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Para garantir o bom funcionamento do veículo é preciso mais
do que lavar, encerar e completar o tanque de combustível. Por isso, um dos
procedimentos mais importantes para assegurar o desempenho do automóvel é a
troca de óleo regular, uma vez que a lubrificação adequada atenua o atrito
entre as peças dentro do motor, o que garante sua potência.
Muitas pessoas, no entanto, possuem dúvidas sobre qual marca
usar, qual a periodicidade adequada para a troca e se existem produtos menos
agressivos ao meio ambiente. Segundo o coordenador técnico da TOTAL
Lubrificantes do Brasil, Fábio Silva, “o motorista precisa estar atento à
importância e o controle da troca do óleo para manter o veículo em boas
condições de uso. Sem isso, a saúde do motor corre perigo e prejuízos podem
acontecer”, alerta.
Por isso, o especialista esclarece abaixo as dez principais
curiosidades sobre a viscosidade do óleo lubrificante. Muitas dúvidas são
verdadeiras enquanto outras são apenas mitos que devem ser desvendados para que
o motor seja tratado com toda a atenção que merece.
1) Óleo de qualidade
não envelhece e pode ser utilizado por muitos anos.
MITO – Todos os lubrificantes possuem um período de troca
pré-determinado pela montadora do veículo e informado no manual do
proprietário. O que define a periodicidade da substituição é a quilometragem ou
prazo do produto no motor do veículo. Quando a troca é determinada pela
quilometragem, normalmente, está relacionada com o tipo de condução do
motorista e a localidade (“cidade/estrada”). No caso da substituição por
período, quando o veículo não atingiu a quilometragem estipulada pela
montadora, também é necessário realizar a troca do óleo, pois o lubrificante
oxida-se em contato com o oxigênio e na presença do calor (condições normais
dos motores), além de contaminar, o que faz com que o óleo perca suas
propriedades.
2) O óleo recomendado
pelo fabricante do veículo é sempre a melhor opção na hora da troca.
VERDADE – Sim, e sempre deve ser seguida a recomendação do
fabricante do veículo, que indicam características técnicas importantes a serem
seguidas como: viscosidade e o nível de desempenho do lubrificante. A
viscosidade do lubrificante pode ser identificada na embalagem, conforme
normatização da SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva. Óleos multiviscosos
são os mais comuns para motores automotivos. Sabe-se que 75% do desgaste do
motor ocorrem no momento da partida, em função dos poucos segundos que o motor
trabalha a seco, sendo assim, neste momento é essencial que o lubrificante flua
o mais rápido possível para lubrificar o motor. Esta é a importância de se
utilizar produtos com viscosidade menor no momento da partida, e é uma
tendência para os novos projetos, cada vez mais a presença de lubrificantes de
baixas viscosidades e que atendam as exigências para redução de consumo de
combustível e emissão de gases poluentes. Por isso é extremamente importante
seguir a viscosidade recomendada pela montadora. Quanto maior a numeração
presente na embalagem do produto, mais viscoso é o óleo. Outra informação
importante no momento da escolha do óleo é o nível de performance que é
definido pelos institutos específicos, como por exemplo: API (American
Petroleum Institute), ACEA (Association des Constructeurs Européens
d'Automobiles), ILSAC ( International Lubricants Standardization and Approval
Committee).
3) Todos os óleos
lubrificantes são iguais e podem ser utilizados em qualquer tipo de motor.
MITO – Os lubrificantes não são todos iguais. Existem
diferenças de viscosidade e pacote de aditivos, que estão relacionados ao
desempenho do produto. Para cada tipo de veículo existe uma especificação de
óleo a ser utilizado. O consumidor deve sempre verificar a recomendação da
montadora no manual do proprietário. Entre eles está o Quartz INEO MC3 5W-30 –
Sintético, da Total Lubrificantes, que atende as normas API SN e ACEA C3.
4) Não posso misturar
óleo sintético ou semissintético ao mineral.
