terça-feira, 8 de agosto de 2023

Cinza é a cor mais valorizada do mercado brasileiro de seminovos. Culpa da Audi

 

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Start-up do segmento automotivo que mais cresceu em 2022, com 130% de aumento no faturamento, e um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, a Mobiauto realizou uma pesquisa em sua base de dados para verificar o comportamento de preços dos modelos seminovos no país (2021, 2022 e 2023) separados por cores. Inicialmente, os pesquisadores apanharam cotações de centenas de marcas, modelos e versões no período de janeiro a junho de 2022 e, posteriormente, no primeiro semestre deste ano.

Não foi a primeira vez que a Mobiauto havia realizado essa pesquisa, o que promoveu uma dupla surpresa na avaliação deste ano, pois os resultados foram bem diferentes do levantamento anterior, em 2021. A apuração considerou todas as marcas que compõem a base da plataforma, entre fabricantes e importadores, além de veículos foras de série, compondo um total de 103 marcas e milhares de veículos diferentes.

Para cada uma delas, os pesquisadores da área de Estatísticas da Mobiauto selecionaram a variação de preços das cinco cores mais comuns: branco, prata, cinza, preto e vermelho. Outras tonalidades mais raras, como amarelo, verde, azul ou marrom foram reunidas no famoso “outras”, por terem uma amostragem restrita.

Em 2021, a cor mais valorizada foi o vermelho. Agora, em 2023, a campeã foi bem diferente.

Pela análise dos pesquisadores, os proprietários de carros pintados em cinza praticamente não viram seus veículos se desvalorizarem nesse período, com variação ligeiramente positiva de 0,37%. Destacando o fato de que a média de depreciação de todo o mercado foi de 7,45%, o preto e as “outras” também ficaram acima desse patamar. O preto, inclusive, havia sido vice-campeão na pesquisa Mobiauto de 2021. Ninguém erra com o preto, portanto. Está sempre em alta.

“Esperávamos que o branco fosse liderar a pesquisa, embora seu predomínio ocorra mais nos grandes centros urbanos; e a pesquisa foi nacional”, explica o economista Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto. Ele prossegue: “Há um motivo justo para o ótimo resultado das cores mais raras, como amarelo, azul e verde, que foram agregadas como Outros: geralmente são modelos esportivos ou importados de alto luxo, onde essa quase exclusividade é mais bem aceita. Mas o cinza como campeã foi uma surpresa”, revela.

“Quesitos como estado de conservação, documentação, origem do veículo e até quilometragem do veículo continuarão sendo argumentos mais relevantes na formação dos preços de seminovos, mas esse recorte de cores reafirma que os tons mais tradicionais, como cinza e preto, continuam em alta. Repito: as tonalidades mais raras possuem boa aceitação em segmentos específicos”, opina o consultor automotivo e CEO da Mobiauto, Sant Clair Castro Jr.

De acordo com o consultor da Mobiauto, a ótima performance dos seminovos na cor cinza também está atrelada a outro aspecto: a cor é mais comum em alguns nichos de mercado, o que ajudaria a valorizá-la. “Você vê muitos SUV´s e, principalmente, picapes desta cor. E esses carros são naturalmente muito procurados, o que pode ter ajudado no aumento de preços do cinza”, explica Castro Jr.

Outro fenômeno que ajuda a explicar essa valorização do cinza surgiu com uma tonalidade que virou febre no Brasil nos últimos anos. Ela surgiu com a Audi (Cinza Quantum) em 2018 e logo foi transferida para o VW Jetta GLI. Mas se massificou mesmo com o VW Nivus, rebatizada como Cinza Moonstone. Fiat, Jeep e outras marcas também incorporaram tonalidades semelhantes e o cinza voltou a bombar no país.

Na outra extremidade, a cor prata também é referência tradicional dos modelos mais baratos, como hatches e sedãs de entrada, o que levaria à depreciação mais acentuada.

Fonte: eduardopincigher@hotmail.com

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