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O Grande Prêmio de MotoGP disputado este fim de semana em
Aragão, Espanha, só colaboraram para tornar Valentino Rossi, ainda mais, em um
mito da motovelocidade mundial. Frente a especulações que o apontavam como
carta fora do baralho na temporada 2017 – em função de seu acidente sofrido
enquanto treinava off-road nos arredores de sua cidade natal – o piloto da
Yamaha mais uma vez surpreendeu, não só na pilotagem, como na força de vontade
e superação. Ainda em processo de recuperação pós operatória realizada em
função da fratura dos ossos da tíbia e do perônio, Rossi se submeteu a testes
médicos do MotoGP. Tudo para que o piloto, a princípio, recebesse a permissão para
apenas participar da 14ª etapa da temporada, correndo o risco inclusive de
sequer completar os treinos livres. Contudo, apesar de debilitado, Rossi foi
além e conquistou o terceiro lugar no grid de largada. Maverick Viñales, seu
companheiro de equipe, não fez por menos, e faturou a pole!
Após uma boa largada para ambos, Vinãles sustentou a segunda
posição, mas não por muito tempo. Rossi o ultrapassou, trazendo consigo Andrea
Dovizioso e Marc Marquez. O espanhol da Equipe Movistar Yamaha voltaria a
desenvolver um bom ritmo após a terceira volta da corrida; Foi quando ele tirou
a diferença existente entre ele os rivais a sua frente. Nas seis voltas finais,
tomou o quinto lugar de Dovizioso e logo depois assumiu o quarto lugar de
Rossi... Mas não sem a resistência do The Doctor, que apesar de lesionado, não
entregou com facilidade a sua posição.
A disputa entre os dois pilotos oficiais da Yamaha levou os
fãs da marca ao delírio. A três voltas do final, Viñales enfim conseguiu passar
o nove vezes Campeão do Mundo, mas sua diferença para o top-3 da corrida era
grande demais para ele pudesse ultrapassá-los. Dessa forma, Vinãles cruzou a
linha de chegada em quarto lugar, a 5,255 segundos do primeiro.
Segundo Viñales, “O pneu duro funcionou bem, mas não o
suficiente. Para as próximas corridas, teremos que trabalhar ainda mais na
sexta-feira. É importante continuarmos nos esforçando, trabalhando e mantendo
nossa motivação alta. Temos que trabalhar ainda mais e, embora seja difícil,
iremos para o Japão para melhorar e tentaremos ser mais fortes”.
Para Rossi o fim de semana superou as espectativas. Ele
cruzou a linha de chegada em quinto, mas frente torcida que o ovacionou em seu
dolorido regresso ao MotoGP pós acidente, a impressão que se teve é de que ele
foi o grande vitorioso.
Apesar da difícil largada, Rossi manteve o terceiro lugar no
início da prova. Ao perceber as intenções de Jorge Lorenzo em tentar se
distanciar o máximo possível, o piloto italiano não perdeu tempo e passou seu
colega de equipe. Neste momento ele estabeleceu a volta mais rápida até então,
– com 1'49.334s –, logo acabando com o espaço que havia entre ele e o líder.
Apesar da lesão na perna, Rossi imprimiu um forte ritmo,
chegando a ameaçar a liderança de Jorge Lorenzo. Contudo, a 11 voltas do final,
a fadiga fez com que o piloto do número 46 perdesse o ritmo, permitindo que
Marquez e Dani Pedrosa o passassem.
Rossi bem que lutou duro com seu companheiro de equipe pela
quarta posição, mas levou a bandeira quadriculada no quinto lugar, a 5.882s da
frente.o vencedor.
“Estou bastante orgulhoso, porque
há uma semana eu não sabia se eu poderia correr. Conseguir largar na primeira
fila já foi ótimo, fiquei muito feliz. Eu sabia que ia sofrer na segunda metade
da corrida. Tive um pouco de dor e também sofri com a degradação do pneu. O
trabalho continua após essa corrida. O calendário será bom para mim, tenho duas
semanas completas para treinar e melhorar a condição da minha perna. Depois
disso, teremos o GP de Motegi, que será muito importante, e três corridas
seguidas. Isso será muito difícil para a minha perna, então eu quero tentar
chegar em Motegi - talvez não em 100% -, mas ainda mais combativo”.
Com o resultado do fim de semana,
Viñales permanece em terceiro lugar no campeonato com 196 pontos, a 28 do topo
da classificação. Apesar de seu heróico retorno, Rossi caiu uma posição,
ficando agora em quinto no ranking, com 168 pontos.
No Campeonato de Construtores, a
Yamaha está em segundo lugar com uma margem de 17 pontos para o primeiro,
enquanto a Movistar Yamaha MotoGP Team precisará de 30 pontos para a liderança
do Campeonato de Equipes.
Em três semana a Yamaha Factory
Racing Team viajará para a Ásia para disputar a 15 etapa da temporada 2017 do
MotoGP, no Motul Grand Prix do Japão, que acontecerá no circuíto de Twin Ring
Motegi.
Fonte: Yamaha Motor do Brasil Ltda.
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