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No ano em que completa duas décadas
de produção no mercado brasileiro, a Renault do Brasil inaugura, em São José
dos Pinhais, a Curitiba Injeção de Alumínio, resultado de um investimento de R$
350 milhões, anunciado em 2017. Com a inauguração, realizada na manhã de hoje
(06), o Complexo Ayrton Senna passa a abrigar quatro fábricas. Além da CIA, a
Renault do Brasil conta também com unidades produtivas de veículos de passeio,
comerciais leves e motores.
Com uma área construída de 14 mil
metros quadrados, a Curitiba Injeção de Alumínio tem capacidade produtiva anual
de 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes do motor 1.6 SCe. Aproximadamente 100
profissionais trabalham na CIA atualmente, em dois turnos. A nova fábrica reúne
as melhores e mais modernas práticas em injeção de alumínio da Aliança
Renault-Nissan-Mitsubishi no mundo, além de ser a única linha de injeção de
cabeçote no Grupo Renault.
O trabalho para a construção da
nova unidade industrial teve a participação de aproximadamente 2.000 pessoas,
incluindo equipes da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi de 11 países, focadas em
construir uma fábrica moderna e sustentável.
A CIA é composta por 165 máquinas
de última geração, provenientes de 11 países, como Japão, Coreia, França,
Espanha, Alemanha e Brasil – neste último caso, são exemplos as linhas de
acabamento do cabeçote e os fornos de fusão, de tratamento térmico e de
pré-aquecimento, entre outros.
Em função da inovação tecnológica,
cerca de 60 colaboradores passaram por aproximadamente 18 mil horas de
treinamento, envolvendo visitas técnicas a fornecedores e a outras unidades
industriais na América, na Europa e na Ásia.
Reforçando o compromisso com o meio
ambiente, a nova fábrica da Renault do Brasil possui telhas translúcidas, que
aproveitam a luz natural, e iluminação 100% LED, de maior durabilidade e
economia. Por fim, o pré-aquecimento das barras de alumínio é feito com o
reaproveitamento do calor do processo, contribuindo para a utilização racional
de gás. Com tudo isso, o consumo de energia elétrica e de gás natural é 5%
menor.
A produção do bloco é composta por
quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico.
Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação
moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 22 ml por
peça, contra até 12 litros utilizados em métodos de produção tradicionais.
Entre os principais resultados estão a economia, um ambiente limpo e sem fumaça
e mais velocidade na fabricação.
A injeção do alumínio no bloco é
feita de forma totalmente robotizada, a uma velocidade de 200 km/h, com pressão
de 900 bar, próxima à encontrada no ponto mais profundo dos oceanos. A injetora
é em torno de 20% mais compacta e tem produtividade 15% maior que a de máquinas
de geração anterior.
Já a produção do cabeçote é
composta de cinco etapas: fusão, sopro de machos de areia, injeção de baixa
pressão, acabamento e tratamento térmico. O processo de fabricação é
inorgânico, ou seja, isento de fumos e emissões de carbono, o que contribui
para a qualidade do ambiente. Também neste processo, a CIA utiliza uma injetora
cerca de 30% mais compacta e com produtividade 20% maior que a de equipamentos
de outra geração.
A qualidade do bloco e do cabeçote
é conferida na própria CIA, que possui um laboratório metalúrgico, onde são
realizados diversos testes. Entre os destaques está um equipamento de
tomografia computadorizada industrial, primeiro deste porte em uma montadora na
América do Sul. A máquina é capaz de fazer a análise das peças em três
dimensões e é utilizada para controle de qualidade e pesquisa e
desenvolvimento.
Os componentes produzidos na CIA
têm como destino final a Curitiba Motores (CMO), onde são fabricados os
propulsores que equipam os veículos da marca. A fábrica passa por uma ampliação
a ser concluída nos próximos meses, com investimento de R$ 400 milhões. Fundada
em 1999, a unidade já produziu cerca de 3,8 milhões de motores, já tendo
exportado aproximadamente 40% desse total.
Fonte: Sala de Imprensa | Renault do Brasil
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