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A gasolina formulada, que atende a todas as exigências técnicas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é tão boa quanto a produzida diretamente nas refinarias. Para que se entenda melhor o seu processo de produção, Rosangela Gomes, responsável química da formuladora Copape, explica todo o ciclo de fabricação.
"O pontapé inicial é a importação dos derivados de petróleo, sendo o principal deles a Nafta, cujo fornecedor deve atender rigorosamente às especificações previamente estabelecidas por nossa empresa, de modo que respeitemos sempre a resolução padrão ANP. As matérias-primas são descarregadas no porto, ficam armazenadas em terminais de granéis líquidos, onde posteriormente, seguem por rodovias até a nossa unidade de processamento", relata Rosangela.
Na Copape, há tanques específicos para cada tipo de matéria-prima. A formulação é feita conforme as densidades destes derivados de petróleo. Assim, são utilizados primeiramente os produtos mais pesados. Depois, os mais leves. Todas as matérias-primas são criteriosamente analisadas no laboratório, para a comprovação de suas propriedades químicas.
Depois dessa avaliação, misturam-se os produtos nas proporções mais adequadas ao padrão de excelência, produzindo-se um litro de gasolina no próprio laboratório. Então, o combustível é testado para assegurar sua conformidade com os regulamentos da ANP. Somente a partir desta avaliação é que ocorre a liberação para a produção. "Fazemos novo teste, para nos certificarmos de que a gasolina final está exatamente igual à do laboratório e se atende 100% às exigências da ANP. Somente depois de todo esse processo o combustível segue para o mercado", ressalta a responsável química da Copape.
O que difere esse processo de produção da gasolina feita em refinaria é que esta é fabricada diretamente do petróleo da Petrobras. No refino do petróleo, são extraídas diversas correntes e derivados. A refinaria nada mais é do que uma torre de refino, na qual são extraídos os cortes. Os mais pesados, são tirados na base da torre e os mais leves, nas partes mais elevadas. Os produtos mais refinados são os do topo da torre. Os diversos derivados do petróleo são utilizados para diferentes finalidades, como produção de polímeros, por exemplo.
"Na Copape, compramos esses derivados em refinarias fora do Brasil, para fazer a formulação da nossa gasolina", explica Rosangela. No caso da Petrobras, ela faz a extração e o refino em solo nacional. A estatal tem refinarias no Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Rio de Janeiro. Exatamente como fazemos na Copape, os derivados vão para para um tanque para se fazer um blend, ou seja, uma mistura química que é a gasolina", explica Rosangela Gomes.
Há naftas de alta e de baixa octanagem. "Na Copape, utilizamos diversas Naftas, assim como também componentes mais pesados, que são denominados como "Aromáticos". Nossa base de fornecedores é constituída, em sua maior parte, por refinarias dos Estados Unidos, mas também compramos na Europa e Oriente Médio e, em menor escala, na África e na própria América do Sul, em especial a Argentina", revela.
Concluindo, Rosangela enfatiza: "Nosso processo de produção da gasolina é exatamente o mesmo da Petrobras. A diferença é que compramos os derivados de petróleo em refinarias de outro países e a estatal os extrai em refinarias nacionais".
Fonte: Ricardo Viveiros & Associados — Oficina de Comunicação
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