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Os brasileiros estão cada vez mais atentos às novidades que
prometem amenizar o caos da mobilidade urbana. O grande número de veículos nas
ruas, alto custo dos combustíveis e forte impacto ambiental, são alguns dos
problemas que inviabilizam a manutenção do atual sistema e motivam
pesquisadores a desenvolverem soluções alternativas.
Em Santa Catarina, um grupo de engenheiros desenvolveu o
projeto PodCycle, veículo urbano para duas pessoas, projetado exclusivamente
para a nova economia inteligente compartilhada. “Nós acreditamos que a
mobilidade urbana do futuro será elétrica, intermodal, sustentável,
compartilhada e inteligente”, afirma Rodrigo Magri, engenheiro mecânico e
coautor do projeto.
O carro elétrico, realidade em países da Europa e nos EUA,
ainda engatinha no Brasil - mesmo com sua extensa lista de prós se comparado
aos carros movidos à queima de combustíveis como etanol, gasolina e diesel.
Segundo Brener Martins, um dos idealizadores do PodCycle, “além da emissão zero
de gases poluentes, o carro elétrico proporciona mais economia, menos ruídos e
baixo custo de manutenção”. De acordo com a equipe, o carro elétrico tem custo
inferior a R$ 0,05 para percorrer um quilômetro.
O engenheiro mecânico e mentor técnico do PodCycle, Mahatma
Marostica, avalia o caráter urbano do veículo desenvolvido em Santa Catarina.
“O PodCycle é um veículo que nasceu sob medida para o uso urbano. Hoje os
veículos convencionais são feitos para uma média entre o rodoviário e o urbano,
e há muita coisa que sobra dentro do veículo, que só agrega custo”, explica.
Para levar o PodCycle para as ruas, está no ar uma campanha
no site de financiamento coletivo Catarse (catarse.me/evpodcycle), cuja meta é arrecadar
R$ 68 mil para finalização da produção da primeira unidade do carro e
realização de um tour de apresentação pelo país. Até o momento, os apoiadores
investiram mais de R$ 28 mil.
“Os carros elétricos já são realidade fora do Brasil, mas
aqui a produção ainda é cara. Já investimos R$ 40 mil na aquisição dos
componentes do chassi, motor elétrico, inversor e carregador. Para chegar a
este ponto, foram três anos de muito trabalho, pesquisa e criação de parcerias.
Agora contamos a ajuda de todos para finalizar o projeto”, argumenta Rodrigo.
Na França, há quatro anos, a empresa Autolib disponibilizou
o primeiro serviço de compartilhamento de veículos elétricos no país. Em terras
brasileiras, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife têm iniciativas públicas piloto
para oferecer o modelo em que o motorista paga pelo tempo que usa o automóvel e
pode devolvê-lo em pontos pré-definidos.
O car sharing, defendido pela equipe que fomenta o projeto
PodCycle, aos poucos vai ganhando adeptos, e se mostra como alternativa para
diminuir o número de carros em circulação nas cidades. Via de regra, o processo
é simples: o usuário se cadastra, retira e devolve o carro em locais
previamente definidos e diferente do que ocorre nas locadoras tradicionais,
paga por tempo de uso.
Em Curitiba, a prefeitura lançou o projeto Ecoelétrico, que
pretende espalhar 600 carros elétricos compartilhados e cerca de mil vagas pela
capital paranaense. O sistema incluirá também o compartilhamento de bicicletas
e a instalação de totens multifuncionais com informações sobre mobilidade
urbana.
Em Recife, o projeto de sustentabilidade PortoLeve, engloba
o compartilhamento de carros elétricos e bicicletas, além de um sistema de
localização de vagas, entre outras iniciativas.
Na Pedra Branca, em Palhoça (SC), um projeto piloto foi
implementado pela startup PodShare - cujos mentores também estão envolvidos com
o PodCycle. Diferente dos exemplos citados acima, a PodShare utilizava um
veículo modelo GOL. O bairro palhocense foi o primeiro de Santa Catarina a
lançar o sistema de carro compartilhado, e o primeiro no Brasil a
disponibilizar este tipo de serviço dentro de um condomínio empresarial.
Fonte: Apoio
Comunicação + Marketing
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