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É possível emissões zero no transporte?!
O ITF – International Transport Forum é
organismo intergovernamental, com 57 países-membros, ligado à OCDE –
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, ainda que com atuação
autônoma. Ele serve como espaço de pensamento quanto à política de transportes e
é a única entidade global que abrange todos os modais. Seu foco está em que as políticas
de transporte possam melhorar a vida das pessoas. Isso significa fomentar a
compreensão mais aprofundada do papel dos transportes no crescimento económico,
a sustentabilidade ambiental e na inclusão social.
Em meados do ano
passado, o ITF lançou o seu Decarbonising
Project durante a reunião de Cúpula sobre "Transporte Verde e
Inclusivo", contando com a presença de 47 parceiros e organizações de
apoio. O objetivo do projeto é o de encontrar caminho social e comumente
aceitável para atingir zero-emissões nos transportes, por volta de 2050. Antes
disso, durante a COP-21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças
Climáticas), realizada ao final de 2015 com representantes de 195 países, em Paris, estabeleceu-se acordo político de revisões
quinquenais quanto aos compromissos de descarbonização, a partir de 2020.
Os transportes,
que representam 23% de todas as emissões relacionadas com a energia, têm agora
a oportunidade de desempenhar um papel de liderança na mitigação das alterações
climáticas. Para avançar com o projeto, a ITF está desenvolvendo um conjunto de
ferramentas de modelagem altamente avançadas. Entre elas podemos citar: (a) um
modelo computadorizado baseado em dados obtidos em todos os modais de
transporte; (b) uma análise rigorosa e coerente das políticas públicas e dos resultados
alcançados, considerando fatores exógenos e seus impactos; (c) a simulação da
evolução tecnológica, seus caminhos políticos alternativos e resultados; (d) colaboração
e aprendizagem mútua entre todas as esferas técnico-profissionais e políticas interessadas,
e; (d) um diálogo inclusivo e engajamento com várias organizações parceiras.
Ou seja, o carro
que você hoje conhece, com o motor a explosão, pode logo virar peça de museu. E
mesmo que isso não aconteça, o mundo ficará bem diferente, ambientalmente.
Mario Divo é o Diretor Executivo do ACBr – Automóvel
Clube Brasileiro e também é o Clube Correspondente da FIA – Federação
Internacional do Automóvel
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