quinta-feira, 3 de outubro de 2013
CESVI discute o mercado de motocicletas e anuncia estudo de reparabilidade para motos
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Por INFORM Comunicação
O CESVI BRASIL - Centro de Experimentação e Segurança Viária – realizou hoje a 10ª edição da série CERTA, que tem como objetivo estimular o debate e a disseminação de informações técnicas e de qualidade ao mercado automotivo.
Com o tema ‘Mercado de Motocicletas’, o evento proporcionou aos participantes um panorama atual do setor, com discussões sobre o uso de ABS nas motos, características técnico-construtivas destes veículos, as novas tendências tecnológicas e o comportamento dos motociclistas no trânsito.
O evento ainda foi palco do anúncio de um estudo realizado pelo CESVI sobre a reparabilidade de motocicletas. Denominado ‘Características Construtivas das Motocicletas’, o material tem como objetivo desmistificar alguns conceitos sobre a reparação destes veículos, muitas vezes tidos como muito similar aos automóveis ou totalmente diferente deles.
“Temos mais de 38 montadoras e 350 versões de motos no Brasil. Nosso estudo visa aprofundar o conhecimento técnico e as particularidades de cada um deles, a fim de normatizar e aprimorar a reparação destes veículos no Brasil”, disse o especialista e palestrante do CESVI no evento, Gerson Burin. Ainda de acordo com o especialista, o material deve ficar pronto e disponível para a sociedade até o final da segunda semana de novembro.
Além de uma prévia do novo estudo do CESVI, os participantes do evento puderam ampliar seus conhecimentos sobre segurança viária e tendências tecnológicas do mercado das duas rodas com as apresentações de representantes da Bosh e BMW.
A primeira exemplificou o funcionamento do sistema ABS, contou sua evolução ao longo dos últimos anos e apresentou dados de sua importância para a segurança dos condutores. “Sabemos que o ABS não é a única solução para os acidentes. Faltam educação e melhoria nas vias, mas o sistema pode contribuir, e muito, para a redução de acidentes e mortes no mercado brasileiro”, comentou o representante da empresa alemã, Alexandre Pagotto.
A BMW também não fugiu do tema, mas abordou a segurança viária por meio dos avanços tecnológicos presentes em suas motos. E ainda antecipou algumas novidades que estarão em breve nas ruas, como o sistema Connect Ride, que cria uma rede de comunicação entre carros e motos, resultando no aumento da segurança.
Dentre as possibilidades do produto estão ferramentas como chamada de emergência em caso de acidentes, alerta de colisão, assistente de ultrapassagem e conversão, entre outros. Tudo funcionando sem a necessidade da intervenção do piloto. ‘Sabemos da importância da tecnologia para salvar vidas, mas também investimos na formação e segurança dos motociclistas. Sem o uso correto da tecnologia nossos clientes não irão pilotar com segurança”, comentou o representante da marca, Sérgio Fossa.
Por fim, o consultor e jornalista Celso Miranda trouxe aos presentes um panorama do perfil e da cultura dos motociclistas. Dados apresentados por ele, tendo como fonte uma pesquisa realizada pela Abraciclo e Hospital das Clínicas de São Paulo, mostram que entre 19/02 e 12/05, somente na Região Oeste da cidade de São Paulo 326 pessoas foram vítimas de acidentes de motos.
Deste total, 92% eram homens, com média de 29,7 anos e a grande maioria utilizava o equipamento como meio de locomoção (73%) e não para o trabalho, como muitos imaginam. Mais: 94% dos acidentes ocorreram em pista seca, contrariando outro mito sobre os perigos na condução de um veículo de duas rodas.
“Novidades tecnológicas e tudo mais que puder ser criado para aumentar a segurança é bem vindo. Mas nada disso faz efeito se não houver, por parte dos motociclistas e dos demais agentes envolvidos no trânsito, conhecimento do equipamento e respeito ao próximo” concluiu Miranda.
De acordo com Almir Fernandes, diretor executivo do CESVI, estudos e debates sobre o tema tornam-se cada vez mais necessários. “Dados do DENATRAN indicam que as motos já representam 21% da frota nacional de veículos e em alguns locais do Brasil, como a região Norte, o número de motos já supera o de carros. Por isso, iremos usar nossa expertise em automóveis para colaborar também com o mundo das duas rodas”.
A 10ª edição do CERTA contou com o apoio do Sindseg-SP (Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização).
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