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A Fiat comemorou este sábado, dia 9
de julho, 40 anos de atividade no país. Desde o lançamento do Fiat 147, que
inaugurou a linha de produção, foram mais de 50 modelos produzidos e lançados.
Somente neste ano, chegaram ao mercado dois novos modelos, o Toro e o Mobi,
consolidando a presença da marca em diferentes segmentos, com projetos
desenvolvidos totalmente no Brasil.
A evolução da marca no país tem
como centro a fábrica de Betim (MG). Em 40 anos, a planta se transformou na
maior fábrica de veículos da América Latina e em uma das maiores do mundo, além
de ser a unidade de produção com maior capacidade instalada de todo o grupo
Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Com capacidade atual para produzir 800 mil
veículos por ano, foi a primeira fábrica de automóveis a se instalar fora de
São Paulo, construindo uma história marcada pela liderança de vendas, já
alcançada 14 vezes.
Das linhas de montagem, já saíram
quase 15 milhões de veículos. Mais de três milhões foram exportados para cerca
de 30 países. O carro líder de produção foi o Uno, com mais de 3,7 milhões de
unidades vendidas.
Para sua completa modernização, a
planta está em meio a seu maior ciclo de investimentos, recebendo, desde 2010,
R$ 7 bilhões em aportes, incluindo o desenvolvimento de novos produtos. Como
parte desse processo, a unidade de Prensas passou a operar, em 2011, com duas
linhas de alta cadência, capazes de dar 16 golpes por minuto, o dobro da
velocidade das prensas convencionais.
Novos robôs foram inseridos na
linha de produção, trazendo tecnologia de ponta e mais precisão. Somente na
Funilaria, 195 robôs foram instalados para a produção do Mobi. A montagem da
carroceria do novo modelo é totalmente automática, do pavimento até o teto,
passando pelas laterais e partes móveis, como portas, paralamas e capô. A
fábrica contará ainda com um novo prédio para pintura, com equipamentos mais
modernos e eficientes, elevando o patamar de qualidade do processo. As obras
estão em fase final.
O processo de modernização ocorre
sem interrupção da produção nas linhas de montagem, o que deu à FCA know-how
para realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de
novas tecnologias e um robusto programa para desenvolvimento de pessoas,
preparando a fábrica da Fiat para um momento novo da indústria.
Para Stefan Ketter, presidente da
FCA para a América Latina, a ênfase está em combinar qualidade e eficiência,
através de processos produtivos cada vez mais precisos e compartilhados por
toda a cadeia produtiva.
Desde 2007, a fábrica adota o
sistema de produção WCM – World Class Manufacturing. Desenvolvido pela própria
Fiat, através da cooperação com especialistas mundiais em Lean Manufacturing, o
WCM abrange todos os aspectos da manufatura (posto de trabalho, qualidade,
manutenção e logística). É aplicado em todas as fábricas da FCA no mundo, que
compartilham entre si as melhores práticas – a maior parte nascida a partir de
sugestões dos próprios funcionários. Esse processo acontece por meio de um
sistema interligado, elevando fortemente a qualidade dos produtos e a
produtividade das plantas.
O WCM é um processo de melhoria
contínua, e essa é justamente uma de suas características mais importantes da
metodologia. “A partir do momento em que uma boa prática passa a ser visível em
todas as plantas do mundo, automaticamente, torna-se padrão. Daí, o desafio é
aprimorá-la, sempre pensando e agindo de forma global, na busca de novos
padrões ainda melhores”, salienta Jasson Azevedo, gerente da Montagem Final.
Ele trabalha na fábrica de Betim há 20 anos e foi um dos precursores na
aplicação da metodologia no Brasil.
A fábrica também é reconhecida por
seu dinamismo e flexibilidade, capaz de se adequar às variações e oscilações de
demanda, oferecendo resposta rápida na entrega dos produtos que os clientes
desejam. Em uma única linha de produção, são montados diferentes modelos. O
inverso também é possível: um modelo pode ser montado em diferentes linhas,
simultaneamente. Na fábrica, a quantidade de peças manuseadas diariamente
ultrapassa 3,5 milhões, abastecidas por cerca de 300 fornecedores.
A sustentabilidade está presente em
todos os setores da planta de Betim, da ponta final da linha de montagem aos
corredores dos escritórios. A Fiat foi a primeira fábrica de automóveis e
comerciais leves do país a obter o certificado ISO 14001, de gestão ambiental,
e também o ISO 50001, de gestão de energia.
Atualmente, 99,4% da água utilizada
para produzir carros é de reúso, um recorde absoluto no setor automotivo no
país. Isso é possível graças a um dos mais modernos sistemas de tratamento e
recírculo de água do Brasil, um pioneirismo da Fiat, fruto de investimento em
novas tecnologia a partir de 2010.
A fábrica de Betim foi também a
primeira no país a obter a marca do “Aterro Zero”, o que significa que absolutamente
nenhum resíduo é enviado para aterros – 97% são reciclados e os 3% restantes
reaproveitados.
Até mesmo sobras de tecido
automotivo e de cintos de segurança têm uso. Elas viram acessórios, como bolsas
e mochilas, pelas habilidosas mãos das costureiras da Cooperárvore, cooperativa
do programa social Árvore da Vida, gerando renda e integração para as regiões
vizinhas à fábrica. Mais de 25 toneladas de materiais já foram reaproveitadas,
em 10 anos, dentro do escopo do programa, desenvolvido pela FCA.
Fonte: Fiat Press
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