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Texto: Antônio Meira Jr e Gustavo
Acioli. Fotos: Eugeniusz Kowalski
A bordo de duas picapes Duster
Oroch, que criou um segmento no Brasil, três aventureiros saíram da fábrica da
Renault em São José dos Pinhais (PR) em uma aventura de 30 dias que vai passar
por sete países e percorrer mais de 11 mil quilômetros rumo à Colômbia.
A expedição é capitaneada pelos jornalistas
Antonio Meira Jr. e Gustavo Acioli, além do fotógrado Eugeniusz Kowalski.
Durante o trajeto, se juntarão à expedição outros jornalistas de diferentes
países da América do Sul. A equipe de jornalistas vai registrar todos os
detalhes da aventura pelos sete países com fotos, vídeos e textos e publicar
nos canais sociais da Renault durante a viagem.
8º e 9° Dias
Cordilheira dos Andes, Cormecánica ao Pacífico
Antes de seguirmos rumo à
Cordilheira, para atravessar a fronteira da Argentina com o Chile, demos umas
boas voltas com as Oroch pelo centro de Mendoza. Como sempre, os carros seguem
chamando atenção de diversas pessoas. Dessa vez, num semáforo, recebemos elogios
de um motorista que parou ao nosso lado à espera da luz verde. “Nem pequena,
nem grande. Perfeita! ”, disse o camarada.
Deixamos a capital do vinho,
Malbec, e seguimos para subir a montanha. No início somos ladeados por belos
vinhedos e vinícolas à beira da estrada. Logo, contudo, as montanhas vão dando
as caras e revelando toda a grandiosidade do nosso desafio: cruzar a fronteira
e chegar em Los Andes, no Chile. Serão ao todo cerca de 270 quilômetros. Podem
não ser muitos, mas serão intensos.
Esse caminho entre Argentina e
Chile é, sem dúvidas, uma das mais exuberantes estradas do mundo. Não faltam
túneis por dentro das montanhas, passagens cobertas, protetores contra
avalanches, curvas e cenários de tirar o fôlego, como o maior ponto culminante
das américas, o gigante monte Aconcágua, com seus quase sete mil metros.
Demos sorte e tivemos o prazer de
conduzir nossas Oroch em meio a muita neve. Havia tido uma nevasca há dois dias
e o gelo estava apenas começando a derreter.
Mais incrível ainda foi cruzar quilômetros de muito gelo em meio a
temperaturas amenas, agradáveis 15 graus positivos.
A parte prazerosa só foi
interrompida com a chegada do posto de imigração, aqui chamado de Passo dos
Libertadores. Já estamos no Chile, mas a gestão do “passo” é dividida com os
argentinos.
Basta deixar o posto de imigração
para a adrenalina ir a mil: a sensação é
de se despencar da cordilheira no trecho conhecido como Los Caracoles - os
caminhoneiros chamam o pedaço de “os caracóis do diabo” -, com suas trinta e
duas curvas fechadas, uma atrás da outra. O cenário lembra uma daquelas
perseguições exageradamente mentirosas dos filmes de James Bond, o 007.
O que faz do trecho um verdadeiro
desafio é quantidade de caminhões. Por dia mais 3 mil veículos de carga passam
por ali. É tenso, mas passamos bem. A suspensão das Oroch, os bons freios, jogo
de direção e o motor 2.0 de 143 cv de potência foram fundamentais para a
travessia da cordilheira.
Após vencer Los Caracoles, a viagem
seguiu fácil, sempre com muitas paisagens bonitas. Chegamos tranquilamente a
Los Andes, cidade de 50 mil habitantes aos pés da Cordilheira. Aqui, iremos
visitar a Cormecánica, unidade do grupo Renault com mais de 40 anos e
responsável atualmente pela fabricação das caixas de marcha, no Brasil, de
veículos como Logan, Sandero, Duster, Oroch e March e Versa, da Nissan.
