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*Por Alexandre Ponciano
Com o fim do Inovar Auto em 2017, o Rota 2030 foi concebido
com a diretriz de buscar a modernização da frota brasileira e atender
exigências internacionais, às quais não eram consideradas pelo antigo programa
criado no governo Dilma Rousseff. O novo programa visa estabelecer regras para
os veículos produzidos e comercializados no Brasil nos próximos 15 anos, bem
como os investimentos necessários para melhorar toda a cadeia automotiva do Brasil,
definição de metas de eficiência energética, itens de segurança que se tornarão
obrigatórios e novas tecnologias a serem aplicadas nos veículos.
Divido em três fases, o período de 2018 a 2022 contempla
iniciativas onde o governo deverá alcançar uma meta de 12% de avanços em
eficiência energética nos veículos do dia a dia e comerciais leves. A proposta
seria uma média de 1,62 MJ/km emitidos por carros de passeio. Porém, dentre as
muitas vertentes do setor automotivo que o Rota 2030 deverá impactar, gostaria
de me ater ao que muda (ou não) para o segmento de autopeças.
De uma maneira geral, o programa tem preocupações de
fortalecer o desenvolvimento do setor de autopeças, por meio de incentivos como
a capacitação da cadeia de fornecedores, realizada em parcerias com a
iniciativa privada e pública. Além disso, podemos esperar um esforço no sentido
de simplificar nosso sistema tributário, algo moroso e que acaba impactando
negativamente o caixa dos empreendedores do setor.
Outro ponto que devemos considerar é que o programa Rota
2030 estabelece ações que nos levam a um patamar competitivo global, o que nos
possibilita pensar em uma estratégia ampla que nos move, de fato, a entrar no
hall de fabricantes e revendedores de autopeças globais, com representatividade
em países estratégicos.
Por fim, não podemos ignorar o que o futuro nos reserva. Com
o rápido avanço de soluções tecnológicas no setor automotivo, o de autopeças,
será impactado. A busca por eficiência energética impulsionará a produção de
veículos elétricos e suas baterias, materiais estruturais de menor peso, além
disso, os novos equipamentos obrigatórios de segurança introduzirão uma nova
gama de peças e acessórios, entre outras demandas que deverão representar
importantes mudanças e necessidade de adaptação por parte de toda a cadeia de
suprimentos e profissionais do setor.
Vemos essa tendência fortalecida pela crescente busca do
consumo sustentável, principalmente por grande parcela da população mundial
mais jovem.
Portanto, você, empreendedor do setor de autopeças
brasileiro, deve estar atento à evolução do Rota 2030. Dessa forma, conseguirá
acompanhar as mudanças e buscar vantagens competitivas nesse novo mercado.
* Por Alexandre Ponciano, diretor comercial da Solera Holding Inc.,
empresa que oferece tecnologias digitais para gerir riscos e ativos no ramo
automotivo
Fonte: PIAR
COMUNICAÇÃO | ASSESSORIA DE IMPRENSA
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