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Para poder desenhar e pavimentar com segurança os caminhos
que as futuras gerações deverão trilhar no desenvolvimento das tecnologias
diesel, é preciso entender a fundo todas as transformações energéticas
envolvidas nos mecanismos de transporte de bens e pessoas. Os motores diesel
serão fabricados por muito tempo ainda, mas requerem desenvolvimento assertivo
até sua substituição quase que completa em horizonte de muito longo prazo.
Por pior que seja o cenário econômico que a indústria da
mobilidade esteja vivenciando mundialmente – incluindo aí os setores de
máquinas agrícolas, construção civil e apoio a toda sorte de atividades – e com
impacto ímpar no Brasil, é de fundamental importância discutir seriamente o que
o futuro nos indaga para fazer agora, para que ele seja mais ameno, sustentável
e correto para as futuras gerações, o meio ambiente e a economia global.
Não se pode mais falar de um único motor diesel projetado
eficientemente se pensado de forma unitária, como nos primórdios de sua
criação. Essa máquina térmica de elevada eficiência, que tanto já contribuiu
para a evolução mundial, precisa trabalhar de forma uníssona e integrada com
todo o sistema de transmissão de forças existente no maquinário do trem de
força, porém já não mais de forma mecânica e rudimentar, como nos tempos de
alavanca e engrenagem puras.
Cada vez mais computadorizado, o comando dos diferentes
mecanismos torna as ações resultantes dos conjuntos em movimento mais
eficientes e autônomas, deixando livre a capacidade mental do indivíduo que
conduz a máquina para a execução de tarefas mais nobres e engenhosas.
A busca eterna e incansável pela eficiência energética tem
como aliada a tecnologia da integração. As diferentes máquinas que integram um
único veículo – como motores, transmissões, eixos e mecanismos de
disponibilização de movimento para implementos – são cada vez mais comandadas
por centrais computadorizadas. Estes decisores já começam a receber informações
até do ambiente externo para que sejam antecipadas as reações do maquinário, no
sentido de operar com previsão antecipada dos fatos para aumentar a segurança,
o rendimento e a facilidade de manuseio.
Esses novos veículos, quase que pensantes e já com maior
capacidade de autogoverno, requerem indubitavelmente novos materiais, novos
combustíveis e lubrificantes, além de novas técnicas construtivas, para que
possam emitir menos poluentes indesejáveis e utilizar cada vez mais cada
centésimo da fonte de energia propulsora, seja o diesel ou outro tipo de
combustível com características semelhantes, obtido de forma ecologicamente
correta.
Somente com domínio de cada um dos capítulos tecnológicos
mencionados acima é que poderemos desenhar o futuro que desejamos. Nesse
sentido, os profissionais envolvidos com o desenvolvimento das tecnologias
diesel, bem como a integração destas com os diferentes maquinários que coabitam
o mesmo veículo, estão convidados a participar ativamente do 15º Fórum SAE
BRASIL de Tecnologias Diesel e Alternativas para Veículos Comerciais e Fora de
Estrada, que será realizado dias 14 e 15 de agosto, no Teatro Positivo, em
Curitiba. Contribua com sua opinião e faça parte deste desenho do futuro!
* Gilberto Leal é físico e consultor
independente; membro da Comissão Técnica de Motores Diesel da SAE BRASIL e
membro da comissão organizadora do 15º Fórum SAE BRASIL de Tecnologias Diesel e
Alternativas para Veículos Comerciais e Fora de Estrada
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