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Logo após o recente anúncio da interrupção de produção do Ford EcoSport no Brasil, em janeiro, o consumidor brasileiro pôs-se a especular sobre o que ocorreria com o mais tradicional SUV compacto do mercado nacional, fabricado desde 2003 no país. A Mobiauto, start-up do segmento automotivo que mais cresceu em 2020, apurou o comportamento das cotações nas últimas semanas e pode cravar com clareza: os preços do Ford EcoSport estão despencando no mercado de seminovos.
Baseando-se em seu banco de dados, a Mobiauto concluiu que o Ford EcoSport já conta com uma depreciação acentuada em relação aos principais concorrentes. Tomando-se por base a versão mais vendida de cada SUV, o departamento de Estatísticas da Mobiauto apurou que o EcoSport já oferece uma perda de 8,94% em apenas um ano de uso. Os principais rivais, na média, caem somente 3,04%.
De acordo com o especialista automotivo Sant Clair Castro Jr., CEO da Mobiauto, a queda abrupta de preços do EcoSport revela o excesso repentino de ofertas após a divulgação de encerramento da produção do modelo, que contrasta com a fraca procura no mercado de seminovos. “Na pressa de vender o carro, o consumidor reduz o preço e isso aparece nos cálculos de depreciação. Como parte dos compradores se desinteressou pelo carro, as cotações caem ainda mais”, explica.
Esse desinteresse do consumidor pelo SUV da Ford refletiu-se também nos modelos zero km. Entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, praticamente todas as montadoras nacionais reajustaram os preços de lista. Ao apurar as cotações “reais” de vendas dessas unidades novas, que contêm os índices de reajustes e levam em conta os descontos concedidos no varejo (preços reais de venda), o EcoSport foi o SUV de pequeno porte zero km que conseguiu o menor índice de aumento. “O consumidor não aceita pagar mais caro por um carro prestes a sair de linha”, lembra Castro Jr. O especialista reitera: “Ainda que as diferenças percentuais sejam mínimas, o importante é verificar o viés de cada modelo para determinar a tendência futura de aceitação no mercado”.
Fonte: e-Pincigher Comunicação Corporativa
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