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Por
Departamento de Imprensa Audi Brasil
Com
a recente confirmação do lançamento do A1 quattro® no Brasil, a Audi passa
oferecer a tração permanente quattro® integral para todos os modelos de sua
linha de produtos: do compacto Premium de entrada A1 ao super esportivo R8.
A
Audi foi a primeira marca a introduzir a tração integral nas quatro rodas em
veículos de produção em série. O primeiro Audi quattro® surgiu em 1980 e
surpreendeu o mundo com seu incrível desempenho.
Conta
a história que, em 1977, Ferdinand Piëch, na época executivo chefe da Audi,
chamou o engenheiro de chassi da marca, Jörg Bensinger e lhe deu a ordem,
“Coloque um sistema de tração integral no Audi 80”. Num fim de semana de
inverno, Piëch foi para casa dirigindo o jipe militar Iltis, um utilitário 4x4.
Ele ficou impressionado com a aderência e a estabilidade do jipe nas ruas e
estradas cobertas de neve. Com tração integral, na neve, parecia que estava
andando apenas numa pista molhada. Com auxílio da suspensão independente nas
quatro rodas, o jipe comportava-se em curva como um carro esporte.
Em
três anos, o trabalho de Bensinger e do engenheiro Walther Treser, diretor de
pré-desenvolvimento havia frutificado. Chegava o Audi quattro®, a sensação do
Salão de Genebra, no começo de março de 1980.
A
tração era integral permanente nas quatro rodas com suspensão independente e
com diferencial central, portanto sem nenhum traço de arrasto em curvas de
pequeno raio. O motor era um cinco-cilindros de 2.144 cm³ longitudinal e
turboalimentado de 200 cv. O Audi 80 foi o primeiro carro que combinou tração
integral e motor turbo.
Por
isso, já na década de lançamento, o Audi quattro® foi um dos mais fortes
competidores do Campeonato Mundial de Rali.
Em
1985, com Michele Mouton, derrubou espetacularmente o recorde da mais famosa
subida de montanha do mundo, a do Pikes Peak, no estado do Colorado, EUA,
quando ainda era toda de terra. Três anos antes, a mesma piloto francesa, em
parceria com a italiana Fabrizia Pons na navegação, havia vencido o Rali do
Brasil. Naquele mesmo ano, a Audi foi a marca campeã mundial de rali com o Audi
quattro®. Fato repetido em 1984.
A
tração quattro®
A
fama de tração quattro® logo se tornou um símbolo no mundo automobilístico. Em
32 anos evoluiu sem cessar. Há uma grande gama de tecnologias que vai de hoje
até o primeiro Audi quattro®, do clássico diferencial central bloqueável
manualmente (do modelo 80) ao último estágio de evolução, o diferencial central
de coroa (do RS5). Durante este período, a Audi conquistou avanços na tração
permanente em todas as rodas, inclusive nos modelos de motor transversal e no
carro esporte de alto desempenho R8 com sua configuração de alta tecnologia. Em
ordem cronológica do início até hoje, esses foram os sistemas Audi de tração
quattro®:
Diferencial
central, 1980
O
princípio usado no primeiro Audi quattro® era tão eficiente quanto elegante.
Uma árvore oca que passava pelo centro do câmbio eliminou a necessidade de uma
pesada caixa de transferência e o cardã auxiliar para o eixo dianteiro. A Audi
desenvolveu a primeira tração permanente nas quatro rodas para carros
esportivos de grande volume. Foi utilizado um diferencial com engrenagens
cônicas para distribuir a potência igualmente entre os eixos dianteiro e
traseiro. Sobre uma superfície escorregadia, o motorista podia bloquear
manualmente tanto este diferencial quanto o traseiro.
Diferencial
Torsen, 1986
O novo diferencial central que a Audi passou a
usar na produção em 1986 ainda funcionava mecanicamente, mas de maneira bem
inteligente. O nome Torsen deriva das palavras inglesas “torque” e “sensing”,
esta última significa “sensível a”.
Engrenagens sem fim especiais eram capazes de redistribuir a força do
motor com notável rapidez, de maneira instantânea, enviando-a para o eixo com
maior tração em até 75 por cento. Graças à flexibilidade do diferencial Torsen,
o sistema ABS de antitravamento de freios permanecia eficaz quando seu uso
fosse necessário – outro grande progresso.
Embreagem hidráulica multidisco, 1998
Nesse ano, a Audi aplicou uma tecnologia
especial quattro® em seus modelos de motor transversal. Uma embreagem
multidisco com controle eletrônico é montada na parte final do cardã e recebe
óleo de uma bomba elétrica. Quando a pressão de óleo força os discos uns contra
os outros, eles transferem torque imediatamente – até 100% em casos extremos –
para o eixo traseiro.
Diferencial
central autoblocante no Audi RS 4, 2005
O novo diferencial central autoblocante no
clássico trem de força quattro® estreou em 2005. Durante a condução normal, ele
distribui as força de modo assimétrico (40:60) entre os eixos dianteiro e
traseiro. Ele é capaz de enviar até 60 por cento do torque para a dianteira e
até 80 por cento, para a traseira, caso necessário. O diferencial central
autobloqueável consiste de um conjunto de planetárias e funciona de maneira
estritamente mecânica.
O
acoplamento viscoso do Audi R8, 2007
Devido
ao seu conceito de tecnologia especial com motor central V-8 ou V-10, o carro
esporte de alto desempenho R8 conta com sistema quattro® específico no seu trem motriz. O seu coração
é um acoplamento viscoso no eixo dianteiro que inclui um conjunto de discos
girando em um fluido viscoso. O acoplamento envia normalmente 15 por cento do
torque para a dianteira e até cerca de 30 por cento, em caso de necessidade.
O
diferencial esporte do Audi S4, 2008
O
diferencial esporte no eixo traseiro tem uma tarefa única: distribuir a
potência do motor ativamente entre as rodas esquerda e direita. Isso é feito
mediante dois estágios de superposição, que são ativados por meio de embreagens
multidisco sob comando de um controlador. Ao entrar numa curva ou acelerar
nela, a maior parte do torque vai para roda externa, desse modo empurrando o
veículo para dentro da curva. O sistema elimina qualquer tendência a subesterço
ou sobreesterço no início dela.
O
diferencial de engrenagem tipo coroa no Audi RS 5, 2010
O
diferencial de engrenagem tipo coroa, mais uma vez projetado como um
diferencial puramente mecânico, é o mais recente estágio da tração
quattro® permanente em todas as rodas.
Os componentes principais são duas engrenagens tipo coroa (que devem o nome justamente
por seus dentes parecidos com os de uma coroa de diferencial comum), quatro
engrenagens de compensação e dois conjuntos de placas de pressão. O novo e
compacto diferencial tem a mesma divisão dinâmica e assimétrica de torque de
seu antecessor. Se necessário, ele redireciona o torque de maneira flexível,
bem rápida e absolutamente consistente. A Audi combina o diferencial de coroa
com torque vetorizado, uma inteligente solução de software. Ele neutraliza o
subesterço a um mínimo por meio de frenagem seletiva nas quatro rodas,
dificilmente percebível. Esse pacote de alta tecnologia resulta num
comportamento controlável com total precisão e numa extraordinária tração para
um desempenho excepcional.
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