terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Aditivos de radiador: técnico explica o que você precisa saber antes de pegar a estrada

 

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Com a chegada das férias de verão, é importante verificar a condição do sistema de arrefecimento, antes de enfrentar as estradas. Realizar uma revisão minuciosa, com o reparo e a troca de itens comprometidos, além de utilizar um aditivo de radiador de boa qualidade, são cuidados essenciais para garantir uma viagem tranquila. Pedro Valêncio, técnico de suporte ao cliente da Delphi, marca do grupo PHINIA, referência em sistemas de combustível premium, sistemas elétricos e produtos de reposição, traz importantes dicas para motoristas e reparadores sobre esse assunto:

Riscos durante as viagens

Situações como subida de serra, alta temperatura e congestionamentos podem impactar o funcionamento dos veículos, por causa da pouca entrada de ar pela grade frontal. Mudanças climáticas influenciam na performance, por conta da pressão e da temperatura do ar que entra no motor. O uso de combustíveis adulterados pode prejudicar a eficiência de todo o conjunto e sobreaquecer o propulsor. “No verão, a temperatura externa é maior e, consequentemente, a troca de calor deve ser feita com a maior eficiência possível. Veículos flex geralmente possuem válvula e bomba d’água gerenciadas eletronicamente, que determinam o grau da temperatura do motor. Em uma situação na qual o combustível esteja contaminado, essa leitura será prejudicada, o que poderá levar a um superaquecimento”, comenta Valêncio.

A importância do Aditivo do Radiador 

Os aditivos de radiador desempenham uma função essencial no bom funcionamento e performance dos veículos automotores. Trabalhando em ambientes extremos, sem ferver ou congelar, eles mantêm a temperatura do conjunto motriz dentro dos parâmetros estabelecidos pelo fabricante. Isso se dá por conta de sua mistura, 50% por água desmineralizada e 50% por aditivos, Entre eles, está o monoetilenoglicol, ou MEG, que, além de garantir o trabalho em temperatura e pressão adequados, previne e recolhe a sujeira e a fuligem e evita a corrosão e a ferrugem no interior dos componentes, aumentando a vida útil de todo o sistema. 

Diferentemente dos fluídos de radiador comuns, os aditivos seguem critérios pré-estabelecidas por lei, de acordo com a norma ABNT, em densidade, volume de espuma, grau de ebulição, grau de congelamento, teor de água e corrosão de alumínio. Além disso, todos os produtos vendidos sob esta designação devem estar certificados pelo INMETRO. Existem dois tipos de soluções disponíveis no mercado: orgânica e inorgânica. Ambas podem vir em fórmulas diluída ou concentrada. “Aditivos orgânicos contém substâncias biodegradáveis, enquanto as inorgânicas são compostas por materiais sintéticos. Já a fórmula diluída traz água desmineralizada na composição, enquanto a concentrada exige sua adição na mistura. O que irá determinar a escolha do produto será a categoria, a marca e o modelo do veículo que sofrerá a manutenção”, explica o técnico da Delphi. Outra característica do produto é seu aspecto colorido, por conta do uso de corantes, adotados para especificar sua aplicação, de acordo com o padrão de cor de cada montadora, e para facilitar a identificação de vazamentos.

Melhores práticas 

Embora bastante conhecido, ainda existem muitos mitos e dúvidas em relação ao uso de soluções arrefecedoras. Pedro Valêncio enumera algumas delas e quais os procedimentos adequados para cada uma:

  • É possível completar o nível do aditivo ou devemos substituí-lo?

Segundo o técnico da Delphi, é possível se completar o nível da solução no depósito de expansão. Mas, antes, deve-se checar a procedência do produto e suas especificações, que devem estar de acordo com o fabricante do veículo, incluindo o PH e a qualidade do MEG. No entanto, o profissional alerta que a redução no nível do fluído pode indicar vazamentos, devendo ser investigada, para evitar a ocorrência de maiores problemas.

  • Podemos misturar diferentes marcas de aditivos?

Pode ser feito de forma paliativa, mas não é o ideal. Cada fabricante possui uma composição própria do produto. Químicas diferentes podem gerar reações adversas.

  • Como adicionar água desmineralizada na mistura?

A água desmineralizada está disponível para compra em lojas e distribuidores de autopeças. Cada fabricante tem uma indicação específica para mistura na solução arrefecedora. O consumidor deve se atentar a essas instruções no momento da troca. No entanto, sua diluição requer procedimentos técnicos, que não são de conhecimento geral. Neste caso, o ideal é realizar o procedimento em uma oficina especializada.

  • Quais os riscos de usar água comum?

A água comum afeta as propriedades técnicas da solução arrefecedora, não devendo ser utilizada em nenhuma situação, pois anula os inibidores à corrosão. No entanto, numa situação emergencial, este expediente pode ser adotado, desde que logo em seguida seja feita a substituição completa do líquido por uma solução aditivada adequada. Caso contrário, a contaminação por cloro, sedimentos e outras substâncias poderá danificar completamente o sistema de arrefecimento.

Para concluir, o especialista da Delphi ressalta que essas tarefas devem ser realizadas por profissionais qualificados: “Um reparador devidamente treinado pode realizar os procedimentos com eficiência e qualidade. Ele também está treinado para lidar com situações de risco, já que estes dispositivos trabalham sob altíssimos níveis de temperatura e pressão e não devem ser manuseados por pessoas sem o devido conhecimento técnico”.

Phinia - Atendimento à Imprensa - Grupo Printer Comunicação

 

 

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