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Por conta da pandemia de Covid-19, o
número de motos roubadas e furtadas no Estado de São Paulo teve
queda significativa. É o que aponta o Boletim Econômico Tracker-FECAP,
um levantamento realizado pela Fundação Escola de Comércio
Álvares Penteado (FECAP), em parceria com a empresa Tracker, a partir de
análise dos boletins de ocorrência registrados pela Secretaria
de Segurança Pública do Estado.
Entre os meses de março e agosto de
2020, foram registradas em média 970 ocorrências de roubo por
mês, uma redução de 14,16% em comparação ao mesmo período de 2019, que
teve média mensal de 1.130 roubos. Já a média de furtos, nos
últimos seis meses, foi de mil veículos, o que corresponde a uma queda
de 37% na média mensal, na comparação do mesmo período de 2019.
O período noturno é o preferido dos bandidos. Mais da metade dos roubos
(53,53%) e um terço dos furtos (32,27%) ocorreram à noite.
A capital paulista lidera o ranking
de roubos, com 52,49% das ocorrências registradas. Guarulhos
(6,16%), Campinas (6,03%), Diadema (4,96%), Santo André (4,56%), São
Bernardo do Campo (3,70%), Mauá (2,97%), Osasco (2,78%), Suzano
(2,24%) e Ribeirão Preto (2,15%) completam o ranking das 10 cidades com
maior número de eventos. Dentro da capital, os bairros do Capão
Redondo e de São Mateus lideram a lista dos roubos de motocicletas e
motonetas, com 94 ocorrências registradas em cada um. Completam o
ranking: Itaquera (86 ocorrências), Pedreira (74), Jardim Ângela e
Iguatemi (69), Raposo Tavares (68), Campo Grande (66), Grajaú (64),
Cidade Ademar e Guaianases (62), totalizando 6 bairros da zona sul, 4 da
zona leste e 1 da zona oeste da capital, todos situados em regiões
periféricas da cidade. Os logradouros com maior incidência de roubos no
estado são Avenida Aricanduva, Avenida Jacu Pêssego e Rodovia
Raposo Tavares.
São Paulo também lidera o número de
furtos, com 40,43% do total. Santos vem em segundo lugar (2,93%),
depois São Bernardo do Campo (2,59%), Osasco (2,45%), Campinas (2,11%),
Diadema (1,90%), Carapicuíba (1,89%), Santo André (1,85%,
Ribeirão Preto (1,85%) e Guarulhos (1,42%). Dentro da capital, Santana é
o bairro com maior incidência de furtos, com 131 ocorrências.
Em seguida aparece Itaim Bibi (128 furtos), Bela Vista (111), Santo
Amaro (110), Pinheiros (108), Lapa (106), Vila Mariana (101), Jardim
Paulista (97), Tatuapé (96) e Barra Funda (92). Os logradouros mais
visados para furto são Rua Tocantínia (zona Sul) e Rua Voluntários
da Pátria (Zona Norte).
"Verificamos que a maioria dos furtos é cometido em bairros totalmente distintos daqueles em que as motos são roubadas. Neste caso, há uma preferência para regiões mais centrais e mais nobres da capital. Observamos ainda que os períodos de furtos variam substancialmente conforme a região analisada. Os furtos nos bairros mais periféricos ocorrem principalmente na madrugada. Por outro lado, a grande maioria dos furtos nos bairros nobres não possuem um período exato para ocorrer. Estão bem distribuídos entre manhã, à tarde ou à noite", destaca o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime FECAP, Erivaldo Costa Vieira.
O ESTUDO COMPLETO PODE SER CONFERIDO NO SITE: http://www.fecap.br/wp-
NÚMERO DE ROUBOS
Entre março a agosto de 2020 foram registradas em média 970 ocorrências de roubo de motos por mês no
Estado de São Paulo, ao passo que, no mesmo período de 2019, a média de registros foi de 1.130 roubos, uma redução de 14,16% no
período, possivelmente explicada pela menor circulação de veículos provocada pelas medidas de isolamento social.
O total de roubos desses tipos de
veículos, no segundo quadrimestre do 2020 foi de aproximadamente
3.494 registros. Quando a comparação é feita com o mesmo período do ano
passado, observa-se uma queda de 21,06%. A redução é ainda
mais significativa em relação ao quadrimestre anterior, com cerca de
23,29% de retração.
No período anterior às medidas mais
restritivas de quarentena, o número de ocorrências de roubo de
motocicletas apresentou crescimento significativo nos meses de janeiro
(5%), fevereiro (11%) e março (12%) na comparação com os mesmos
meses de 2019.
Os roubos de motociclos e motonetas
apresentaram queda de aproximadamente 5,68% no mês de agosto de
2020, em um comparativo direto com o mês anterior. Na análise com o
mesmo período do ano passado, a queda é ainda maior, registrando
redução de 10,67% nas ocorrências.
A pesquisa identificou ainda que, em
um período de 24 meses, por volta de 30 mil ocorrências de roubo
de motocicletas (incluindo motonetas) foram registradas em todo o Estado
de São Paulo. Os dados também revelam que, no acumulado dos 24
meses, mais da metade dos roubos ocorreram durante o período noturno
(53,53%), seguido da tarde (16,76%), madrugada (16,24%), manhã
(13,33%) e hora incerta (0,14%).
O comportamento desta modalidade de crime durante o ano de 2020 não apresenta grandes diferenças em
relação aos valores reportados.
Fonte: FECAP
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