terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Carros com sistema Start-Stop precisam de baterias especiais


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Antes da revolução tecnológica no mercado de veículos, as baterias eram responsáveis apenas para auxiliar na partida e sustentar sistemas, como o de vidros elétricos e ar-condicionado. Porém, hoje os carros contam com aparatos cada vez mais robustos, necessitando de cargas maiores de energia para dar conta de tantas funcionalidades.

Diante de todos esses avanços, as baterias tiveram de ser melhoradas, já que são elas as responsáveis por sustentar toda essa necessidade de carga de energia. Atualmente, existem dois tipos de baterias que conseguem dar esse suporte: a EFB e AGM. Mas você sabe quais são as diferenças entre elas?

Start-Stop simples

Segundo o engenheiro de aplicação da Heliar, Marcos Randazzo, o surgimento do sistema Start-Stop, em que o motor do veículo se desliga a cada parada, como nos semáforos, foi um dos grandes motivos para o investimento em novas tecnologias nas baterias. Isso porque, nesse sistema, a bateria sustenta toda a parte elétrica do carro quando é realizada a parada. Função que, durante o funcionamento do veículo, fica a cargo do alternador. “Assim que a embreagem é acionada novamente, é dada a partida no carro. Tudo isso de forma automática, silenciosa e rápida”, explica. O objetivo desse sistema é promover economia de combustível e reduzir a emissão de poluentes.

As baterias do modelo EFB (da sigla em inglês Enhanced Flooded Battery, em português Baterias Convencionais Melhoradas) são as mais indicadas para os veículos com sistema simples de Start-Stop. A EFB é a evolução das baterias SLI (convencionais), por isso são utilizadas em automóveis que somente precisam de cargas rápidas para dar várias partidas ao longo do mesmo trajeto. Essa tecnologia é ideal para uso, também, em aplicações especiais, como para táxis ou aplicativos de mobilidade, como o Uber, por exemplo.



Sistema mais avançado

A bateria do modelo AGM (do inglês Absorbent Glass Mat, em português Manta de Vidro Absorvido) é mais utilizada por veículos com um sistema mais avançado. Tem esse nome, pois, diferentemente das outras baterias, as placas de chumbo não são mergulhadas numa solução ácida, já que possui um sistema de mantas de lã de vidro que absorve essa substância aquosa, conferindo uma maior eficiência energética nos ciclos mais profundos de descarga. Assim, essa bateria é indicada para automóveis e também motocicletas com componentes mais sofisticados, como o turbo eletrônico e freio regenerativo, que precisam de um produto que resista aos ciclos mais profundos e também tenham a capacidade de se recarregar com maior velocidade.

O engenheiro de aplicação da Heliar destaca que é preciso tomar o cuidado de verificar qual a bateria mais indicada para o veículo. No caso de aplicar uma EFB num carro que necessita de uma AGM, ou vice-versa, é possível acarretar em perdas de eficiência energética e diminuir a vida útil da bateria. Além, ainda, de danificar os demais componentes do veículo. O mesmo ocorre quando aplicada uma bateria convencional (SLI) em um carro com tecnologia Start-Stop, acarretando no não funcionamento adequado dessa função e, principalmente, diminuindo a vida útil da bateria.

Fonte: www.pg1com.com

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