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Um ano totalmente fora do comum. Em todo o mundo a pandemia mexeu com a vida das pessoas e a economia, mudou o jeito de trabalhar, de consumir, de se relacionar, um ano atípico em todos os sentidos, mas com grande valor de aprendizado.
Diante das incertezas vivenciadas no início da pandemia, em meados de março deste ano, a Melc sofreu brusca queda nas vendas, obrigando a empresa a reduzir a jornada de trabalho, readequando seus processos e pessoal enquanto mantinha as atividades ao mínimo e garantia os empregos. Para isso, medidas sanitárias e de segurança também foram adotadas, como aumento no espaçamento entre pessoas no escritório, ampliação deste espaço no parque fabril, novo escalonamento no refeitório, com divisão de horário para reduzir a concentração de pessoas no local. Além é claro, da medição de temperatura de todos na entrada de cada turno, disponibilização de álcool gel em diversos pontos da empresa e distribuição de máscaras para todos os colaboradores. A partir de maio, com sinais de uma retomada e aumento nos pedidos a fábrica ganha novo ritmo para atender as demandas.
Apesar da tração resultante da demanda na ponta final, os consumidores, alguns setores do país não acompanharam a velocidade do retorno às atividades, talvez pela falta de um modelo de previsão concreto em meio ao cenário ainda frágil. Surgiram então, as dificuldades para encontrar matéria-prima, o que levou a alta nos preços devido à escassez.
A Melc, na contramão do mercado, investiu na compra de três novas máquinas injetoras, contratou aproximadamente 80 colaboradores e está aguardando a entrega de um novo robô de pintura, ainda este ano. São três turnos operando com força total para atender a demanda ( de todo o Brasil) que está na margem da capacidade da fábrica.
Alexandre José Saba, presidente na Melc Motopeças, Atribuímos este aumento na procura por motopeças ao crescente uso da motocicleta como alternativa aos meios de transporte, sobretudo o transporte público, que sofreu grande variação durante as restrições de circulação e também devido ao aumento no uso da moto como fonte de sustento e emprego pelas famílias. A categoria dos motofretistas deu um salto, assim como dos aplicativos de entregas, uma vez que as pessoas passaram a depender mais dos serviços de entrega por não poderem sair de casa. Até o fechamento do mês de setembro já havíamos registrado crescimento acima de 80% nos negócios e esperamos superar os 100% antes de dezembro.
Alavancada ainda por ações de incentivo a venda de motos e profissionalização dos motofretistas, tanto por parte do governo como ações de sindicatos da categoria, a circulação dos veículos de duas rodas nas ruas aumentou. Pessoas que perderam o emprego formal migraram para os serviços de entrega.
Se por um lado a categoria dos caminhoneiros é responsável pelo abastecimento das empresas, a categoria dos motofretistas é a que atende as necessidades da população, com entregas de produtos de farmácias, restaurantes, lojas em geral e mais uma infinidade de serviços que estes motociclistas prestam diariamente, faça chuva ou faça sol. Com isso, o segmento de motopeças dá sinais de que vai sair desta crise mais forte do que entrou, completa Michele Alves, gerente nacional de vendas Melc Motopeças.
Informações do Setor: A limitação na oferta de polipropileno na América Latina encareceu a atividade industrial devido à falta de material para fabricação de produtos, e os consumidores poderão sentir em breve no bolso os efeitos dessa variação.
Efeito cascata, com a quarentena houve redução na demanda de combustíveis e as refinarias reduziram a produção, diminuindo a disponibilidade de propeno. Chile e Argentina tiveram restrições mais severas, enquanto Estados Unidos, impactado por furacões, foi retirado da lista de países exportadores do material.
