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Os carros elétricos já são uma temática realista no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), somente em Janeiro de 2022, houveram quase 2560 emplacamentos de carros elétricos e híbridos. Esta pesquisa não só aponta um parâmetro da quantidade de automóveis que circulam ao redor do país, como também demonstra o entusiasmo do brasileiro em relação à não tão futura categoria de transporte.
Para reforçar este fato, a mesma pesquisa realizou um comparativo entre a quantidade de emplacamentos no mesmo período do ano anterior. No primeiro mês de 2021, houveram apenas 1.321 emplacamentos no total, sendo plausível concluir um aumento de 93% neste ano. As razões para o ocorrido são múltiplas, mas, segundo Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy, a principal delas está relacionada com as condições atuais do meio ambiente. “Os carros elétricos trazem um impacto absurdo para o mundo. Por mais que a maioria deles ainda precise ser híbrido para ter uma longa autonomia, a redução de CO2 será o principal e mais louvável benefício, seguido pela redução do custo.”
Ainda assim, este aumento não significa somente a popularização do setor, mas também a necessidade de mudanças que promovam o bom uso dos veículos. Raphael afirma que o Brasil precisa, em primeiro lugar, aumentar a quantidade de oferta de geração, como por exemplo a ampliação da energia solar. “Mais carros elétricos acarretam em mais energia. E por isso, é preciso investir em geração de energia para promover o uso duradouro dos automóveis em alta demanda e, ainda, um custo de carregamento que seja menor comparado ao combustível”.
Lidar com os carros elétricos como uma aquisição possível para os dias atuais é animador. Entretanto, outro fator pode implicar na falta de acessibilidade dos motoristas em adquirir veículos neste formato: o preço. Automóveis elétricos e híbridos custam em média 160 mil reais, tornando o seu alcance um tanto complicado. E então, quando os carros elétricos realmente se tornarão uma realidade plausível financeiramente? Raphael conta que, de acordo com a sua perspectiva, “os preços se tornarão realmente acessíveis somente daqui a cinco anos”.
Além da redução do preço dos carros elétricos, é viável tirar algumas conclusões sobre o futuro do setor energético. Um dos mais importantes avanços, será, segundo Raphael, a possibilidade de escolha do fornecedor de energia: “Em um futuro próximo, creio que o foco do setor será a ampliação da energia sustentável, especialmente das fontes solar e eólica. E, pensando em promover a independência do sistema de distribuição, o consumidor poderá ter a liberdade de escolha sobre o seu fornecedor. Isso já acontece em alguns estados do mundo, como o Texas por exemplo”, finaliza.
Fonte: contato@isabellaoterocomunicacao.com.br
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