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A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores, Anfavea, divulgou na sexta-feira, 6, em São Paulo, suas novas
expectativas de vendas, produção e exportação de autoveículos e máquinas
agrícolas e rodoviárias para o encerramento de 2018.
As previsões para o licenciamento de autoveículos não foram
alteradas e permanecem com alta de 11,7%, o que significa encerrar o ano com
2,50 milhões de unidades comercializadas. O volume para exportação foi revisto
e, ao invés de crescer os 4,5% projetados inicialmente, deve ficar estável com
766 mil unidades enviadas para outros países. Para a produção, a nova
expectativa aponta um aumento de 11,9%, chegando a 3,02 milhões de unidades
fabricadas este ano – a previsão inicial era acréscimo de 13,2%.
No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias a nova
projeção é de alta de 7% nas vendas, com 45,4 mil unidades – a análise inicial
indicava aumento de 3,7%. As exportações, antes com crescimento de 9,9%, também
terão aumento de 7%, ou seja, as empresas exportarão 15,0 mil unidades. E a
produção passa de 12,1% para 14%, alcançando 60,4 mil unidades.
Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, as novas
expectativas da entidade levaram em consideração movimentos importantes:
“O ritmo de vendas dos primeiros quatro meses estava um
pouco acima da nossa expectativa inicial, mas a greve dos caminhoneiros trouxe
impactos negativos. Nas exportações, a situação econômica de Argentina e
México, nossos principais parceiros comerciais, foi a razão de alterarmos a
previsão”.
No segmento de máquinas, Megale lembra que existem fatores
que podem influenciar o desempenho para cima e para baixo: “De um lado, devemos
ter este ano a segunda melhor safra da história e condições estáveis no Plano
Safra. De outro, temos ainda um impacto da confiança pelas paralisações e
eleições”.
Resultados
O licenciamento de autoveículos em junho foi praticamente
igual ao registrado em maio, com apenas 85 unidades a mais, mas cresceu 3,6%
frente as 195,0 mil do mesmo mês do ano passado. No semestre, a comercialização
atingiu 1,16 milhão de unidades, crescimento de 14,4% quando comparado com as
1,01 milhão de 2017.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, aponta dois fatores
que impactaram o licenciamento em junho: “O primeiro é um abalo da confiança,
em razão das paralisações do fim de maio. O segundo é que a Copa do Mundo acaba
por mudar um pouco o foco das pessoas e as visitas às concessionárias diminuem,
especialmente em dias de jogos do Brasil. Mesmo assim, é importante lembrar que
mais uma vez crescemos contra o mesmo mês do ano anterior, que não teve jogos
da Copa”.
Já as exportações registraram aumento de 6,8% no comparativo
com maio: 64,9 mil unidades em junho e 60,8 mil no mês anterior. Quando
analisado com as 67,9 mil enviadas para fora da fronteira em junho do ano
passado, a queda é de 4,4%. No acumulado do ano, as 379,0 mil unidades deixam o
balanço positivo em 0,5% – no ano passado foram exportados 377,0 mil veículos.
Na produção, o sexto mês do ano apontou 256,3 mil unidades
produzidas, expansão de 20,7% frente as 212,3 mil de maio e de 21,1% sobre as
211,6 mil de junho do ano passado. No semestre a fabricação foi de 1,43 milhão
de unidades, elevação de 13,6% ante as 1,26 milhão do ano passado.
Caminhões e ônibus
As vendas de caminhões em junho ficaram em 5,7 mil unidades
– alta de 1,4% quando defrontado com as 5,6 mil de maio e crescimento de 35,2%
na análise contra as 4,2 mil comercializadas em junho de 2017. No acumulado do
ano o licenciamento de caminhões ficou em 32,0 mil unidades, resultado 49,3%
maior do que as 21,5 mil do ano passado.
As exportações em junho ficaram em 2,5 mil unidades, número
39% superior às 1,8 mil de maio e menor em 11% quando comparado com as 2,8 mil
de junho do ano passado. Nos seis meses já transcorridos do ano, 14,3 mil
caminhões deixaram o País, acréscimo de 5,1% em relação as 13,6 mil de igual
período do ano passado.
A produção do segmento fechou junho deste ano com 8,6 mil
caminhões, 16,3% acima das 7,4 mil de maio e de 27% no comparativo com as 6,8
mil de junho do ano passado. No primeiro semestre 49,6 mil unidades saíram das
linhas de montagem, expansão de 37,7% ante as 36,0 mil produzidas em 2017.
No segmento de ônibus, as vendas em junho ficaram 7,2%
menores: foram 909 unidades contra 980 unidades em maio. No comparativo com as
1,3 mil de junho do ano passado, o balanço também ficou 27,5% abaixo. No
acumulado o resultado apresenta crescimento de 13,8% ao comparar as 5,6 mil
unidades deste ano com as 4,9 mil do ano passado.
A produção de chassis para ônibus até junho foi de 14,9 mil
unidades, elevação de 49,7% em relação as 10,0 mil de 2017. Em junho a
fabricação registrou 2,9 mil unidades, aumento de 61,3% sobre as 1,8 mil de
maio e de 31,7% frente as 2,2 mil de junho do ano passado.
As exportações no primeiro semestre do ano ficaram em 4,7
mil unidades – alta de 15,1% ante as 4,1 mil do ano passado.
Fonte: Anfavea -
Diretoria de Assuntos Institucionais e Imprensa
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