segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Volume de vendas de pneus cai 1,3% até outubro




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A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), que representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, divulga hoje o balanço setorial de janeiro a outubro de 2015. Segundo a associação, o volume de vendas de pneus para as montadoras caiu 22,8% em relação ao mesmo período de 2014, com destaque para o segmento de pneus de carga, que desabou 48,3% em vendas no período - de 1,7 milhão de unidades de pneu vendidas de janeiro a outubro de 2014 para 874 mil unidades em 2015.

No segmento de pneus de passeio, houve redução de 20,8% nas vendas para as montadoras entre janeiro e outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2014, um declínio de quase 9 milhões de unidades vendidas (2014) para 7,1 milhões (2015). Para Alberto Mayer, Presidente da ANIP, apesar de o mercado de reposição de pneus de passeio ter crescido 16,3% em vendas no período avaliado, este "fôlego" deve diminuir nos próximos meses.

O segmento de pneus industriais, utilizados em máquinas do setor industrial, também apresentou queda de 26,5% nas vendas, saindo de 138 mil unidades comercializadas entre janeiro e outubro de 2014 para 109 mil unidades no mesmo período de 2015. Para Mayer, essa redução está associada à estagnação da indústria brasileira, o que reflete na diminuição da demanda por esse tipo de pneu.

A análise geral dos dados dos fabricantes nacionais de pneus indica uma queda de 1,3% nas vendas de pneus de todos os segmentos entre janeiro e outubro de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Embora as vendas no mercado de reposição tenham subido 10,5% no período, não foram suficientes para conter a queda geral de 1,3% nas vendas de pneus, puxada especialmente pela redução de 6,9% nas exportações e de 22,8% nas vendas para montadoras.

Os fabricantes nacionais de pneus seguem contribuindo positivamente para a balança comercial do país. No período de janeiro a outubro, obteve superávit de U$S 589 milhões, com um saldo de 5,1 milhões de unidades de pneus (exportações menos importações). "Há um esforço para se aumentar a exportação de pneus, porém a concorrência global é forte e o nosso produto enfrenta pesada carga tributária nas importações de matérias-primas que, somada à influência da variação cambial na composição dos preços e aos elevados custos operacionais do país, acabam limitando a competitividade do produto no exterior", avalia Mayer.

A necessidade de adoção de políticas que aumentem a competitividade do setor de pneus levou a ANIP a lançar, este ano, o documento Livro Branco da Indústria de Pneus, que contém propostas para alavancar o crescimento do setor, como a redução do custo logístico, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus, estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas, entre outras. O documento está disponível no site da ANIP (www.anip.org.br)

Fonte: ANIP e Reciclanip

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