DEPENDE – Em casos de emergência a mistura pode ser
realizada. Mas, esta prática é recomendada apenas em casos de força maior. Os
lubrificantes sintéticos ou semissintéticos possuem óleos básicos com
características superiores aos óleos minerais. A mistura entre eles gera um
desbalanceamento da formulação e, em alguns casos, perda de viscosidade e
aditivação, fatores que podem comprometer o desempenho do óleo e deficiência de
lubrificação no moto.
5) Não existe
diferença entre os óleos lubrificantes para carro e moto.
MITO – Todos os lubrificantes são compostos por óleo básicos
e aditivos. Os lubrificantes para carros e motos são semelhantes, mas não
possuem a mesma aditivação, apesar de serem regulamentados pela mesma norma
API. Os lubrificantes para motos possuem uma aditivação diferenciada dos carros
em função da embreagem ser lubrificada pelo óleo de motor. Sendo assim, a
utilização de óleos de carros em motos, por exemplo, pode ocasionar problemas
na embreagem da mesma.
6) Aditivos melhoram
o desempenho do motor.
VERDADE – Os aditivos fazem parte da formulação do produto e
melhoram o seu desempenho quando de acordo com as regulamentações API/ACEA. Os
aditivos “avulsos”, que são comercializados no mercado, não são recomendados
pelos fabricantes de lubrificantes, pois todos os óleos de boa qualidade são
formulados com a quantidade de aditivos necessária para que o produto
desempenhe perfeitamente sua função. O uso de aditivos errados pode
desbalancear a formulação do óleo, ocasionando borra ou, em casos extremos,
lubrificação ineficiente do motor.
7) Posso utilizar
qualquer tipo de lubrificante em carros antigos.
MITO – Carros antigos, que estejam com a manutenção em dia,
devem utilizar o mesmo lubrificante que foi recomendado no manual do veículo.
Os produtos com maiores viscosidades, como o 25W60, são recomendados para
veículos que estejam queimando óleo e esfumaçando, sinais que indicam que o
motor está com grandes folgas. Caso o veículo esteja com alta quilometragem,
mas não esteja queimando óleo ou esfumaçando, recomenda-se manter a indicação
da montadora.
8) O motor deve estar
frio na hora de verificar o nível e quente na hora da troca de óleo.
VERDADE – Para medir o nível do óleo é importante aguardar,
aproximadamente, 10 minutos após parar o veículo para que o óleo retorne ao
Carter, fazendo com que a leitura seja precisa com relação ao volume. Para
trocar o óleo é importante que o motor esteja quente, pois desta forma, o
produto flui com mais facilidade e carregue com ele a sujeira do motor para que
a troca seja realizada rapidamente. Lembrando apenas que o nível correto do
óleo é entre o máximo e o mínimo da vareta, ou seja, não se deve manter o nível
próximo a nenhuma das extremidades da vareta.
9) Óleo bom é aquele
que não baixa o nível e não precisa de reposição e nem fica preto.
MITO – É normal que baixe o nível do lubrificante durante o
uso do veículo, pois no momento da lubrificação do pistão, um pequeno volume de
óleo é “queimado” juntamente com o combustível. Essa redução é esperada em
qualquer veículo, mas é preciso ficar atento se o consumo do óleo estiver alto,
pois pode significar alguma falha mecânica no motor e o ideal é procurar um
mecânico. O óleo consumido deve ser reposto. Se o lubrificante ficar preto com
o uso é sinal que está cumprindo corretamente sua função, que é a de remover as
impurezas do motor e deixa-las ‘flutuando’ no lubrificante até o momento da
troca. É extremamente importante que a sujeira esteja no óleo e não no motor
para que não venha causar problemas.
10) As indústrias
fabricantes de óleos lubrificantes devem obedecer a regulamentações, que visam
garantir a qualidade e, sobretudo, a pouca agressividade dos produtos ao meio
ambiente.
VERDADE – Toda empresa fabricante de lubrificante deve
seguir as regulamentações na ANP (Agência Nacional de Petróleo), que
regulamenta a produção, qualidade, níveis de desempenho, os óleos básicos e
demais legislações referentes ao segmento. A Total Lubrificantes, por ser uma
das quatro maiores empresas petrolíferas do mundo, conduz seus negócios de modo
seguro, visando atender a legislação, além de possuir uma real preocupação com
relação à qualidade e meio ambiente.
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