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*Por Vinicius Melo
Os carros elétricos surgiram, em essência, para serem menos danosos ao meio ambiente e para permitirem ao público consumidor algumas possibilidades que os carros movidos via combustão não oferecem. Entretanto, engana-se quem pensa que estes modelos de automóveis mais modernos estão isentos de recalls ou quaisquer problemas que necessitem de atenção, seja pelo fabricante ou usuário.
O recall, comunicado realizado pela montadora para informar aos consumidores que determinado modelo automotivo tem um defeito, é importante para garantir a segurança de todos os indivíduos, já que um veículo com problemas graves pode causar diversos acidentes. O reparo é feito pela montadora de forma gratuita e sem nenhum ônus ao consumidor, como estabelece a lei.
Diante da importância do procedimento, a General Motors recentemente informou ao público sobre o recall de todos os carros elétricos Chevrolet Bolt já produzidos. De acordo com a empresa norte-americana, um defeito na fabricação das baterias pode causar incêndio nos veículos e destruí-los de forma integral. A estimativa divulgada é que seja gasto mais de um bilhão de dólares para a realização do procedimento. A sul-coreana Hyundai também anunciou um recall global. Neste ano, 82 mil veículos foram chamados para a substituição de baterias dos modelos Kona, Ioniq e o ônibus Elec City, após o surgimento de alguns relatos de incêndio. Serão gastos aproximadamente 900 milhões de dólares para este trabalho, de acordo com números divulgados. E para completar um terceiro caso significativo de recall deste tipo de carro, a Audi recolheu recentemente modelos do SUV elétrico e-tron Sportback por problemas de freio.
Os casos supracitados evidenciam as necessidades que são inerentes a qualquer tipo de nova tecnologia, especialmente quando o item em questão é um componente tão popular na sociedade e responsável por uma demanda de diversos protocolos de segurança. Além disso, a realização de chamamentos não são novidade na indústria automotiva, e servem como garantia de segurança e bons padrões não apenas para os condutores, mas para todas as pessoas nas ruas.
O crescimento de modelos elétricos é promissor ao redor do globo, como preveem algumas estimativas. Um estudo da Agência Internacional de Energia, por exemplo, mostra que, desde que estimulada, a frota de veículos elétricos deve chegar a 145 milhões até o fim da década. Ainda de acordo com dados da Agência Internacional de Energia, as vendas de veículos elétricos cresceram 140% no primeiro trimestre de 2021 — 1,1 milhão de unidades foram comercializadas, de acordo com o órgão. O Brasil, no último mês de agosto, teve o melhor mês de venda de elétricos; de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 3.873 unidades foram comercializadas no período, que considera também os híbridos na conta. O futuro ainda tende a reservar mais mudanças.
Fonte: Inguz Assessoria
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