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O Brasil é hoje o sexto maior produtor mundial de
motocicletas. Mesmo com a queda no número de licenciamentos registrados pelo
RENAVAM, foram licenciadas 469.581 motos no primeiro semestre de 2016, contra
641.707 unidades apresentadas em 2015, refletindo um recuo de 26,8%, as
expectativas para a retomada do segmento são positivas. Não só para a venda de
novas unidades, mas, principalmente para o setor de motopeças, na reposição
gradual e natural de peças e acessórios para estas motocicletas.
Uma das situações favoráveis para o setor veio no início do
mês passado. Após três anos de discussões, as alterações do Processo Produtivo
Básico (PPB) para partes e peças de ciclomotores, motonetas, motocicletas,
triciclos e quadrículos fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM) foram
aprovadas. As mudanças devem atualizar a produção de componentes e devem gerar
mais investimentos e empregos ao setor. Os PPBs são etapas obrigatórias da
produção para as empresas receberem incentivos fiscais. A Portaria
Interministerial 182/2004 estabelecia 86 PPBs distintos para partes e peças do
Polo de Duas Rodas que incidem sobre mais de 150 componentes ou insumos. A
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) informou que, a partir da
alteração, serão incluídos mais dez novos produtos, bem como três PPBs foram
incorporados e 12 incisos da portaria foram transformados em quatro incisos.
Estas alterações são importantes, pois possibilitam maior
agregação de valor nos processos de fabricação regional e nacional, aumentando
ou passando a exigir mais etapas de industrialização como fundição, estampagem
e usinagem. Dessa forma, agrega-se mais valor aos produtos, bem como há a
possibilidade de maiores investimentos e geração de emprego na região. Hoje, no
total, as fabricantes já geram aproximadamente 16 mil empregos diretos no Polo
Industrial de Manaus (PIM).
Vale lembrar que, mesmo antes da aprovação do PPB e ainda
enfrentando a forte crise que se estendeu por todos os segmentos da economia,
as montadoras instaladas no PIM se organizaram e protagonizaram, ao longo dos
últimos 12 meses, investimentos equilibrados e constantes, tanto em lançamentos
como em segurança e inovações tecnológicas. Conforme resultado de levantamento
feito pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,
Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), para o próximo ano, o setor
espera o fim da queda do mercado de motocicletas.
No cenário internacional, a renovação do acordo automotivo
com a Argentina, até 2020, também tem colaborado, e deve dar mais
previsibilidade para as empresas. A alta nas vendas para o mercado argentino é
considerável e a expectativa é de que continue assim. A recuperação do mercado
argentino tem auxiliado tanto, que as exportações refletiram 31.134 unidades
vendidas para los hermanos, entre janeiro e junho: alta de 70,7% em relação ao
mesmo período do ano passado, com 18.241. Em junho foram comercializadas 7.657
motocicletas, o que corresponde a um crescimento de 36,6% ante a maio e 39,8%
em comparação com o sexto mês do ano passado.
Para o mercado doméstico, a perspectiva é de que a situação
deve se normalizar em breve. “Depois da turbulência, o cenário político e
macroeconômico no Brasil está dando sinais de caminhar para a estabilidade. A
equipe econômica do novo governo, por mais que ainda seja interino, tem
conseguido acalmar os mercados e fazer com que os brasileiros recuperem a
esperança na retomada do crescimento. Com a economia performando melhor, as
pessoas readquirem posição no mercado de trabalho e conseguem se organizar
financeiramente, o que é bom para indústria, comércio e serviços. Por isto,
acreditamos que o evento será um marco na retomada do setor”, explica Orlando
Leone, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de
Motopeças (ANFAMOTO), que é responsável pela organização e realização do IX
Salão Nacional e Internacional das Motopeças, que acontece de 17 a 20 de agosto
em São Paulo.
Outro fator que deve movimentar o setor são os lançamentos
previstos para este segundo semestre. Cerca de 30 deles são aguardados.
Destaque para a BMW que confirmou a produção própria de motos no Brasil em maio
deste ano, com meta estimada de produção em mais de 10 mil motocicletas em 2017
para o mercado brasileiro.
