quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vícios ao volante reduzem vida útil do veículo


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Por Gledson Cortez, gerente da Arbopec Autopeças, em Santos

A quantidade de quilômetros rodados pode até ser um indicador de desgaste do carro, mas está longe de significar um fator determinante na hora de comprar ou vender um veículo usado. Há uma outra variável que faz toda a diferença na conservação do automóvel: o motorista, com seus hábitos e cuidados ao volante.

Vícios comuns a muita gente, e imperceptíveis na rotina principalmente de quem passa tempo excessivo na direção, podem encurtar o tempo de vida de peças fundamentais, como a embreagem, a injeção eletrônica e os pneus.

Muitos motoristas, por exemplo, esquecem o pé na embreagem. Isso desgasta o disco de embreagem e vai prejudicando o carro”, pontuou Gledson Cortez, gerente de compras da Arbopec Autopeças, loja especializada no comércio automotivo localizada na Vila Mathias, em Santos. Outro fator, segundo ele, é a falta de atenção do dono com os prazos para trocas de material no veículo.

Por outro lado, um motorista cuidadoso é o responsável pela boa conservação de sua máquina. Cortez dá dicas de prevenção e de como evitar atitudes que acelerem a deterioração dos equipamentos. Confira algumas.


Tire o pé da embreagem

A embreagem é formada por um disco, um acessório chamado platô e um rolamento. Permite a troca de marcha, mas cada acionamento gera pressão e desgaste do disco. Em cidades com trânsito intenso e em horários de pico, as trocas são mais constantes, principalmente entre primeira e segunda marchas, e isso acarreta em encurtamento da vida útil – a troca é recomendada a cada 100 mil quilômetros. Mas o motorista às vezes esquece o pé na embreagem enquanto está parado no semáforo e isso é prejudicial. “Mesmo com o pé levemente pressionado, já está desgastando o disco”, ressaltou Cortez. Pedal duro e alto, bem acima do freio, é indicativo de que será preciso levá-lo a uma revisão do sistema de embreagem.


Suavidade ao dirigir

Acelerar ou frear bruscamente provocam maior força e, consequentemente, desgaste nos sistemas do motor e do freio, além de aumentar o consumo de combustível. Principalmente dentro das cidades, não há necessidade de movimentos bruscos com o veículo.


Rotação adequada

Troque de marcha no momento certo para evitar picos na rotação do motor e evitar forçá-lo. Controle pelo painel: o ideal é mudar de marcha quando o conta-giros apontar entre 3 e 3,5 mil rotações por minuto.


Peso máximo

Pouca gente atenta para essa dica principalmente naqueles momentos em que você quer agradar toda a família dando carona depois de uma festa, por exemplo. Confira no manual o peso que o veículo suporta antes de encher o banco de trás com quatro, cinco pessoas. Isso quando não usam o porta-malas pra levar as crianças. Excesso de peso compromete a suspensão e os amortecedores, que devem estar em bom estado para segurar os impactos quando o carro está em movimento.


Trocas necessárias

Atenção aos prazos para troca de componentes importantes para o funcionamento do automóvel. Não deixe para trocar tudo só na revisão ou em ocasiões nas quais haja problema no veículo. A troca do óleo e do filtro de óleo deve ser feita a cada 5 mil quilômetros quando este for mineral. Mas quando for semi-sintético ou sintético, recomenda-se trocar a cada 10 mil quilômetros. Por isso deve-se especificar que tipo de óleo o carro uso (mineral, semi-sintético, sintético). Os filtros de ar e combustível vencem a cada 10 mil quilômetros também.


Pneus em dia

Esse detalhe é pouco lembrado: o rodízio dos pneus é necessário a cada 7 a 10 mil quilômetros, enfatizou Gledson Cortez. Trata-se de um procedimento que evita o desgaste irregular, em apenas um ou dois dos pneus, devido às características do veículo e à distribuição de peso. Eles devem ser trocados da frente para trás e vice-versa, bem como passar por alinhamento e balanceamento. É necessário procurar um profissional especializado para orientar sobre a melhor forma.


Evite a reserva

Abasteça antes que o tanque entre na reserva de combustível. Isso porque resíduos do fundo do tanque podem entupir os bicos injetores, dispositivos responsáveis pela injeção de combustível no motor.


Manutenção preventiva

A famosa revisão é fundamental para a saúde do carro. Faça-a a cada 10 mil quilômetros rodados a uma vez a cada seis meses.

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