O propeno é a matéria prima do polipropileno, portanto, à medida que as atividades são retomadas e a demanda cresce, aumenta a produção do material e o abastecimento das empresas que dependem deste para fabricar seus produtos, tais como: embalagens, tapetes, peças plásticas, peças automotivas e motopeças, onde se enquadra a Melc. Mas os especialistas alertam que não haverá equilíbrio na cadeia antes de 2021, de acordo com artigo publicado no Linkedin baseado em levantamento Houston (ICIS).
FIESP CIESP - Pesquisa Fiesp Ciesp realizada de junho a agosto deste ano mostra que 63% das empresas sinalizaram estoques abaixo do nível normal, levando em consideração expectativa de vendas dos próximos 4 meses. Dentre os setores afetados e as matérias-primas utilizadas, estão: máquinas e equipamentos, produtos de borracha e plástico, produtos químicos e de metal. Em média o custo dos insumos subiu 22% comparado ao período pré-pandemia, e os derivados plásticos ocupam o top 3 da lista de materiais escassos, junto de papelão e aços planos. Os pontos apontados pela entidade como principais causadores da variação são: reajuste na produção, redução de estoques e redução na demanda, seguidos da desvalorização cambial, retomada da economia chinesa, o que causou pressão no mercado mundial e o descompasso entre a oferta e a demanda na retomada das atividades. Entre as resinas plásticas importadas, a variação de janeiro a agosto chegou a 17,3%, sendo que a cotação internacional teve variação de 38% no mesmo período, trazendo apenas o recorte do polipropileno, as variações foram de, respectivamente, 13,9% e 28,7%, gerando um forte impacto na cadeia produtiva. Uma saída pode ser o investimento na produção de resinas nacionalmente, reduzindo a dependência internacional e a volatilidade do mercado e das moedas.
ANFAMOTO - Segundo Orlando Leone, da Anfamoto, “Devido à praticamente interrupção das vendas de motos Zero Km, a manutenção nas motos da frota circulante cresceu, graças à atividade dos entregadores e ao aumento nos deslocamentos por motos”. O mercado de peças de reposição sempre se mostrou valente, apto a contornar crises, como ocorrido recentemente em 2012 e 2014, por exemplo. A paralisação das fábricas devido ao Covid-19 ajudou as empresas do setor de motopeças a atravessar o período de fechamento das cidades de forma mais serena, graças à demanda das pessoas por entregas em casa e todo tipo de prestação de serviços via motofrete. Mas a indústria foi impactada com o aumento nos valores e a escassez da matéria-prima em algumas atividades, o que pode ocasionar um reajuste nos preços em curto prazo. Soma-se a isso a alta do dólar, o crescimento da inadimplência, uma vez que as lojas fechadas e sem arrecadação, passaram a não honrar todos seus compromissos com os fornecedores, entre outros fatores econômicos que impactam a cadeia.
ABRACICLO - De acordo com dados apresentados pela entidade, o mercado apresentava uma pequena dificuldade antes mesmo da pandemia, com as vendas no varejo decaindo levemente de janeiro a março deste ano. Em janeiro os números beiravam as 100 mil unidades e em março caíram para aproximadamente 75 mil, com o início da pandemia e o fechamento de algumas fábricas e a adoção de medidas contra o vírus, as vendas despencaram para pouco mais de 25 mil motos em abril, número que se manteve estável em maio e apresentou melhora em junho, quando ficou pouco abaixo de 50 mil unidades vendidas. Contudo, em julho o volume de vendas praticamente se igualou ao período em 2019, ultrapassando a marca em agosto e chegando as 100 mil unidades em setembro, sinalizando a retomada e o anseio dos consumidores. No comparativo de janeiro a setembro de 2019 com 2020 houve uma retração de 20,8% nas vendas do varejo, redução de mais de 160 mil novas motos que deixaram de ganhar as ruas no período, um pequeno montante perto da frota de pouco mais de 23 milhões e 600 mil motos registradas pelo RENAVAM/set20.
Fonte: VGCOM - VANESSA GIANNELLINI COMUNICAÇÃO
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