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Segurança viária é um assunto importante e permeia desde as
condições das vias até as condições dos veículos que trafegam nelas. É por isso
que realizar manutenção preventiva com regularidade em carros, motos e demais
automotores é imprescindível. Entre os itens que precisam ser observados estão
os pneus.
Ouvido pela Perkons, empresa que desenvolve e aplica
tecnologia para a segurança no trânsito, o engenheiro mecânico e coordenador
dos cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Materiais e Nanotecnologia
da PUCPR, Luís César de Carli Turco, salientou que, além da segurança, os pneus
também têm responsabilidade sobre o desempenho do veículo. “São eles que
transferem para o asfalto toda a potência do automóvel, seja de tração, seja de
frenagem. Além disso, os esforços laterais que ocorrem quando o veículo está em
uma curva também só existem devido ao contato dos pneus com a via. É a força de
atrito que possibilita o movimento, redução de velocidade ou mudança de
direção”, esclarece o professor.
Há diversos tipos de pneus disponíveis no mercado. Na hora
de escolher um, o indicado é optar pelo que mais se adequa ao veículo. Porém,
uma vez que o automóvel passa a circular, o desgaste é inevitável, e chegará o
momento de trocá-los. “Nessa hora o importante é não alterar as propriedades
originais, que são encontradas na lateral dos pneus originais e indicam as
características técnicas daquele modelo”, explica Turco.
Mais segurança nas
vias
Desde abril de 2018, todos os pneus novos do tipo radial
para automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus passaram a ser vendidos
com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), disponibilizada pelo
Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro.
Na prática, o consumidor passou a ter acesso mais fácil aos
níveis de desempenho dos pneus, como segurança, eficiência e impacto ambiental.
A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) afirma que a etiqueta
pode facilitar a decisão de compra do cliente. “A etiquetagem tem o objetivo de
passar ainda mais transparência ao consumidor e ajudá-lo a escolher o pneu mais
adequado ao seu veículo e tipo de direção”, explica Klaus Curt Müller,
presidente da ANIP. Além disso, o regulamento definiu limites mínimos de
performance para três critérios - Ruído externo; Aderência ao piso molhado; e
Resistência ao rolamento - que permitem apenas a entrada de produtos no mercado
brasileiro que atendam esses limites, trazendo efetivos benefícios à saúde e
segurança do usuário, bem como ao meio ambiente.
Medidas que podem
prolongar a vida útil
O professor Carli Turco enfatiza que manter a manutenção dos
pneus em dia ajuda a ampliar a vida útil deles. “Fazer um rodízio do jogo de
pneus é recomendado a cada dez mil quilômetros. Lembrando que, a cada rodízio,
é importante manter o sentido de giro do pneu. Fazendo isto, quando for
necessária a troca, ela deverá ser feita em todo o jogo”, orienta.
Outro cuidado recomendado é guiar de maneira suave, com
arrancadas e freadas progressivas. Atitude que aumenta o tempo de vida dos
pneus e ajuda a reduzir o consumo de combustível.
O que diz o CTB
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não tem um artigo que
fale exclusivamente sobre a situação dos pneus, mas o artigo 230, em seu inciso
XVIII, deixa claro que é infração grave, com penalidade de multa e retenção do
veículo, circular com automóveis em mau estado de conservação, comprometendo a
segurança. Estar com os pneus carecas pode ser considerado mau estado de
conservação.
“Os pneus são a ligação do veículo com o solo. Assim, um pneu
desgastado perde seu poder de transferir os esforços. As rodas podem virar em
falso (patinar), deslizar, aumentar muito o tempo de frenagem (mesmo em
veículos com sistema ABS) ou impedir que o veículo consiga fazer curvas”,
reforça o engenheiro mecânico.
Crédito da foto:
Shutterstock / Fonte: excom.com.br
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