quinta-feira, 13 de março de 2025

Fluidos de freios: Diferenças essenciais e como escolher o melhor para cada veículo

 

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Foto: Marcus Lauria

O fluido de freio desempenha um papel fundamental para garantir a segurança e o desempenho de um veículo. Ele tem a função de transmitir a força aplicada pelo pedal de freio às rodas, além de servirem para lubrificar e proteger contra a corrosão os componentes do sistema de frenagem. Apesar da importância, uma dúvida comum é a diferença entre diversos tipos do produto disponíveis no mercado e como escolher o melhor fluido para cada automóvel. Para esclarecer tais questões, Rafael Ungarato, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Indovinya, divisão de negócios da Indorama Ventures, explica os principais aspectos que consumidores, prestadores de serviço e fabricantes devem considerar.

Quais as diferenças? 

Os fluidos de freio são classificados de acordo com as normas do DOT (Department of Transportation), uma agência governamental dos Estados Unidos que estabelece padrões de segurança para veículos e equipamentos de transporte. Entre os tipos mais comuns disponíveis no mercado, destacam-se os DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1, e cada um possui atributos específicos em relação ao desempenho e aplicação.

- O fluido de freio DOT 3 é tipicamente à base de éteres de glicol e contém aditivos que previnem ferrugem e oxidação. Trata-se de um produto mais indicado para veículos que operam em condições leves ou padrão, com um ponto de ebulição seco de pelo menos 205 °C.

- O fluido de freio DOT 4 é formulado à base de ésteres de boro. Possui um ponto de ebulição seco de 230 °C e é mais indicado para veículos de alto desempenho, onde a intensidade de frenagem elevada necessita maiores pontos de ebulição.

- O fluido de freio DOT 5.1 tem a sua formulação com base em ésteres de boro, e é mais recomendado para condições extremas de alta velocidade, temperatura e tráfego pesado, uma vez que possui um ponto de ebulição seco acima de 260 °C e menor viscosidade.

Como escolher 

Apesar dessas variáveis, o tipo de fluido para freio do veículo sempre é definido por seu respectivo fabricante, que leva em conta suas características mecânicas e aplicações. Por conta disso, o manual do proprietário do carro deve conter esse tipo de informação.

“Nenhuma empresa automotiva recomenda misturar fluidos em um mesmo sistema de freio. O correto é sempre usar o tipo de DOT indicado pela montadora do automóvel e realizar a troca do volume total, e nunca fazer a completação. A troca deve ser realizada seguido as orientações dos fabricantes, mas de modo geral não deve ultrapassar 12 meses, evitando assim contaminação do fluido com água e danos aos sistemas de freios, por isso é fundamental sempre solicitar a troca desse item de segurança durante as revisões periódicas”, explica Ungarato.

Caso o condutor enfrente condições extremas, como climas muito quentes ou trajetos montanhosos, pode ser necessário um fluido com ponto de ebulição mais elevado. "A seleção do fluido adequado envolve a consideração de fatores como desempenho térmico e absorção de umidade, garantindo segurança e eficiência na frenagem. Em caso de dúvida, é recomendável consultar um especialista", orienta o Ungarato. 

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