Por Marcelo Martini
O mercado de motocicletas no Brasil tem crescido exponencialmente. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo), são mais de 34 milhões de motociclistas no país, para uma frota superior a 29 milhões de motocicletas e motociclos, representando quase 27% do total da frota de veículos no Brasil. Estes dados elencam o mercado brasileiro como a sexta posição entre os países com a maior quantidade de veículos de duas rodas.
Além disso, um levantamento divulgado recentemente pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revela um crescimento nas vendas de motos 0Km durante o ano de 2022 no Brasil. Entre os janeiro e novembro, foram comercializadas mais de 1.2 milhão de motocicletas, 18% a mais se comparado ao mesmo período do ano anterior, sendo considerado o melhor resultado desde 2013.
Tendo em vista a expansão deste mercado no país, é imprescindível que os proprietários e usuários desses veículos estejam cientes da importância de realizar manutenções adequadas e manter cuidados específicos para garantir a vida útil de suas motocicletas.
Neste sentido, um dos principais componentes do veículo é o motor e, para que ele esteja em pleno funcionamento, depende que este item esteja bem ajustado. Desta forma, os lubrificantes para motos, por exemplo, são ótimos aliados para gerar maior durabilidade e proteção ao componente.
A importância do óleo lubrificante na manutenção do motor das motos
Assim como em carros, os lubrificantes para motos têm uma função essencial para a manutenção da saúde dos motores, uma vez que evita o atrito entre as peças e diminuí o desgaste dos componentes mecânicos, protegendo-o tanto em operações em altas temperaturas, como em partidas a frio.
Ao utilizar um lubrificante não adequado ou deixar de lubrificar o motor periodicamente, além do desgaste das peças, pode haver um superaquecimento do motor, ocasionando falhas mecânicas, gastos desnecessários com manutenções, aumento do consumo de combustível e riscos aos motoristas. Para se ter uma ideia, em casos mais extremos, o motor pode chegar a travar por completo.
Além disso, é preciso tomar alguns cuidados na utilização dos lubrificantes para motos, como por exemplo, atentar-se a sua validade ou tempo de utilização na motocicleta. Um óleo velho pode ser prejudicial ao motor, uma vez que, com o tempo, o lubrificante se decompõe e torna-se menos eficaz, causando sérios danos.
Assim, para evitar gastos desnecessários com peças e garantir maior segurança no ambiente de trânsito, a manutenção preventiva dispõe de um papel importante, tornando imprescindível a utilização de um produto novo e de alta qualidade nos momentos de troca do óleo.
Quais são os tipos de lubrificantes para motos e quando realizar a troca?
Existem três tipos de óleo de motor: mineral, sintético e semissintético, cada qual com características indicadas para tipos de motores distintos. Para saber o lubrificante ideal para um motor específico, a melhor conduta é consultar o Manual do Proprietário que acompanha as motocicletas e contempla todas as recomendações dos fabricantes sobre os óleos corretos e os intervalos entre cada troca.
Os lubrificantes também devem conter em seu rótulo as indicações do tipo, viscosidade e as normas às quais atende, para que o usuário possa identificar com mais facilidade qual o tipo correto para sua moto. Contudo, um mecânico ou uma motopeças de confiança também pode auxiliar na seleção do lubrificante, desde que sempre sejam respeitadas as normas e viscosidades exigidas no manual.
Em relação às trocas periódicas, o proprietário deve seguir a quilometragem ou o tempo de vida do óleo. Para as motos que são utilizadas por curtos períodos, como em passeios pequenos ou apenas em finais de semanas, recomenda-se a troca do lubrificante pelo tempo de uso, como a cada seis meses, por exemplo, uma vez que o óleo perde suas propriedades e características físicas.
Nos casos em que a motocicleta é amplamente utilizada, a quilometragem fala mais alto e seria o fator determinante para a troca do lubrificante, sendo a mais indicada entre três mil a quatro mil quilômetros. Lembrando, porém, que a prioridade sempre será seguir as instruções do Manual do Proprietário, que apontam as sugestões mais adequadas para cada modelo.
Nunca é demais um cuidado extra
Um ponto importante a ser destacado é que as motocicletas também possuem outros componentes que devem ser constantemente verificados, tais como freios, transmissão, radiador e correntes, que devem sempre estar com a manutenção em dia.
A corrente do motor, por exemplo, é a grande responsável por transmitir o giro do motor para a roda traseira da moto e fazer com que ela se movimente, sendo, portanto, de suma importância estar sempre lubrificada e limpa para evitar qualquer tipo de dano.
Desta forma, considerando que motos não possuem a mesma segurança aparente de um carro e qualquer problema em algum componente pode ocasionar uma queda ou colisão muito mais acentuada, nunca é demais contar com cuidados extras. Utilizar produtos corretos, de qualidade e realizar as manutenções nos períodos indicados pelo manual certamente irão promover uma vida útil maior, e não há dúvidas de que os lubrificantes para motos são um dos produtos principais para manter este meio de transporte tão essencial à população brasileira cada vez mais saudável, garantindo ainda mais segurança ao condutor.
Marcelo Martini é Gerente de Vendas do Aftermarket da FUCHS, maior fabricante independente de lubrificantes e produtos relacionados do mundo.
Fonte: EPR
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