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A certificação dos lubrificantes concedida pelos institutos
internacionais, mediante extensivos testes do produto é fundamental para o
correto funcionamento do motor e prolongamento de sua vida útil. Porém, tão
importante quanto a certificação é a homologação por cada montadora, de acordo
com seus requerimentos específicos. Os técnicos da YPF reuniram as principais
dúvidas dos motoristas sobre este tema explicam porque.
É muito fácil avaliar a qualidade de um item de uso pessoal.
A experiência do consumidor ou usuário, do bem ou serviço lhe permite formar
opinião sobre o nível de qualidade, de acordo com suas expectativas. No caso
dos lubrificantes, porém, o “consumidor” é o motor que “fala” através do ronco
e de outros ruídos que somente o “ouvido técnico” é capaz de compreender e nem
sempre consegue.
As montadoras, porém, já há muito tempo, encontraram algumas
maneiras de decifrar a linguagem do motor. Através de exaustivos testes de desempenho,
o motor é colocado para operar sob condições padronizadas e ao final, o estado
das peças internas são avaliadas. Esta é a resposta do motor ao trabalho de
proteção realizado pelo lubrificante. É o teste do motor em bancada, realizado
em laboratórios especiais.
Em 1971, havia apenas cinco testes de motor em bancada que
precisavam ser aprovados para que o lubrificante recebesse a certificação API
SE (conferida pelo American Petroleum Institute).
Hoje, 45 anos depois, os testes de motor em bancada já somam
dez e a última letra da certificação API já atingiu o "N",
progredindo de acordo com o alfabeto, a cada melhoria de qualidade
implementada. Mas isso não é tudo. O que realmente torna a situação muito
diferente do passado é que esses dez ensaios são apenas o desempenho básico
exigido. Além deles, cada montadora individualmente impõe suas próprias
exigências.
Um lubrificante para cada veículo - Cada montadora exige
requerimentos muito específicos para homologar os lubrificantes que atenderão
as necessidades de seus motores. Muitas vezes, a homologação de uma montadora
não é adequada quando aplicada a outro veículo que apresenta outras demandas de
lubrificação.
Os veículos GM, por exemplo, têm um sistema de abertura de
válvulas bastante complexo que atua conforme a velocidade do motor. Este
mecanismo é controlado por um sistema hidráulico, cujo fluido de transmissão de
potência é o próprio lubrificante do veículo. Portanto, para funcionar com
eficiência, também como um óleo hidráulico, o lubrificante não pode ter bolhas
de ar no seu interior. Por isso, uma das exigências que a GM impõe aos
lubrificantes que homologa - e que nenhuma outra montadora exige - é que o óleo
seja capaz de eliminar rapidamente todas as bolhas de ar que se formarem no
interior, quando ocorrem turbulências no motor.
A Ford, por sua vez, foi a pioneira não só no uso de
lubrificantes de baixa viscosidade, como a primeira a oferecer períodos
prolongados de troca. A montadora continua focada nesta exigência, cobrando dos
fabricantes altos níveis de desempenho nesses requisitos aos lubrificantes que
aprova.
Com relação à Volkswagen, a principal preocupação é com o
impacto que seus motores podem sofrer com a diversidade de tipos e qualidade do
combustível nos diversos países do mundo onde seus veículos são fabricados. Por
isso, a montadora estabeleceu um nível de exigência próprio para os
lubrificantes que aprova, os quais devem demonstrar desempenho irrepreensível,
independentemente do tipo e qualidade do combustível utilizado.
Da mesma maneira, todas as demais montadoras têm seus
próprios requerimentos de acordo com as características de seus motores o que
faz com que marcas Premium de lubrificantes invistam na pesquisa e
desenvolvimento conjunto com a indústria automobilística de produtos que
atendam aos seus protocolos específicos.
Portanto, garantir a longevidade e bom funcionamento do
motor, depende não só da especificação do lubrificante solicitada pelo
fabricante, como também é essencial o motorista verificar se o produto conta
com a aprovação da montadora do seu veículo, cuja informação deve constar no
rótulo da embalagem.
Fonte: MCA
Imprensa & Relaçoes Públicas
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