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A Stellantis divulgou hoje o relatório de resultados globais do primeiro semestre do ano, que também é o primeiro semestre de operações da companhia, constituída em janeiro deste ano, e anunciou receitas líquidas pró-forma de € 75,3 bilhões, crescendo 46% em relação aos resultados de igual período de 2020. Os resultados são apresentados como se a fusão, ocorrida em 16 de janeiro de 2021, tivesse efeitos desde 1º de janeiro de 2020, a fim de permitir a comparação do primeiro semestre completo de ambos os anos.
A empresa reportou lucro operacional ajustado de € 8,6 bilhões, com margem de 11,4%. As operações da América do Norte alcançaram margem recorde de 16,1%. As sinergias decorrentes da fusão já mostram resultados, com aproximadamente € 1,3 bilhão de sinergias de caixa líquidas contabilizadas no primeiro semestre de 2021
A saída de caixa livre industrial pró-forma de € 1,2 bilhão refletiu impactos negativos de capital de giro devido a pedidos de semicondutores não atendidos, compensados por sinergias líquidas positivas. A empresa relata forte liquidez industrial disponível de € 51,4 bilhões.
"Gostaria de agradecer calorosamente a todos os empregados da Stellantis por seu foco extraordinário na excelência operacional e na execução de sinergias que levaram a empresa a alcançar resultados financeiros muito robustos no primeiro semestre. Ao entregar este desempenho operacional consistente, a empresa também fez progressos significativos em questões estratégicas relacionadas à aceleração de eletrificação e software, que são pilares fundamentais de nossa estratégia", destacou Carlos Tavares, CEO da Stellantis.
AMÉRICA DO SUL
A operação da América do Sul apresentou resultados consistentes e liderou o mercado regional. As vendas somaram 424 mil veículos na região, crescendo 128% na comparação com o primeiro semestre de 2020, período fortemente afetado pelas restrições decorrentes da pandemia de Covid-19. Contribuíram para esta expansão o sucesso da Fiat Strada, o carro mais vendido no Brasil, bem como as atualizações de Fiat Toro e Jeep Compass. A receita líquida aumentou 125%, para € 4,94 bilhões, principalmente devido aos volumes e preços líquidos, parcialmente compensado pelos efeitos negativos da conversão cambial, principalmente do real. A Stellantis liderou o mercado brasileiro e sul-americano e alcançou margem operacional de 6,6% na região.
DESTAQUES DO SEMESTRE
A Stellantis fez importantes anúncios ao longo do primeiro semestre do ano. Apresentou sua estratégia de eletrificação veicular, que prevê o lançamento de 11 modelos BEVs (totalmente a bateria) e 10 PHEVs (híbridos plug-in) nos próximos 24 meses, além da gama de veículos comerciais leves totalmente eletrificados na Europa, juntamente com vans médias com célula de combustível de hidrogênio, até o final de 2021. A empresa está transformando e reforçando sua base industrial para desenvolver a eletrificação.
A Stellantis também anunciou parcerias inovadoras: com a Archer para criar veículos de decolagem vertical e com a Engie EPS para desenvolver redes de carregamento rápido.
Na América do Norte, registrou lucratividade recorde e o melhor desempenho da marca Ram nos Estados Unidos e no mercado global. O Jeep Wrangler 4xe foi o PHEV mais vendido nos EUA no segundo trimestre de 2021, após seu lançamento em março de 2021. A Jeep está expandindo a cobertura de mercado no segmento premium com os novos modelos Grand Wagoneer e Wagoneer.
Na Europa Ampliada, a Stellantis expandiu vendas e receitas em 41%, liderou o segmento de comerciais leves com 34,4% de participação. O 500e é o carro urbano elétrico líder em dez países.
A Maserati voltou a ter desempenho positivo, com lucro operacional ajustado no primeiro semestre de € 29 milhões e aumento da participação de mercado no primeiro semestre em todos os principais mercados.
PROJEÇÕES
Com base nos resultados do primeiro semestre, a empresa projeta para o ano fiscal de 2021 uma margem de lucro operacional ajustada de aproximadamente 10%, considerando a hipótese de que não haverá deterioração adicional do fornecimento de semicondutores nem agravamento da crise sanitária global com lockdown. A perspectiva da indústria continua positiva em todas as regiões, indicando expansão de 10% na América do Norte, 20% na América do Sul, 10% na Europa Ampliada, 15% no Oriente Médio e África, 10% na Índia e Pacífico Asiático, e 5% na China.
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