A expectativa para o segmento de motos de luxo também é
positiva. Nos últimos anos, na contramão do mercado de baixa e média
cilindrada, o segmento registrou números positivos, e a mesma performance é
esperada para este ano.
E é justamente para auxiliar nesta recuperação e fomentar
negócios, que a Anfamoto realiza o IX Salão Nacional e Internacional das
Motopeças. Conhecido como Salão das Motopeças, é a maior feira do segmento, e
reúne as principais empresas do setor além do ser o ambiente adequado para a
realização de negócios com quem entende de motopeças e acessórios. São mais de
200 marcas representadas por mais de 100 expositores, que apresentarão seus
lançamentos, novidades e tendências de mercado, nesta semana, no Expo Center
Norte – Pavilhão Amarelo em São Paulo – SP.
Os principais lançamentos, novidades e tendências de mercado
estarão à disposição de um público qualificado, uma vez que o evento é restrito
aos profissionais do setor e a entrada é franca.Acreditando nesta perspectiva,
o evento contará com a participação de novas empresas, muitas delas, inclusive,
buscando aproximação com o mercado externo.
É o caso, por exemplo, da Borilli Pneus. “Estamos buscando
novos horizontes, por isso também já estamos trabalhando o mercado externo.
Neste sentido, acreditamos que o ambiente de negócios com parceiros e
visitantes internacionais que participarão da Feira possam gerar bons frutos
para a empresa”, comenta Renato Borilli, Diretor da Borilli Pneus. A empresa
tem mais de 30 anos de atuação no mercado de pneus, mas há dois anos resolveu
investir fortemente no segmento de pneus off Road para motos, tornando-se a
primeira empresa no País que fabrica exclusivamente pneus off Road. Mas, não é
apenas para fora que a empresa olha. “Entendemos que o Brasil passa por um
momento de transição. Criar uma empresa neste cenário não é fácil, mas
acreditamos muito no potencial do Brasil. Sabemos que quando o ambiente
político e macroeconômico se estabilizar, o País vai voltar ao crescimento.
2017 já deverá ser um ano bom e, em 2018, ninguém nos segura”, entusiasma-se
Borilli.
Segundo estimativas da organização, Borilli poderá ter muito
o que comemorar, na última edição o público comprador ficou concentrado em
(76,86%) da região Sudeste, seguido de (9,49%) da região Nordeste, (8,43%) do
Sul, (2,61%) do Centro Oeste e (2,53%) do Norte.
Outros números de destaque referem-se aos visitantes
internacionais: (54,29%) vindos da América do Sul, (28,57%) da Ásia, (14,29%)
da América do Norte e (2,86%) da Europa, destaca Orlando Leone, presidente da
ANFAMOTO.
Também acreditando na força do mercado brasileiro, empresas
de fora confirmaram presença. Pela primeira vez no Salão das Motopeças estará a
Empaquetaduras Darrow, empresa número um da Colômbia em juntas para
motocicletas, com mais de 35 anos de mercado. Durante o evento, a empresa irá
anunciar e dar mais detalhes da sua mais nova parceria, com a Interface
Performance Materials, fornecedor mundial de material OEM dos Estados Unidos,
para juntas feitas com as medidas exatas das originais. “Nosso maior objetivo
em participar do Salão das Motopeças é mostrar a empresa e a qualidade de
nossos produtos ao mercado”, relata Andrea Vasquez Jaramillo, da área de
Comércio Exterior da Empaquetaduras Darrow no Brasil.
SERVIÇO: IX Salão Nacional e Internacional das
Motopeças – Salão das Motopeças
Data: 17 a 20 de agosto de 2016 (quarta, quinta, sexta-feira
e sábado)
Local: Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo – Av. Otto
Baumgart, 1000 – SP
Horário: das 15h às 21h30h – 4ª à 6ª-feira. Das 15h às 20h30
Sábado.
Visitação Gratuita (não aberto ao consumidor final)
Site: www.salaodasmotopecas.com.br
Facebook: www.facebook.com/salaodasmotopecas
Número de empresas e marcas participantes: + de 100
e + de 200 marcas representadas
Fonte: VGCOM -
VANESSA GIANNELLINI COMUNICAÇÃO
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