quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ford inova na segurança com a primeira "criança digital" para testes de impacto virtuais



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Por Imprensa Ford

A Ford está desenvolvendo um dos primeiros modelos digitais do mundo do corpo de uma criança, dentro de um programa pioneiro para tornar os carros mais seguros para os jovens. "Nós estudamos os ferimentos observados nos acidentes de trânsito, que são a principal causa de morte de pessoas na faixa de 4 a 34 anos", diz Stephen Rouhana, líder técnico de segurança da área de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford nos Estados Unidos.

Segundo ele, o objetivo é entender melhor como as lesões em passageiros jovens podem ser diferentes. "Os sistemas de proteção dos veículos Ford são desenvolvidos para reduzir os danos graves e fatalidades em acidentes, e eles já provaram ser bem eficientes", continua Rouhana. "Mas esses ferimentos ainda acontecem. Quanto mais soubermos sobre o corpo humano, mais poderemos avançar para tornar esses sistemas ainda melhores."




Construir um modelo digital não é uma tarefa simples. O trabalho de desenvolvimento do modelo humano adulto levou 11 anos para ser concluído. Esses modelos digitais servem para pesquisa, e não para o desenvolvimento de veículos. Eles não substituem os conhecidos "dummies" - bonecos usados para medir o efeito das forças de impacto no corpo humano. O objetivo é aprimorar a eficiência dos sistemas de contenção dos veículos, entendendo melhor os mecanismos das lesões. Um vídeo sobre o programa pode ser visto no seguinte link: http://www.youtube.com/fordofeurope#p/u/1/O6CUd6jcbDw.

Como um carro

Os modelos digitais são construídos item por item - como cérebro, crânio, pescoço, caixa torácica, extremidades superiores e inferiores e outros - com uma extensa pesquisa em cada parte. "Construir o modelo de uma pessoa é parecido com construir o modelo de um carro", explica o especialista. "Você começa com a superfície geométrica de cada componente e dos seus subcomponentes - no caso, a geometria do corpo humano e dos órgãos internos." Depois de reunir esses dados por meio de escaneamentos e modelos anatômicos, os pesquisadores criam um modelo de cada parte do corpo. O cérebro do humano digital adulto foi construído como um componente separado, com detalhamento do tronco cerebral, da matéria cinzenta e dos fluidos entre as camadas.

Os componentes são depois reunidos no corpo humano virtual, que é extensamente validado. Então, usando ferramentas matemáticas e analíticas, combinadas com dados sobre as propriedades dos tecidos humanos disponíveis na literatura médica, os pesquisadores são capazes de determinar os efeitos de um impacto, assim como a pressão que um sistema de retenção exerce sobre o corpo. "O corpo de uma criança é muito diferente de um adulto. Construir o modelo digital de uma criança vai nos ajudar a projetar sistemas que ofereçam melhor proteção para os passageiros jovens", afirma Stephen Rouhana, que no mês passado recebeu o prestigioso prêmio da Associação para o Avanço da Medicina Automotiva pela sua pesquisa sobre a resposta do corpo humano aos impactos. Entregue em Paris, essa é a maior honra que um indivíduo pode receber nessa área.



História dos "dummies"

A Ford tem usado "dummies" convencionais em testes de impacto há 70 anos para ajudar a aumentar a proteção dos ocupantes dos veículos. O primeiro "dummy" para teste de impacto foi criado em 1949 pela Força Aérea dos Estados Unidos. Apelidado de Sierra Sam, ele foi projetado para testar os assentos ejetores dos jatos. Em meados de 1950, o departamento de Pesquisa e Engenharia da Ford nos Estados Unidos desenvolveu seus próprios "dummies", feitos de plástico, chamados Ferd I e Ferd II. Dotados de instrumentos eletrônicos no lugar dos cérebros, eles tinham esqueletos de aço, partes de plástico duro para simular os músculos e plástico mais macio no lugar da pele.

Em 1971, a Ford introduziu o primeiro "dummy" automotivo padronizado do mundo, o Hybrid I, seguido de um projeto aprimorado, o Hybrid II. O modelo atual, Hybrid III, tem espinha dorsal feita de discos metálicos, pescoço móvel, caixa torácica de aço, pele de vinil e joelhos projetados para responder a impactos da mesma forma que o humano. A Ford também usa "dummies" desenvolvidos especialmente para testes de impacto laterais. Os modelos WorldSIS e EuroSID 2 contêm mais de 220 diferentes sensores que registram as lesões e forças de impacto. "Os 'dummies' de hoje são equipamentos sofisticados", explica Jake Head, engenheiro de Segurança da Ford. "Um Hybrid III custa aproximadamente 34 mil euros e com a instrumentação completa chega a mais de 50 mil euros."


A Ford usa "dummies" de crianças e adultos nos testes de impacto para garantir que os sistemas de segurança e contenção funcionem adequadamente com pessoas de diferentes tamanhos e pesos. A empresa também se tornou líder no universo da segurança virtual. Seus engenheiros na Alemanha e Estados Unidos realizaram mais de 12.000 testes de impacto virtual no Ford Focus atual para provar suas novas tecnologias de segurança para os ocupantes. Essas simulações virtuais se tornaram tão eficientes que o número de testes de impacto físicos foram reduzidos significativamente.

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