sempre a 5.800 rpm e torque máximo de 4.500 rpm. O motor é suficiente para rodar no trânsito pesado ou subidas leves. Mas quando exigido em subidas mais íngrimes ou em uma retomada é sentido a falta de potência para os .1.329 quilos do Aircross atrapalham na hora de dar uma acelerada mais forte, que atrapalha o consumo, que no computador de bordo acusava de 5,8 a 6,2 km/l. O câmbio mecânico de cinco marchas é suave e bem escalonado, lembrando muito o famoso câmbio da Volkswagen, que segundo a marca teve suas relações encurtadas em 15% para privilegiar acelerações e retomadas. A suspensão independente na dianteira e com travessa deformável na traseira e os amortecedores pressurizados deixam o Aircross a vontade no trânsito e faz o modelo passar bem pelos buracos lunares das ruas cariocas, mas é sentido algumas batidas fortes na suspensão. As rodas de 16 polegadas com pneus 205/60 de uso misto são uma das causas desse incomodo.


O Citroën Aircross chega ao Brasil para incrementar a participação de mercado da marca, que gira estável na faixa de 2,5%. A montadora estima que as vendas sejam de 2.000 unidades mensais a mais nas projeções da Citroën para o último trimestre, que vai ampliar a presença da marca no Brasil para algo em torno de 3,5%. Como estratégia de lançamento, o Aircross terá as três primeiras revisões gratuitas (10 mil, 20 mil e 30 mil quilômetros).



Ficha Técnica:

Origem: Brasil

Motor: Quatro cilindros, 16 válvulas, 1587cm³, potência de 110cv (gasolina) e 113cv (álcool) a 5800rpm, torque máximo de 14,2kgfm (a 4.000rpm) com gasolina e 15,5kgfm (a 4.500rpm) com álcool

Transmissão: Tração dianteira, câmbio manual de cinco marchas

Suspensão: Dianteira tipo McPherson, traseira com eixo de torção

Pneus: 205/60 R16

Dimensões: Comprimento: 4,28m; entre-eixos: 2,54m; porta-malas: 403 litros

Peso: 1.368 quilos

Consumo: Álcool: 6,2km (cidade), 9,3km/l (estrada). Gasolina: 8,4km/l (cidade), 12,4km/l (estrada)

Preço: R$ 61.900 (versão avaliada Exclusive)

4 comentários:

  1. passou um aqui no centro com roda 17... Na moral, mudou o carro COMPLETAMENTE.
    Impressionante o que uma roda fez no carro. Essa roda ae acaba com o design do carro.

    Excelente Review!

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  2. Fiz o teste drive no carro hoje, achei muito macio e com uma ótima visão para o motorista. O preço do carro está ótimo comparado as concorrentes pelo que ofereçe, é só pesquisar. Vale a pena, faça um teste drive que vc mudará de idéia. Simone

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