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O Brasil é o 7º produtor mundial na categoria de pneus para automóveis e o 5º em pneus para
caminhões e ônibus. Apenas em 2019 foram fabricados mais de 41 milhões de pneus de passeio. Do
outro lado da operação, o setor de pneus é
um dos mais engajados com a Logística Reversa de seus produtos e que no
ano passado mais de 470 mil toneladas de pneus inservíveis foram
coletadas e destinadas de forma ambientalmente adequada.
Esse
resultado surpreendente é fruto do trabalho de Logística Reversa realizado pela Reciclanip, uma entidade ligada à Associação Nacional da
Indústria de Pneumáticos (ANIP), criada em 2007 pelas fabricantes nacionais de pneus. Antes disso, o trabalho de coleta e destinação de pneus
inservíveis já era realizado desde 1999, pela própria ANIP, que viu a necessidade de ampliar o programa de coleta no país.
Em
mais de vinte anos de existência, a ação já reuniu 1026 pontos de coleta distribuídos por todo o Brasil. Além disso, são mais de 90 caminhões por
dia percorrendo todos os estados para coletar e destinar corretamente mais de 100% dos pneus produzidos no país, evitando que este resíduo
sólido seja descartado na natureza.
"A
indústria de pneumáticos no Brasil atende a todos os requisitos ambientais nos seus processos de produção, não há outra forma de
operarmos. Quando se trata de ações pós-consumo, no tratamento do resíduo sólido - pneu, as fabricantes nacionais estão em
constante busca de soluções cada vez mais sustentáveis", explica o presidente executivo da ANIP, Klaus Curt Müller.
A economia circular e o Ciclo do Pneu
A
economia circular é um sistema que busca o uso mais eficiente dos
recursos naturais, ampliando a competitividade da indústria ao
substituir o conceito de "fim de vida" de um produto por um modelo
regenerativo, que abre novas possibilidades de reutilização, reciclagem
e recuperação da produção, mantendo seus níveis de utilidade e valor ao
longo do tempo. Além disso, a economia circular estimula novas
maneiras sustentáveis de exploração dos recursos e o processamento e a
produção de bens e serviços.
Na Reciclanip, o
ciclo de vida de um pneu se insere nesse modelo. Após a coleta, que
acontece em pontos destinados pelas prefeituras de mais de mil
municípios, os pneus inservíveis são destinados às empresas
trituradoras, onde por sua vez são transformados em produtos que
oferecem diversos benefícios para a sociedade, mas muitas vezes desconhecidos. Veja abaixo cinco diferentes formas de uso do pneu após a sua vida
útil:
1 - Indústria cimenteira: pelo seu alto poder calorífico, os pneus inservíveis são utilizados como
combustível alternativo em fornos de cimenteiras, em substituição ao coque de petróleo. Além de todos os benefícios claros pela
destinação dos pneus, há ainda o fator dos pneus inservíveis possuírem um nível de enxofre muito menor em comparação ao coque de
petróleo.
2 - Artefatos de borracha: a borracha retirada dos pneus inservíveis também dá origem a diversos
artefatos, dentre os quais tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliesportivas.
3 - Produtos laminados: nesse processo, os pneus não-radiais são cortados em lâminas que servem
para a fabricação de percintas (utilizadas em indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais etc.
4 - Siderurgia: além da borracha, todo o aço retirado das calotas dos pneus durante os
processos de trituração também é retornado para as siderúrgicas.
5 - Asfalto-borracha:
Também chamado de ecológico, o asfalto borracha é produzido com a
adição de pó extraído dos pneus usados ao ligante asfáltico. Isso faz
deste material muito mais resistente e durável do que o
convencional. Além da durabilidade, ele reduz o risco de derrapagens e
também o ruído dos veículos. E, para finalizar, este tipo de
asfalto pode ser mais vantajoso para as concessionárias, já que reduz o
consumo de massa asfáltica na obra e reduz o custo de
manutenção.
Fonte:
Race Comunicação
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