quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Coluna #Transito e Vidas por Mário Divo – A saúde de sua audição!


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Recebi pauta da assessoria de comunicação da Telex Soluções Auditivas, que pertence à holding dinamarquesa William Demant, com mais de 65 anos de experiência de Brasil. O objetivo foi o de comentar os resultados de uma pesquisa publicada pelo Worcestershire Royal Hospital, na revista científica Otolaryngology-Head and Neck Surgery.

A pesquisa teve por foco a condução de carros conversíveis, mas creio que possa ser interpretada também no que diz respeito a motoristas que mantém todos os seus vidros abertos. Os cientistas encontraram evidências de que dirigir um carro conversível pode trazer grande ameaça à audição. A exposição prolongada ao barulho do motor do carro e ao do vento, bem como a ruídos extremos como o som do rádio do carro ou ao passar ao lado de ônibus, motos e caminhões, tudo remeterá a um alto risco de perda auditiva. 

O estudo registrou e comparou efeitos do lado direito e do lado esquerdo do motorista, enquanto dirigindo com a capota aberta e em diferentes velocidades. Verificou-se que, entre 80 e 112 km/h, atingiu-se mais de 90 decibéis – lembrando que 85 decibéis é aceito como o limite para o risco de perda de audição. Os pesquisadores repetiram os testes com diversos modelos de conversíveis, na mesma estrada, local e horário – fora do período do rush – e registraram resultados parecidos, chegando ao nível máximo de 99 decibéis. Já com o carro conversível em movimento, mas com a capota fechada, o nível de decibéis foi bom.

Para diminuir os níveis de ruído no carro conversível, os cientistas aconselham os motoristas a usarem protetor auricular ou levantarem os vidros das janelas, mesmo com a capota abaixada. Segundo eles, dessa maneira o barulho é reduzido e diminuem os riscos de problemas de audição. Como alerta final, lembra-se que a perda auditiva tem efeito cumulativo, o qual vai se somando ao longo do tempo. Os efeitos podem não ser sentidos rapidamente e a percepção do dano auditivo pode vir tarde demais.

Mesmo que o nível de ruído ficasse sempre perto de 85 decibéis, a exposição frequente pode mesmo levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição. Cuidado!
 Mario Divo é o Diretor Executivo do ACBr – Automóvel Clube Brasileiro e também é o Clube Correspondente da FIA – Federação Internacional do Automóvel

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