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Por *Kleber Carreira
Pneus, metais, plásticos e vidros são materias de difícil degradação e que trazem sérios problemas para o meio ambiente. O descarte da sucata automotiva no Brasil é um assunto sério que necessita de atenção por parte das autoridades, no sentido de criarem leis e mecanismos que deem um fim adequado a esses materiais.
Fatores como o aumento da renda das classes C e D, aliados às medidas de incentivo ao consumo promovidas pelo governo, estão levando o brasileiro a consumir cada vez mais. O carro é sempre um objeto de desejo dessa faixa da população e das demais, o que tem aumentado significativamente a produção de veículos no Brasil, que segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) registrou um crescimento anual médio de 11,95% nos últimos três anos.
Há de se alertar que o aumento da frota e, consequentemente do lixo automotivo, não têm merecido atenção das autoridades brasileiras, para minimizar o impacto ambiental que traz sérias consequências para esta e as futuras gerações. Em 2010, o País possuía uma frota de 32.489.157 veículos, isto sem contar os 1.042.894 que saíram de uso e muitos dos seus componentes foram descartados na natureza. O problema só vem aumentando: em 2009, o País contabilizou 29.963.159 veículos, isto após retirarem-se 955.690 que viraram sucata e tiveram o mesmo destino.
O que se observa é que os automóveis atualmente estão sendo sucateados duas vezes mais rápido do que os caminhões. Em 2009, 9.292 dos automóveis novos foram descartados. Em 2010, este número subiu para 12.389 carros novos que deixaram de circular. No que se refere aos vidros automotivos, apenas 200 toneladas são recicladas, de um total de 5 mil toneladas desse material em desuso que são descartadas na natureza, em todo o Brasil. Isso significa que apenas 5% do volume dos vidros quebrados são reciclados em todo o País.
O Instituto Autoglass, que participou diretamente da redação do texto da lei 9.013 de 2008, aprovada no Estado capixaba para a reciclagem dos vidros automotivos, agora está fortelenente engajado na luta pela aprovação do Projeto de Lei nº 8.005/2010, para a reciclagem dos vidros automotivos em todo o território nacional. Atualmente, o PL está na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados, aguardando manifestação do relator Deputado Giovani Cherini (PDT-RS). A importância da matéria contida nessa legislação traduz-se na quantidade de projetos apresentados por parlamentares de várias regiões do País, tratando da reciclagem do vidro e da aplicação da logística reversa e estendendo a prática aos demais componentes do automóvel.
Apesar de iniciativas como o PL nacional, é necessário desenvolver maior conscientização na sociedade, de forma que esta atue como formadora de opinião e venha a cobrar das autoridades medidas efetivas para o reaproveitamento dos componentes dos carros, que a cada dia ocupam nossas ruas e avenidas. O vidro proveniente do para-brisa, por exemplo, é um material 100% reciclável, que pode ser empregado na produção de garrafas e lã de vidro, evitando o despejo desse componente de difícil degradação.
O problema é sério e tende a se agravar a cada dia que passa. A solução depende da boa vontade dos que estão envolvidos no processo de produção, comercialização e consumo dos automóveis e, naturalmente, de vontade política.
Fatores como o aumento da renda das classes C e D, aliados às medidas de incentivo ao consumo promovidas pelo governo, estão levando o brasileiro a consumir cada vez mais. O carro é sempre um objeto de desejo dessa faixa da população e das demais, o que tem aumentado significativamente a produção de veículos no Brasil, que segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) registrou um crescimento anual médio de 11,95% nos últimos três anos.
Há de se alertar que o aumento da frota e, consequentemente do lixo automotivo, não têm merecido atenção das autoridades brasileiras, para minimizar o impacto ambiental que traz sérias consequências para esta e as futuras gerações. Em 2010, o País possuía uma frota de 32.489.157 veículos, isto sem contar os 1.042.894 que saíram de uso e muitos dos seus componentes foram descartados na natureza. O problema só vem aumentando: em 2009, o País contabilizou 29.963.159 veículos, isto após retirarem-se 955.690 que viraram sucata e tiveram o mesmo destino.
O que se observa é que os automóveis atualmente estão sendo sucateados duas vezes mais rápido do que os caminhões. Em 2009, 9.292 dos automóveis novos foram descartados. Em 2010, este número subiu para 12.389 carros novos que deixaram de circular. No que se refere aos vidros automotivos, apenas 200 toneladas são recicladas, de um total de 5 mil toneladas desse material em desuso que são descartadas na natureza, em todo o Brasil. Isso significa que apenas 5% do volume dos vidros quebrados são reciclados em todo o País.
O Instituto Autoglass, que participou diretamente da redação do texto da lei 9.013 de 2008, aprovada no Estado capixaba para a reciclagem dos vidros automotivos, agora está fortelenente engajado na luta pela aprovação do Projeto de Lei nº 8.005/2010, para a reciclagem dos vidros automotivos em todo o território nacional. Atualmente, o PL está na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados, aguardando manifestação do relator Deputado Giovani Cherini (PDT-RS). A importância da matéria contida nessa legislação traduz-se na quantidade de projetos apresentados por parlamentares de várias regiões do País, tratando da reciclagem do vidro e da aplicação da logística reversa e estendendo a prática aos demais componentes do automóvel.
Apesar de iniciativas como o PL nacional, é necessário desenvolver maior conscientização na sociedade, de forma que esta atue como formadora de opinião e venha a cobrar das autoridades medidas efetivas para o reaproveitamento dos componentes dos carros, que a cada dia ocupam nossas ruas e avenidas. O vidro proveniente do para-brisa, por exemplo, é um material 100% reciclável, que pode ser empregado na produção de garrafas e lã de vidro, evitando o despejo desse componente de difícil degradação.
O problema é sério e tende a se agravar a cada dia que passa. A solução depende da boa vontade dos que estão envolvidos no processo de produção, comercialização e consumo dos automóveis e, naturalmente, de vontade política.
*Kleber Carreira é presidente do Instituto Autoglass.
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