quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Abraciclo revisa Projeções: Produção de Motocicletas Deve Fechar o Ano em 937 mil unidades

 

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  A indústria brasileira de motocicletas produziu em setembro 105.046 unidades no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo. Este volume representa alta de 6,8% na comparação com agosto (98.358 unidades) e de 13,1% ante o mesmo mês de 2019 (92.894 unidades).

No acumulado de janeiro a setembro foram produzidas 693.541 motocicletas, retração de 17,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (836.450 unidades).

 “A produção de motocicletas foi fortemente impactada no período mais crítico da pandemia, e os números comprovam isso. No entanto, desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Este quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

Até então, o melhor resultado mensal havia sido registrado em março, quando 102.865 motocicletas saíram das linhas de montagem.

Com este novo cenário, a Abraciclo revisou suas projeções para 2020. A nova estimativa é produzir ao todo em 2020, 937.000 motocicletas, que representaria retração de 15,4% na comparação com 2019 (1.107.758 unidades). A estimativa anterior, apresentada em janeiro, no período pré-pandemia, era de 1.175.000 unidades.

Fermanian explica que uma série de fatores favorecem a recuperação do segmento e, por isso, o índice de queda deverá ser menor quando comparado ao de outros setores da indústria. “Hoje a motocicleta é indicada para evitar a aglomeração natural no transporte público, representando um meio de transporte ágil, econômico e de baixo custo de manutenção. Também passou a ser um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega.”

A Abraciclo também atualizou suas projeções para os volumes de vendas no atacado e varejo. No atacado as fábricas deverão repassar para as concessionárias 909.000 motocicletas, volume 16,2% menor do que o registrado em 2019 (1.084.639 unidades). A estimativa inicial, ainda do começo do ano, apontava 1.147.000 unidades.

No varejo o recuo deverá ser de 16%, totalizando 905.000 unidades. No ano passado foram comercializadas 1.077.234 motocicletas e a perspectiva inicial para este ano era alcançar a marca de 1.140.000 unidades.

A associação manteve a expectativa referente às exportações. Os embarques deverão somar 28.000 unidades, correspondendo à retração de 27,5% na comparação com o volume registrado em 2019 (38.614 motocicletas).

 VENDAS NO ATACADO

As fábricas venderam no atacado (para as concessionárias) 100.656 motocicletas em setembro, volume 4,4% superior na comparação com agosto deste ano (96.415 unidades) e 5,6% acima do mesmo mês do ano passado (95.282 motocicletas).

No acumulado do ano as vendas no atacado somaram 665.644 unidades, queda de 18,4% na comparação com o mesmo período de 2019 (816.064 motocicletas).

DESEMPENHO POR CATEGORIA

A categoria Naked foi a que registrou maior crescimento em termos de variação porcentual, com aumento de 63,7%. As vendas no atacado em setembro somaram 2.467 unidades ante 1.507 em agosto.

Em números absolutos, a Street se manteve como a categoria mais comercializada no atacado, com 51.196 unidades em setembro, aumento de 1,1% na comparação com agosto (50.662 unidades) e de 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (49.013 motocicletas).

 A liderança no ranking de vendas do acumulado do ano também é da categoria Street, com 346.480 unidades e 52,1% de participação no mercado. O segundo lugar é da Trail, com 122.524 motocicletas e 18,4% de participação.

EMPLACAMENTOS

       Segundo levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) analisado pela Abraciclo, em setembro o emplacamento de motocicletas somou 99.609 unidades, alta de 3,8% em relação a agosto (95.961 unidades). Na comparação com o mesmo mês do ano passado (87.719 motocicletas), avanço de 13,6%.

        Com 21 dias úteis, a média diária de vendas de setembro foi de 4.743 unidades. Na comparação com agosto (4.362 unidades), com um dia útil a mais, houve alta de 8,7%. Em relação a setembro do ano passado (4.177 unidades), que também teve 21 dias úteis, o aumento foi de 13,6%.

        A região Sudeste liderou o ranking de emplacamentos em setembro. Foram licenciadas 35.563 motocicletas, o que representa 35,7% de participação no mercado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste (31.773 unidades e 31,9% de participação). Na sequência, Norte (12.163 motocicletas e 12,2% de participação), Sul (10.370 motocicletas e 10,4% de participação) e Centro-Oeste (9.740 motocicletas e 9,8% de participação).

        São Paulo foi o estado que registrou o maior número de emplacamentos em setembro, com 21.365 motocicletas. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 7.885 unidades, seguido pelo Ceará (6.041 unidades), Bahia (6.028 unidades) e Pará (5.946 unidades).

No acumulado do ano as vendas no varejo somaram 630.859 unidades, retração de 20,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (796.426 motocicletas).

EXPORTAÇÕES

As exportações de motocicletas totalizaram 3.622 unidades em setembro. Na comparação com agosto (5.167 unidades) queda de 29,9% e em relação ao mesmo mês de 2019 (2.390 unidades) aumento de 51,5%.

De acordo com os dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, o principal destino das motocicletas produzidas no Polo de Manaus foram os Estados Unidos, com 1.520 unidades, representando 42,3% do total exportado.

“A conquista do mercado norte-americano é muito importante, pois mostra que nossos produtos possuem alto valor agregado e atendem aos altos níveis de exigência do consumidor. Para lá são enviadas motocicletas destinadas ao lazer e ao esporte recreativo”, explica o presidente da Abraciclo.

Em segundo lugar ficou a Colômbia (872 unidades e 24,3% de participação), seguida pela Argentina (764 unidades e 21,3%).

No acumulado do ano foram exportadas 23.653 motocicletas, queda de 18,8% na comparação com o mesmo período de 2019 (29.136). A Argentina ainda é o principal parceiro comercial, com 7.193 motocicletas e 32,6% do volume total exportado. Na sequência vieram Colômbia (4.864 unidades e 22,1% do total) e Estados Unidos (4.279 unidades e 19,4%).

Fonte:  SD&PRESS Consultoria

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