Em meio a um denso nevoeiro, a
Oroch Expedition foi muito bem recebida pelos colegas chilenos. Como as Oroch
ainda não são comercializadas no Chile, muitos colaboradores aproveitaram o
momento para conhecer todos os detalhes do carro. Depois de circular e conhecer
todos os detalhes por toda a fábrica, que emprega cerca de 450 pessoas e é a
unidade industrial automotiva de todo o Chile, a expedição teve que continuar
sua jornada.
Esticamos até La Serena, que fica
400 quilômetros de Los Andes, na beira do Pacífico, repleta de bons hotéis,
restaurantes, centros comerciais e placas com alertas de risco de tsunamis.
Seguimos subindo, agora pelo belo litoral chileno.
10º, 11º e 12º Dias
Desertos, litoral e cidades encantadoras
O Chile é fascinante e sua
geografia mais ainda. Espremido entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano
Pacífico, o país precisa se virar para poder gerar riquezas num território
hostil e com 150 quilômetros de largura, em média. O que vemos é um país dinâmico com ótimas
estradas, muita mineração e uma economia voltada fortemente para os negócios.
Mesmo em meio ao deserto,
encontramos cidades com excelente infraestrutura. Em La Serena, por exemplo, a
impressão é que se está no litoral paulista. A cidade lembra o Guarujá, com
muitos hotéis, resorts, shoppings e tudo o que é preciso para suprir as necessidades
de uma população de mais de 200 mil pessoas.
La Serena está a 450 quilômetros da
capital Santiago. A distância é vencida facilmente pela Ruta 5, uma excelente
rodovia, inteiramente duplicada e bem sinalizada. No caminho até La Serena já é
possível observar a mudança da geografia. O deserto está cada vez mais
presente. De La Serena para cima, aliás, o deserto é quem domina.
Também pela Ruta 5, percorremos
cerca de 350 quilômetros com as nossas Oroch e chegamos a Copiapó, capital do
departamento do Atacama. Copiapó possui uma estrutura excelente, para uma
cidade de 50 mil habitantes. Tudo é meio cinza, por conta da poeira que vem do
deserto. Em meio às dunas de areia e montanhas de pedra, a cidade surge como um
oásis.
São centenas e centenas de quilômetros
sem avistar ao menos uma arvore, somente pedra e pó. Ainda assim, bravos
chilenos retiram de dentro da terra os preciosos minérios que fazem do Chile
uma potência mundial da mineração.
O deserto do norte chileno também
abriga cerca de 40% dos postos mundiais de observação astronômica e muitas
bases de geração de eletricidade por meio de técnicas sustentáveis, como a
eólica e fazendas de placas de energia solar. É intrigante observar na estrada,
por exemplo, que os postes de iluminação pública geram a própria energia: eles
são equipados com placas solares e lâmpadas de tecnologia LED.
Novamente na estrada, desta vez
rumo a Antofagasta, a 550 quilômetros, novamente pela Ruta 5, somos brindados
com mais paisagens de tirar o fôlego. Desta vez, o deserto se mistura com o
oceano. Rodamos mais de 200 quilômetros beirando o Pacífico. É até complicado
descrever o quão incrível é este trecho. Quem gosta de estrada, paisagens e
natureza corra para anotar a dica em seu caderninho ou no bloco de notas do smartphone: “Ruta 5, norte do Chile, ir!”.
Depois do Pacífico, mais deserto.
Já pertinho de Antofagasta, paramos para tirar fotos na “Mão do deserto”, uma
baita escultura às margens da rodovia. Lugar bonito, vale a paradinha e o
clique.
Ao finalmente chegar em
Antofagasta, podemos observar uma cidade. Antofagasta é com certeza uma cidade
para se visitar, assim como as outras cidades chilenas que a Oroch Expedition
passou, a infraestrutura urbana é excelente. Zero dificuldades no Chile.
Nossas Oroch, por exemplo, passeiam
tranquilas pelas boas rodovias, rasgando o deserto em velocidade de cruzeiro
praticamente constante. Usamos o piloto automático algumas vezes e os carros se
revelaram ótimos companheiros de viagem. Nenhum problema até aqui. Hasta luego!
Fonte: Sala de Imprensa | Renault do Brasil
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