VISITE O SITE CARPOINT NEWS: www.carpointnews.com.br
A previsão de aumento do IPI nos
preços dos veículos em 2015 está assustando as pessoas em função do aumento que
representa. Contudo, esse deve ser apenas um dos aspectos a ser pensado antes
de comprar um veículo. Na verdade, o reflexo do IPI no custo total de um
veículo popular gira em torno de R$ 1.700,00, o que, para o educador financeiro
Reinaldo Domingos, não pode ser o motivo para comprar ou não o seu veículo,
mesmo com a queda dos juros.
“O maior problema é que a maioria
dos consumidores só pensa no custo da compra e das prestações que pagará
mensalmente e esquece que isso ocasionará diversos outros custos, que são
conhecidos como despesas de manutenção, combustível, IPVA, seguros,
licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas”, explica. Em média, um
veículo popular tem de despesas mensais por volta de R$ 380,00 a R$ 500,00,
muito maior que as prestações praticadas nos financiamentos.
Para saber o momento certo de
adquirir um veiculo novo ou não, é preciso descobrir em que situação financeira
a pessoa se encontra: com dívidas, equilibrado e as poupador. Cada um desses
grupos deve tratar a compra de um veiculo de forma diferente.
Segundo Domingos, a pessoa com
dívida não deve nem pensar em comprar um veículo nesse momento. “A prioridade
dela deve ser sair das dívidas e um custo a mais em seu orçamento é
praticamente assinar o certificado de falência financeira”. É preciso,
primeiro, resolver os problemas com as finanças pessoais, reduzindo gastos
desnecessários e, caso tenha o sonho de ter um veículo, esse deve ser planejado
em um prazo longo de tempo, quando, além do fim das dívidas, essa pessoa já
tenha feito uma poupança, que dará a garantia de que pode comprar o veículo,
tendo reservas para os gastos extras que terá.
As pessoas equilibradas
financeiramente são as que mais preocupam, pois, por não possuírem dívidas,
pensam que essa é a hora de “investir” em um novo veículo ou em trocar o que já
possui, seduzidas pelas promoções e pelo o que todos comentam. “Mas elas não
percebem que não possuem dinheiro em caixa para comprar à vista e que terão que
financiar. E esse é o grande passo para sair do equilíbrio financeiro e cair
nas dívidas, esquecendo da manutenção que este veículo dará em seu orçamento
financeiro”, explica o educador.
A pessoa equilibrada deve refletir
sobre se realmente quer esse bem de consumo e, caso queira, iniciar
imediatamente uma poupança, que terá como objetivo a troca. Ao chegar ao valor
necessário, comprar o veículo à vista, nunca se esquecendo dos gastos extras
mensais que um veículo representará em suas finanças pessoais.
Para as pessoas poupadoras, a
situação, no momento, é de análise, tendo que refletir se é realmente
necessário um novo veículo. Se for e tiver dinheiro para compra à vista, essa
pode ser uma boa hora, visto que muitas montadoras realizam feirões com bons
descontos e/ou condições de pagamento. Se faltar alguma quantia que terá que
financiar, é melhor guardar mais até que compre à vista.
Caso a pessoa já possua um veículo
e queira outro, terá que refletir quais as vantagens de um novo carro e se os
gastos de dois veículos não são arriscados. “Sempre reforço que um veículo não
é investimento, em função de sua rápida desvalorização. Por isso, o consumo de
bens deve sempre estar associado a reais necessidades e não a impulsos
consumistas”, ressalta Domingos.
O educador financeiro explica
ainda que as pessoas devem ter objetivos e sonhos para seu futuro, pois só
assim terão segurança para o consumo consciente. “Focar o sonho é uma estratégia
vitoriosa para que a educação financeira seja inserida na vida das pessoas,
nunca se esquecendo que todo sonho e objetivo tem um valor monetário e um tempo
para que possa ser realizado”.
Fonte: Abefin
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente, opine.