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Crédito - Pixabay
A indústria automotiva no Brasil apresentou um aumento significativo em suas exportações em 2022, superando as expectativas da Associação Nacional dos Veículos Automotivos (Anfavea). No entanto, mesmo com esse crescimento expressivo, é preciso investir em infraestrutura para continuar progredindo.
Segundo o balanço divulgado pela entidade, as exportações de automóveis somaram 480,9 mil unidades, um aumento de 27,8% em relação a 2021. A Anfavea projetava uma alta de 22%. No entanto, para continuar a crescer, é preciso investir em estradas para facilitar o transporte de mercadorias e melhorar a logística.
Recentemente, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tem defendido uma política de reindustrialização do país, que tem sido vista com bons olhos pelo setor.
Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, ainda é necessário aguardar pelas novas medidas. Apesar do desempenho positivo, é preciso investir em infraestrutura para manter esse crescimento, e isso inclui estradas para garantir a logística eficiente e a segurança das mercadorias transportadas.
“Temos em mente que existem projetos que buscam a manutenção de estradas e o fortalecimento das obras estruturais do país. Mas é importante acompanharmos com cautela as novas mudanças”, afirmou. Para o executivo, somente com mais investimentos os resultados positivos poderão ser alcançados em 2023.
As previsões para o ano em curso apontam para uma redução de 2,9% nas exportações, devido aos impactos da Argentina, mas a Anfavea estima que a exportação total será de 467 mil unidades. Mesmo assim, a produção tem apresentado resultados positivos, atingindo 2,37 milhões de unidades em 2022, com alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Além disso, as expectativas para a produção automobilística este ano é um crescimento de 2,2%.
“Acredito que os bons números apresentados são um retrospecto, também, da diminuição dos impactos da pandemia. Porém, ainda estamos longe de afirmar que há normalidade no comércio entre as nações. Um exemplo claro disso é o valor de produtos que estavam escassos no período pandêmico”, afirmou o executivo, que também lembrou que o setor enfrentou desafios no primeiro quadrimestre de 2022 devido à falta de semicondutores.
O setor automotivo pode crescer ainda mais com a retomada dos acordos comerciais internacionais e o aumento das exportações. Na terça-feira (10/01), o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil deve se concentrar nestas ações para melhorar o desenvolvimento econômico do país. Ele enfatizou a importância dos acordos comerciais entre Mercosul, União Europeia, América do Norte e China e informou estar pesquisando formas para fortalecer esses laços.
Para Pizzamiglio, se estas ações forem concretizadas, o setor automotivo poderá contar com um ambiente mais propício para aumentar suas exportações e fortalecer ainda mais sua posição no mercado global.
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