quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Picapes a diesel não foram tão bom negócio em 2023. Entenda o porquê

 

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A Mobiauto acaba de realizar uma pesquisa em sua base de dados para verificar o comportamento do mercado de picapes midsize seminovas. Segmento dominado nos anos 90 por Chevrolet e Ford, com as respectivas S10 e Ranger, os últimos anos têm apontado a Toyota Hilux como líder incontestável.


Só de janeiro a novembro deste ano, a picape de origem japonesa emplacou 41,8 mil unidades, volume maior do que a soma das duas precursoras dessa fatia de mercado – a S10 vendeu 22,8 mil e a Ranger, 17,9 mil unidades. Natural que tamanha soberania dê destaque à Hilux também no mercado de seminovas, não? E dá mesmo. Mas...ela não é a “campeã” do segmento.


Nessa pesquisa exclusiva, a Mobiauto apurou as cotações das principais versões de seis modelos de picapes médias, comparando preços de novembro de 2022 versus novembro de 2023. Nem todas as opções de cada veículo foram consultadas. Só aquelas que continham uma base estatística confiável com um bom volume de classificados nos dois períodos. Foram elas: Chevrolet S10, Ford Ranger, Mitsubishi L200 Triton, Nissan Frontier, Toyota Hilux e VW Amarok.


De janeiro a novembro de 2023, essas picapes foram responsáveis por 6% das vendas globais de automóveis e comerciais leves (1,94 milhão de unidades) no país. Para quem acha que o volume é modesto, fica a informação: se você somar todos os carros emplacados pelas marcas premium em 2023, eles equivalerão a um terço das vendas de picapes. Estamos falando de tudo o que foi vendido de Audi, BMW, Mercedes-Benz, Volvo, Jaguar, Porsche, Land Rover e Lexus: não são mais do que 37,9 mil unidades.


Autotech do setor automotivo que mais cresceu no 1º semestre de 2023 (aumento de 89% no faturamento) e um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, esse levantamento exclusivo da Mobiauto apurou um total de 44 versões dessas seis picapes de anos/modelos 2023, 2022 e 2021. Apesar da relevância expressiva no mercado, a primeira notícia não é boa: na média, essas picapes perderam 15,3% de seus preços em somente um ano.


Outros segmentos apurados pela Mobiauto nas últimas semanas apontaram para uma depreciação em torno de 7,5%, praticamente a metade das picapes. De qualquer modo, o cliente fiel desses veículos pode escolher negócios em que as perdas sejam menores. Na média da nossa pesquisa, considerando – vale lembrar – as versões mais ofertadas em anúncios, o resultado foi o seguinte (ver tabela acima):

 

Para Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto, esse resultado revela três grupos bem distintos, lembrando que a média geral de 15,3% é praticamente o dobro da desvalorização de outros segmentos. “O comprador de picapes médias é muito fiel. Ele pode até trocar de marca e modelo, mas dificilmente de segmento. Por isso mesmo, vale observar a tabela formatada por nossa equipe de Dados e Estatísticas: há três modelos praticamente empatados e bem colocados, que são a Frontier, a L200 e a Hilux. Há duas que são negócios menos recomendados: Ranger e Amarok. E a S10 no meio de tudo isso”, explica.


Não é a primeira vez que a Mobiauto realiza esse tipo de pesquisa. Em novembro de 2022, o trio vencedor havia sido Hilux, L200 e S10, pela ordem. “O único fato novo foi a inserção da Nissan Frontier, que ganhou alterações importantes em sua versão 2023, mas que acabaram puxando também os preços da 2021 e da 2022. Ótimo resultado pra Nissan”, comenta Castro Jr.


Quando o ranking é delineado com as versões, o equilíbrio é absoluto. Entre as dez melhores, a S10 Chassi Cabine é a campeã, ainda que seja uma versão bem específica, mas tem o mérito de colocar quatro versões no topo. Hilux, Frontier e L200 Triton entram com duas versões cada uma. 



“É um segmento em que o ticket médio, pelos menos nessas versões seminovas, é de R$ 200 mil. Na média, o cliente que adquiriu esse modelo um ano atrás perdeu R$ 30 mil, o que não foi pouco. Mas vale consultar nossa tabela para verificar nos detalhes como cada modelo e cada versão se comportaram, pois algumas perderam acima de 25% de suas cotações, ou seja, a bagatela de R$ 50 mil”, destaca o executivo da Mobiauto.

 

 

 

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