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Compra antecipada de híbridos e de elétricos, a partir do anúncio da majoração da alíquota do imposto de importação - 10/11/2023 - , impactou fortemente nos dados de desempenho das filiadas à Abeifa - Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, em dezembro último, com licenciamento de 8.349 unidades, das quais 5.508 unidades importadas e 318 veículos de produção nacional. Comparadas ao desempenho de dezembro de 2022, as vendas cresceram 281,2%: 8.349 unidades contra 2.190 veículos emplacados.
Ao
considerar somente as unidades importadas, dados de licenciamento em
dezembro mostram crescimento de 45,8% ante novembro último e de 282,4%
em relação a dezembro de 2022, enquanto a produção nacional, com 318
emplacamentos, registrou alta de 133,8% ante as vendas de novembro (155
unidades) e aumento de 253,3% se comparados ao mês de dezembro de 2022
(90).
Com esse
desempenho de dezembro, o acumulado do ano, de importados e produção
nacional, com 43.428 unidades, mostra alta de 110,2%. Se consideradas
somente as unidades importadas, o acumulado do ano expõe crescimento de
127,7% (41.501 unidades em 2023 contra 18.224 em 2022). No entanto, a
produção local apresenta queda de 20,9% (1.927 unidades versus 2.436
veículos em 2022).
Na
avaliação de João Henrique Garbin de Oliveira, presidente da Abeifa, “os
dados de desempenho de vendas de nossas associadas nos mostram a
imediata reação dos consumidores brasileiros, ao antecipar as compras de
veículos híbridos e elétricos, cuja incidência de imposto de importação
passou a valer a partir da última terça-feira, 2 de janeiro. Na
realidade, o início desse movimento se deu na sequência ao anúncio da
volta do imposto aos elétricos e aumento aos híbridos, em 10 de
novembro, com alíquotas escalonadas até julho de 2026, quando chegarão
ao limite de 35%”.
Em
comunicado à imprensa, no dia 10 de novembro de 2023, a Abeifa ponderou
que “a proposição de aplicação imediata (janeiro de 2024) da nova
política de alíquota do imposto de importação para veículos elétricos e
híbridos, ainda que faseada até julho de 2026, até 35%, é por demais
punitiva ao nosso setor, em especial quando as nossas associadas já
estruturaram seu planejamento estratégico/comercial para o próximo ano,
além de ter produção em andamento em suas matrizes, unidades em trânsito
por via marítima e até compromissos já firmados com as redes
autorizadas de concessionárias para os primeiros meses do ano vindouro”.
“Mesmo
assim”, de acordo com o presidente da Abeifa, “algumas empresas filiadas
já anteciparam que não repassarão a incidência das novas alíquotas do
imposto de importação aos atuais estoques em território brasileiro e
outras vão repassar parcialmente”. Com isso, argumenta João Oliveira, “a
entidade mantém seu compromisso de atuar fortemente no processo de
descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de
neoindustrialização do país, bases da inovação, da sustentabilidade e do
fortalecimento do mercado interno, com geração de emprego e de renda,
propostas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços”.
Participações
– Em dezembro último, com 8.349 unidades licenciadas (importados +
produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 3,5%
do mercado total de autos e comerciais leves (236.582 unidades). No
acumulado do ano, a participação das associadas à Abeifa é de 2%.
Ainda
segundo o presidente da entidade, “os importadores contribuíram (e
contribuem) efetivamente com a modernização da frota brasileira, com a
introdução de novas tecnologias e inovação com veículos eletrificados,
trazendo perspectivas de colocar o Brasil no cenário internacional da
mobilidade descarbonizada, além de possibilidade clara de instalação de
novas unidades produtivas no país”.
Textofinal de Comunicação Integrada
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