sexta-feira, 11 de março de 2016

Estudantes testam os carros para Baja SAE BRASIL-PETROBRAS



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Falta pouco para a 22ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, que será realizada de 31 de março a 3 de abril, em São José dos Campos-SP. São 74 equipes inscritas, de 68 instituições de ensino superior, num total de 1.460 estudantes de engenharia das cinco regiões brasileiras, que, assistidos por professores, desenvolveram e construíram carros off-road (Baja SAE) – todos já em testes finais -, exclusivamente para disputar a tradicional competição nacional de engenharia.

Na competição, além das apresentações do projeto feito pela equipes, os veículos são submetidos a rigorosas avaliações estáticas e dinâmicas. As três instituições de ensino que alcançarem as melhores pontuações na soma geral de todas as provas poderão representar o País na Baja SAE Tennessee Tech, de 14 a 17 de abril de 2017 em Cookeville, Tennessee, EUA, onde o Brasil já venceu quatro vezes.

Espírito Santo – três equipes representarão o Estado capixaba, uma delas a SamaBaja, do Instituto Federal do Espírito Santo. A equipe tem 19 integrantes e corre com os testes finais do carro. O veículo ganhou várias inovações, como sistema de medição do nível de combustível. Duas chaves magnéticas alocadas na parte externa do tanque são acionadas com a passagem de uma boia, à medida que o nível de gasolina abaixa. “Também instalamos uma plataforma de telemetria embarcada para monitoramento dos sensores instalados no veículo”, diz Lucas Marins Souza, aluno de Engenharia Mecânica e capitão da equipe, que obteve a 38ª colocação em 2015 e disputará a competição pelo terceiro ano consecutivo.

Minas Gerais – segundo Estado em participação, após São Paulo (22), Minas Gerais possui 10 equipes inscritas. A Baja UFMG, da Universidade Federal, volta à competição, onde venceu em 2015. Para buscar novamente o pódio, a equipe investiu no carro, que pesa 156 kg e utiliza ligas de alumínio aeronáutico e fibras de carbono e de vidro. “O sistema eletroeletrônico do veículo traz novidades que proporcionam o aumento da sua capacidade de processamento e confiabilidade”, afirma Clara Braz Iplinsky, aluna de Engenharia de Produção e capitã da equipe. O novo protótipo também possui evoluções significativas no sistema de transmissão e freios. Muitas das peças obtidas do mercado foram substituídas por outras projetadas e fabricadas pela própria equipe, com 24 integrantes.

Rio de Janeiro – oito equipes de sete instituições cariocas estão inscritas. A Ali Babaja, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, campus Macaé, trabalha no carro dentro da instituição. Breno Silva, capitão da equipe, com 23 integrantes, conta que o veículo ganhou  reforços estruturais em locais sujeitos a altas tensões, novas peças fabricadas em aço-liga e emprego de eletrônica para medir velocidade e rotação do motor. “Também utilizaremos um sistema eletrônico com velocímetro e tacômetro (conta-giros) pela primeira vez”, diz o estudante. A expectativa, diz, é concluir todas as provas e ter boa pontuação.

O Baja – O Baja SAE é um protótipo de estrutura tubular em aço, monoposto, para uso fora de estrada, com quatro ou mais rodas e motor padrão de 10 HP, capaz de transportar pilotos com até 1,90 m de altura e até 113,4 kg. Os sistemas de suspensão, transmissão e freios, assim como o próprio chassi, são projetados e construídos pelas equipes, responsáveis pela viabilidade econômica do projeto.

Este ano a Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS traz mudanças no regulamento. As principais alterações são relacionadas à segurança da prova. Entre elas está o abastecimento dos carros, que agora deve ser feito antes da inspeção de segurança, além de novas regras para o sistema elétrico do veículo e controle de configuração do motor. O espaço destinado ao abastecimento também muda com a obrigatoriedade do uso de contêineres para o combustível, sistema de reabastecimento, funil e extintor, reforçando a segurança e organização do local.

“As competições estudantis da SAE BRASIL são provas de engenharia criadas para desafiar os jovens a praticar conhecimento técnico com ousadia e criatividade, além de fazer com que tomem contato com a gestão de projeto em todos os seus aspectos, inclusive o financeiro. É verdadeiramente uma experiência extracurricular que faz diferença na formação do engenheiro”, analisa Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL.

Fonte: Companhia de Imprensa

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